quarta-feira, 29 de junho de 2011

Audiência pública vai averiguar consequencias da mineração em Conceição do Mato Dentro.




Será realizada na próxima terça-feira, dia 05 de julho, às 14 horas, em Conceição do Mato Dentro, uma audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.


A audiência foi requerida pelo deputado Carlos Henrique, do PRB , membro  da comissão de Minas e Energia da ALMG, com o objetivo de  discutir os impactos provocados no município pela mineradora Anglo Ferrous Ltda , também conhecida como Anglo American.

A audiência pública será realizada na sede da Cãmara Municipal, localizada na avenida Juscelino Kubischeck, 380, no centro da cidade.

Os moradores de Conceição do Mato Dentro reclamam do não cumprimento das diversas condicionantes ambientais que deveriam ter sido cumpridas pela mineradora, mas que até agora não foram implementadas pela empresa. Os moradores estão preocupados com a situação, pois estão sentindo apenas o ônus da implantação da mineração e não estão vendo nenhum benefício para o município.

A população da cidade exige também transparência de todo o processo e que a lei seja cumprida. 

Durante a audiência, a  população terá a oportunidade de se manifestar sobre os problemas que está enfrentando e cobrar soluções.

Toda a população da cidade e da zona rural , ou seja,  a sociedade em geral,  está convidada  a participar desse importante  evento.

 De acordo com  o Deputado Carlos Henrique,  a comunidade local também  reclama dos impactos da mineração sobre o nível do lençol freático e sobre a qualidade das águas da região.


A empresa Anglo American está construindo o maior mineroduto do mundo, com 525 Km de extensão, ligando Minas ao Rio, passando por 35 municípios. Depois de  finalizado, o mineroduto terá capacidade para transportar cerca de 26,5 milhões de toneladas anuais de minério de ferro e usará grande quantidade de água do Rio do Peixe,  o que pode representar  graves prejuízos  ambientais para a região.

Segundo representantes da comunidade, já foram registradas inúmeras denúncias da poluição causada pela Anglo American e a diminuição do lençol freático, devido as sondagens não tamponadas, restringindo o uso doméstico e impedindo a movimentação de moinhos, regamento de plantas, além da contaminação do Ribeirão Vargem Grande e morte de peixes.


Data do evento: 5 de julho de 2011
Horário: 14h
Local: Câmara Municipal de Conceição do Mato Dentro
Endereço: Avenida JK, 380 – Centro





quinta-feira, 23 de junho de 2011

HPV causa 90% dos casos de câncer de colo de útero


O vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) é a doença sexualmente mais comum que existe. Atinge tanto homens quanto mulheres, e pode causar verrugas ou feridas genitais.
Nas mulheres, porém, o vírus gera uma preocupação a mais. Em 90% dos casos de câncer do colo de útero, o HPV é o responsável. Para prevenir essa doença, o segundo tipo de tumor mais comum entre mulheres, é preciso fazer o exame papanicolau com a frequência recomendada (veja no quadro abaixo).
HPV valendo (Foto: Arte/G1)
















Existem dois tipos de vacina contra o HPV, mas nenhum deles protege contra todas as variações. Por isso, o exame preventivo também deve ser feito mesmo em mulheres vacinadas.
As três doses necessárias ainda não estão disponíveis na rede pública de saúde. Nas clínicas particulares, custam em média R$ 1.000, e a aplicação é recomendada principalmente em meninas e adolescentes. Antes do início da vida sexual, a eficácia é de quase 100%.
Apesar de o vírus ser mais perigoso para as mulheres, a imunização de homens também é importante. Afinal, além do risco de ter verrugas genitais, eles podem transmitir o vírus, o que pode não ocorrer se estiverem vacinados.
A transmissão do HPV acontece por contato direto com a pele infectada. Os tipos genitais são passados na relação sexual. Também há estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica em outras regiões do corpo é bastante raro.
Compartilhar toalhas ou roupas íntimas também pode transmitir o vírus. O micro-organismo é capaz de sobreviver até uma semana em peças de roupa, por exemplo. Contudo, se essa peça for lavada com água e sabão, ele desaparece. No caso de copos, não há nenhuma evidência científica de que o compartilhamento transmita o HPV.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Conheça seus direitos



Se você pretende fazer alguma viagem internacional, fique atento aos seus direitos de passageiro. Se tiver que enfrentar o cancelamento de voos por conta de fenômenos naturais, como  as cinzas de vulcões em erupção, que têm afetado milhares de passageiros em todo o mundo, é bom ficar por atento ao que diz a lei sobre o assunto:

As cinzas do vulcão Puyehue, no Chile, atrapalham os planos de milhares de passageiros de voos na América do Sul. Desde o fim de semana, aeroportos de Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e do sul do Brasil fecharam ou tiveram as operações afetadas pelas partículas na atmosfera.

Vários passageiros tiveram que esticar suas férias, tentar outras formas de transporte ou simplesmente aguardar em aeroportos e hotéis até a retomada dos voos.

Veja agora algumas perguntas e respostas sobre o assunto:


Eu sou passageiro. Quais são os meus direitos?

Você tem um contrato com uma companhia aérea para ser levado de um lugar a outro. Isso significa que a companhia aérea tem responsabilidade de achar uma rota alternativa. Os passageiros devem entrar em contato com suas companhias aéreas antes de ir para o aeroporto.

Em caso de cancelamento, os passageiros podem optar por um reembolso ou por mudar a data do seu voo. Em geral, as companhias aéreas são ágeis nos reembolsos. Elas não têm direito de cobrar taxas administrativas.

Quando tudo voltar ao normal, pessoas que foram colocadas em voos mais caros não precisarão pagar a diferença.

O que acontece se eu estou fora do Brasil e não consigo voltar para casa?

As leis sobre as obrigações das companhias aéreas em caso de cancelamentos variam em cada país, mas as maiores companhias aéreas que operam na região costumam seguir os mesmos procedimentos nos diversos aeroportos em que operam. Isso inclui prestar ajuda aos passageiros afetados, fornecendo refeições e hospedagem, se necessário.

- Não há limite de tempo para refeições e hospedagens enquanto não houver voos ou alternativas de transporte.

- Passageiros que organizaram por conta própria uma rota alternativa ou hospedagem podem pedir reembolso da companhia aérea. No entanto, se os custos forem considerados exagerados – como pegar táxi de um país para o outro, por exemplo – a companhia aérea não tem obrigação de reembolsar esses valores. Por isso, é mais seguro deixar que as companhias aéreas providenciem isso.

- Passageiros que não receberam ajuda da companhia aérea devem tentar gastar o mínimo possível e pedir o reembolso posteriormente. No entanto, isso pode ser difícil, já que muitos hotéis estão lotados.

- Algumas companhias aéreas estão fornecendo transporte alternativo, como ônibus.

Todos esses direitos ainda valem para pessoas que marcarem seus voos agora, mesmo que no futuro a situação não tenha se normalizado ainda.

Os passageiros não têm direito automático a qualquer outro tipo de indenização envolvendo cancelamentos de voos, já que as companhias aéreas não têm culpa pelo caos aéreo.

E quais são, nesse caso, as obrigações das seguradoras de viagem com os passageiros?

Os passageiros que tinham fechado seguro de viagem podem ter gastos extras ressarcidos.

Algumas seguradoras pagam os gastos associados a cancelamentos de voos, como custos extras com hotéis, no entanto é necessário consultar o contrato.

A especialistas em direitos do consumidor Rochelle Turner, da revista britânica Which?, afirma que grande parte das seguradoras não oferece esse tipo de cobertura.

Fonte: bbcbrasil.com.br

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vacina ajuda homens a prevenir HPV









Os homens também podem optar pela vacina quadrivalente para se proteger do HPV, vírus causador, no caso deles, do câncer de pênis, ânus e verrugas anus-genitais, conhecidas como crista de galo. A aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da vacina contra o HPV para homens pode ajudar a reduzir a quantidade de vírus circulante entre os homens. Estudo norte-americano mostrou que mais de 50% dos homens entre 18 e 70 anos no Brasil estão infectados pelo vírus.

São indicadas três doses para a imunização, totalizando cerca de R$ 900 (R$ 300 a dose) para homens com idades entre 9 e 26 anos. A medida e a vacinação em massa (imunidade de grupo) de mulheres,são apontadas, por infectologistas, como alternativa mais eficaz contra o câncer de colo de útero, o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer, são cerca de 500 mil novos casos por ano. No Brasil, o risco estimado é de 18 casos a cada 100 mil mulheres. A vacina estava disponível na rede particular para as mulheres desde 1998.

No entanto, a inclusão da vacina no sistema público de saúde está em discussão. As mulheres seriam as primeiras a serem vacinadas. De acordo com a professora da Santa Casa de São Paulo e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Luísa Villa, os homens se vacinarem não é apenas um ato altruísta, mas uma maneira efetiva de resguardar a própria saúde. “A vacina os protege contra infecções, doenças anal, genital e na cavidade oral-orofaringe”, pontua.

Os especialistas reforçam que a possibilidade de o homem se vacinar, indiretamente, também é uma maneira de proteger as mulheres, uma vez que o contágio ocorre pelo contato sexual, mesmo com o uso de preservativo. “É uma responsabilidade compartilhada. Ambos participam da cadeia de transmissão”, comenta Luísa.

Como o uso do preservativo confere uma proteção de 60% a 70%, a vacina é a forma de prevenção mais eficaz contra os tipos mais graves do HPV (6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas anus-genitais, e 16 e 18, que causam a maioria dos cânceres de colo de útero e pênis).

O vírus, por ser um dos principais causadores do câncer de colo de útero, está bastante associado às mulheres, mas também pode ser altamente prejudicial aos homens. “O papel do homem é destaque na transmissão, mas o HPV também pode causar doenças no homem”, diz o infectologista e professor do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais José Geraldo Leite Ribeiro. A infecção pelo HPV está relacionada a cerca de 40% dos casos de câncer de pênis e de 30% a 40% dos de câncer anal em homens. Para se ter uma ideia, oito em cada 10 indivíduos sexualmente ativos entrarão em contato com o vírus no decorrer de suas vidas.

Estudos científicos demonstram que a vacina ajuda o homem a produzir anticorpos e não causa eventos adversos. Em razão dos efeitos satisfatórios – tanto de proteção quanto e de não aparecimento de efeitos colaterais –, nos Estados Unidos, a vacina não só foi liberada pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta o uso de medicamentos e alimentos, como foi incorporada ao calendário de vacinação de rotina. No mercado brasileiro, existem duas vacinas contra o HPV: a quadrivalente, que protege contra os vírus 6, 11, 16 e 18, e a bivalente, que protege contra os vírus 16 e 18. No entanto, o fabricante da vacina bivalente não recomenda o uso para homens.

O vírus


Os HPV são vírus da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.

Incidência

A infecção por HPV atinge cerca de 630 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que os tipos 16 e 18 do vírus causem de 40% a 50% dos cânceres vulvares e 70% dos cânceres vaginais, bem como 85% dos casos de câncer anal.

Sintomas

O HPV pode permanecer no organismo sem qualquer sintoma por meses e até anos. Os tumores malignos, por exemplo, podem demorar de 10 a 20 anos para se desenvolver.

Contágio

A probabilidade de contágio também é alta. Varia de 50% a 80% e o vírus pode ser transmitido mesmo que esteja latente (sem manifestação visível).

Vacina

A vacina quadrivalente contra o HPV é administrada em três doses, com aplicação intramuscular. A primeira pode ser aplicada em data escolhida, a segunda dose é administrada dois meses depois da primeira e a terceira dose, seis meses depois da primeira.


fonte:www.uai.com.br



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Minas Gerais está sendo carcomida pela mineração e seus rios estão sendo levados embora pelos minerodutos


Minas Gerais está sendo consumida dia a dia pelas empresas mineradoras. A maioria delas não age em conformidade com a lei e nem sempre são cobradas ou punidas pelos órgãos fiscalizadores do meio ambiente. A situação é realmente preocupante, como revela a reportagem abaixo do jornal Hoje em dia.:


Minas e minerodutos entram na mira da Assembleia Legislativa de MG

Deputados mineiros querem explicação de mineradoras sobre avanço em áreas ambientais e uso de água dos rios do Estado
Bruno Porto - Repórter - 10/06/2011 - 04:20

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AMADEU BARBOSA
Brumadinho: mineração acelerada é impulsionada pela demanda por matérias-primas































O avanço da mineração nas serras de Minas Gerais e a utilização intensiva de água nos minerodutos serão alvos de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no próximo dia 14. Nos últimos meses, o Hoje em Dia tem publicado diversas matérias sobre os temas, o que motivou o requerimento da audiência. Além de utilizar, sem nenhum ônus, a água dos rios mineiros, as mineradoras também avançaram sobre santuários ecológicos do Estado, com destaque para as Serras do Gandarela, do Caraça e da Canastra.
 

Para o autor do requerimento, deputado Rogério Corrêa (PT), entre os objetivos da audiência, está a busca de esclarecimentos a respeito da pressão das mineradoras sobre os pequenos produtores rurais e a "benevolência com a qual o Estado trata as empresas do setor".
 

No caso dos minerodutos, três estão em operação no Estado - dois da Samarco e um da Vale - e outros dois serão construídos, sendo um da Ferrous Resource e outro da Anglo American. Os cinco, juntos, consumirão um volume de água que seria capaz de abastecer todo o município de Contagem, que tem 603 mil habitantes e é importante polo industrial de Minas. Não existe cobrança pela água captada nos rios mineiros, o que deverá ocorrer em breve, mas com o pagamento de valores irrisórios, tendo em vista o valor estratégico dos recursos hídricos no cenário internacional.
 

No que diz respeito à mineração em paraísos ecológicos, a exploração de bauxita, ferro e diamante, principalmente, avança sobre as serras de Minas, causando impactos irreversíveis na biodiversidade e pressionando as fontes de água. Na Serra do Gandarela, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Vale pretende implantar, neste ano, com aporte de R$ 377 milhões, a primeira etapa de um investimento total de R$ 4 bilhões, na mina Apolo.

Na Serra da Canastra, a Mineração do Sul (Samsul) e a empresa Qualimarcas têm planos de explorar uma jazida de diamante de grandes proporções. Na Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata, a intenção da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), controlada pela Votorantim Metais, é extrair bauxita. A empresa possui direitos minerários em uma região que abrange pelo menos quatro cidades - Muriaé, Miraí, São Sebastião da Várzea Alegre e Rosário de Limeira.
 

Na Serra do Caraça, que está dentro da Área de Proteção Ambiental do Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte, denominada APA Sul, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou inquérito para apurar eventuais irregularidades no licenciamento ambiental que permitiu à Maybach Mineração realizar desmate na região.
 

A empresa operava mediante Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF), um tipo de licenciamento ambiental que foi considerado inconstitucional e está suspenso em Minas Gerais por força de liminar expedida pela Justiça.
 
Reativação de lavra gera protesto
A iniciativa da Vale de reativar a mina Del Rey, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, provocou manifestações de repúdio por parte da sociedade civil e de vereadores do município. A lavra fica a apenas 1 quilômetro dos bairros Vila Maquiné, São Cristóvão e Gogô e a 5 quilômetros do centro histórico da cidade. No próximo dia 22, uma audiência pública com representantes da empresa, de órgãos ambientais e governamentais ocorrerá para debater o assunto. A expectativa da Vale seria de iniciar o licenciamento ambiental imediatamente, para depois iniciar as obras necessárias. A Vale confirmou que as operações da mina estão previstas para serem retomadas em 2014. A projeção de vida útil é de 10 anos.
 
A Vale informou que, por meio de licitação, está arrendando a mina Del Rey, que deverá gerar 300 novos postos de trabalho diretos quando iniciar a extração minerária. “Todas atividades envolvidas na operação da mina serão de responsabilidade da arrendatária. À Vale caberá promover auditorias na operação arrendada. Trata-se de uma operação com pequenas movimentações, com baixo impacto ambiental, logística interna e processo simplificado”, afirmou a mineradora, em nota.
 
A mina em arrendamento estava com as atividades paralisadas em função da estratégia adotada pela Vale de manter seu foco em grandes operações. “O processo de arrendamento em curso não compromete, de nenhuma forma, o andamento dos grandes projetos já anunciados pela empresa no Estado de Minas Gerais”, acrescenta a Vale.
 
O presidente da Câmara dos Vereadores de Mariana, Fernando Sampaio de Castro (PRB), se posicionou de forma contrária à retomada das atividades da mina. “Por estar muito próxima da cidade, os impactos serão muito grandes”, argumentou.
 
A vereadora Aida Ribeiro Anacleto (PT), faz oposição ao empreendimento. Ela lembrou que, próximo à mina, está localizado um sítio arqueológico de grande importância e que, por isso, já acionou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público Federal (MPF). “Criamos a associação Mariana Viva para confrontar os planos da mineradora. Se necessário, iremos à Justiça”, afirmou. A Vale já opera em Mariana as minas Timbopeba, Alegria e Fazendão.