quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Morro do Pilar corre risco com empreendimento minerário

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Morro do Pilar sob ameaça



A cidade do Morro do Pilar, em Minas Gerais, vive um tempo de grande sobressalto. A empresa mineradora Manabi pretende explorar minério de ferro no município vizinho de Conceição do Mato Dentro, que está sendo arrasado pela exploração mineral. É um filme conhecido e triste, muito triste.

- A gente fez um parecer, que subsidiou uma recomendação do Ministério Público Federal para que as atividades minerárias da Manabi fossem paralisadas. E, mesmo assim, o órgão ambiental de Minas Gerais não acatou o pedido do MPF – disse Klemens Augustinus Laschefski, professor de ecologia política na Universidade Federal de Minas Gerais, que fez o laudo junto com as professoras Andrea Zhouri, Ana Flávia Santos, do Grupo Gesta, da UFMG.

A Manabi Holding S.A foi criada em 2011. A empresa parece ser frágil no que se relaciona à capacidade de geração de recursos para investimento fixo e capital de giro. Não por acaso, a Manabi fez algo pouco usual. Em seu estatuto social, a empresa atribuiu direito de voto aos detentores de ações nominativas preferenciais. Por isso, também ganham importância os outros acionistas como o Ontario Teachers’ Pension Plan (Plano de Pensão dos Professores da Província de Ontário) e o Korea Investment Corporation (Fundo Soberano da Coréia do Sul) O projeto da Manabi consiste em um complexo mina – mineroduto – porto para extração, beneficiamento, transporte e exportação de minério de ferro. O projeto é muito semelhante ao Projeto Minas-Rio, cuja mina foi implantada em Conceição do Mato Dentro. O porto para escoar a produção será em Linhares, no Espírito Santo. A ligação entre os dois será feita por um mineroduto que cortará 23 municípios, o que, como sempre, vai gerar um enorme impacto sobre as população e o meio-ambiente.

O licenciamento da mina está sendo feito pelo governo do estado de Minas Gerais ; O mineroduto e o porto passarão pelo processo de licenciamento do IBAMA. O projeto visa a operar por 20 anos e extrair mais de 125 milhões de tonelada. A perspectiva é de que a cidade de Morro do Pilar viverá o caos.

- O Estudo de Impactos Ambientais relativo à mina, apresentado à SUPRAM (órgão ambiental de Minas), aponta a inexistência de comunidades tradicionais e comunidades remanescentes de quilombo nas Áreas de Influência Direta (AID) e Áreas Diretamente Afetadas (ADA) dos respectivos empreendimentos. Por outro lado, a presença de remanescentes de quilombo foi identificada pela vistoria da própria SUPRAM no local. Da mesma forma, durante o processo de licenciamento do projeto Minas-Rio, o Ministério Público também identificou comunidades tradicionais em locais definidos como Áreas de Influência Indireta do Projeto Manabi – disse o engenheiro Bruno Milanes. da Universidade Federal de Juiz de Fora. Em Morro do Pilar, as violações são semelhantes às vistas em outros empreendimentos minerais.

Há desconsideração das limitações fundiárias na região para reassentamento. E, como existem diferentes unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável no município de Morro do Pilar, diminuiu a disponibilidade de terras adequadas ao remanejamento de pessoas a serem desapropriadas pelo empreendimento. Todo esse clima de insegurança se soma ao fato de a região já estar sofrendo forte processo de especulação imobiliária devido à implantação do Projeto Minas-Rio no município de Conceição do Mato Dentro, o que deverá tornar o processo de realocação de moradores ainda mais problemático.

A forma como o licenciamento do Projeto Morro do Pilar vem sendo conduzido até o momento demonstra que o governo do estado pouco aprendeu com a experiência da instalação do Projeto Minas-Rio em Conceição do Mato Dentro. O processo de licenciamento tem elementos de uma tragédia anunciada. Mais uma vez vemos órgãos ambientais fragilizados sem a necessária capacidade institucional,  tendo que avaliar projetos de alta complexidade social e ambiental. Ao mesmo tempo, há agentes políticos que desconsideram questões sociais e ambientais e focam apenas nos resultados econômicos de curto prazo. O envolvimento de representantes de organizações ambientalistas que possuem parcerias com mineradoras sugere a possibilidade de conflitos de interesse que não são explicitados.

O projeto tem todas as características de um enclave e, se for aprovado, o que se verá é a qualidade de vida na região declinar rapidamente com a chegada de um contingente de trabalhadores duas vezes maior que a população atual de Morro do Pilar. Essa concentração de trabalhadores, quase todos do sexo masculino e jovens, muito provavelmente fará aumentar no curto prazo problemas associados à violência e uso do álcool. No médio prazo, assim como em vários outros municípios mineradores, provavelmente veremos o processo de monotonização econômica com uma parte considerável da economia e dos empregos tornando-se dependente de um recurso natural não renovável cujo preço possui alta volatilidade.

Isso quer dizer que, nos momentos de queda de preço do minério de ferro no mercado internacional, a economia local provavelmente entrará em crise, como vimos acontecer em diferentes localidades em Minas Gerais e Pará na crise de 2008.

- O órgão ambiental de Minas está tendo uma atitude intransigente ao não parar o o empreendimento, que viola marcos institucionais importantes. Como pode um órgão como a Supram liberar algo que não vai poder, por falta de estrutura, fiscalizar? –questiona Andrea Azoury.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Novo vídeo revela a tragédia anunciada em Conceição do Mato Dentro.



Gostaria de convidar todos os meus leitores, em especial os meus conterrâneos de Conceição do Mato Dentro-cidade que vem sofrendo graves impactos provocados pela mineradora Anglo American-  para que assistam ao novo vídeo "Conceição, guarde nos olhos IV".

O vídeo é emocionante e revela a triste situação que moradores rurais de Conceição do Mato Dentro vivem hoje na área da mineração da Anglo American. É importante que todos assistam ao vídeo do princípio ao fim para conhecerem a realidade dessas pessoas que são totalmente "invisíveis" para a sociedade e gestores públicos. Pessoas simples que merecem todo nosso apoio e respeito pela resistência,  coragem e pelo enfrentamento dessa realidade caótica a que estão submetidas.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Aprenda como escolher um bom azeite.






Existem milhares de marcas e opções nas prateleiras dos mercados, e na hora de comprar um bom azeite fica aquela confusão. A maioria acaba escolhendo pelo valor e muitas vezes acaba saindo em desvantagem com essa atitude.

O Azeite de Oliva é um aliado importante para nossa saúde, pois ele possui o que os nutricionistas chamam de gordura do bem, além de dar um gostinho especial nos pratos, ele reduz o risco de doenças no coração, controla o nível do colesterol e a pressão arterial. Tudo isso graças aos agentes antioxidantes e também ajuda a combater o câncer e a arterioscleroses.

Eu particularmente prefiro comprar azeites em embalagens de vidro ou plástico (o ideal são os de embalagem escura), pois a lata oxida com o tempo e ferrugem não é bom pra saúde. Mas independente disso, vou dar algumas dicas que encontrei para na próxima compra, você escolher o azeite perfeito para você e seu bolso!

Tipos de Azeites:
Virgem: Não passou por nenhum tipo de refinamento químico, por isso preserva seus nutrientes naturais e é o mais indicado. Combina perfeitamente com saladas.
Refinados: Obtido do azeite virgem, ele possui menor acidez e o processo de refinamento faz com que ele perca gosto, textura, cor e aroma, além das vitaminas e nutrientes.
Composto: É uma mistura do azeite refinado com outros óleos como o de soja, esse é aquele de menor preço e muitas vezes nem nos damos conta que não estamos levando azeite para casa, ele não possui o gosto nem características do azeite virgem fazendo sua qualidade cair muito.

Uso do Azeite: Eu uso em tudo que faço, refogar arroz, temperar saladas, fazer massas e em tudo que costumava usar o óleo de soja agora troco por azeite. Ele agüenta bem o calor, então não fica tão saturado quanto o óleo convencional.


Escolhendo o Azeite:

Leia a embalagem veja a origem do azeite se ele for produzido na Ilha da Sicília na Itália seu sabor é mais suave e delicado, por muitas vezes adocicado, quando comparado com os Espanhóis que possuem um gosto mais picante e amargo.
Esqueça aquela historia de que Azeite envelhecido é melhor, muito pelo contrario quanto mais antigo ele for mais ele perde suas propriedades e características.
As cores do azeite podem variar de amarelo ao esverdeado, o que não interfere na sua qualidade, porém cuidado com o incolor, esses já estão velhos demais.


Como Usar: Em pratos com carnes brancas e legumes pedem um azeite mais suave. Já em carnes vermelhas e bacalhau pede um azeite mais forte e marcante.

Crie novos sabores: O legal do azeite é que você pode criar seu próprio sabor, compre um azeite virgem e adicione alho, alecrim, manjericão, faça ao seu modo e veja que delicia e tantos novos sabores você pode criar.

Agora não tem mais como errar! Mas se ficar na dúvida, a dica é comprar a menor embalagem que achar do azeite para experimentar, só assim você vai saber o que mais lhe agrada.



Afinal, aquecer o azeite faz mal?


Especialista explica que o uso desse produto na hora de se preparar uma refeição que vai ao fogo ou ao forno não gera nenhum efeito negativo




Quem nunca ouviu dizer que azeite, quando utilizado na panela para refogar cebola e alho, faz mal à saúde? Essa cultura perdura há anos no Brasil e segundo pesquisa encomendada pela indústria de de beneficiamento de azeitonas, cerca de um terço dos consumidores entrevistados ainda não esquentam o produto, restringindo seu uso à finalização de pratos e ao tempero de saladas. A crendice popular é que ao ser aquecido, o azeite se transforma em gordura saturada, o que faz mal à saúde. Isso não passa de um mito, segundo especialistas. Ao esquentar esse óleo, ele se mantém íntegro e continua com suas propriedades, que ajudam a combater o mau colesterol.

Segundo o nutrólogo Carlos Alberto Nogueira de Almeida, da Associação Brasileira de Nutrologia, ao analisar o comportamento do azeite durante a fritura, é possível concluir que se trata do óleo que apresenta maior estabilidade no processo oxidativo, mantendo rica sua composição de ácido oleico e contribuindo para redução do colesterol LDL (considerado ruim), sem afetar o HDL ( que é o colesterol bom), permitindo o equilíbrio entre os dois no organismo.

O especialista também relata que estudos realizados pelo departamento de agricultura da universidade de Nápoles, na Itália, concluíram que o aquecimento do azeite não leva à formação de produtos tóxicos, pois suas propriedades naturais inibem sua formação. A manutenção das propriedades originais do óleo fica em torno de 80%.

"É importante salientarmos que mesmo após o aquecimento em condições de uso doméstico, o azeite não sofre mudanças significativas em seu perfil de ácidos graxos, que são os nutrientes básicos de um lipídeo. Cabe ainda destacar que não ocorre formação de gordura trans ou saturada quando exposto nas temperaturas recomendadas, desmistificando assim a crença popular", diz Carlos Alberto Almeida.

A dieta dos países mediterrâneos – como Grécia e Espanha –, considerada como uma das mais saudáveis do mundo, usa o azeite como ingrediente base da maioria dos pratos, do preparo à finalização. Para se ter uma ideia, portugueses consomem em média 7 litros do produto ao ano, por pessoa. Os espanhóis consomem 12 litros per capita, por ano, e os gregos chegam a 20 litros. Claro que, por serem produtores de azeite, é natural que o uso seja maior. No Brasil a baixa penetração nos lares faz com que o consumo per capita ainda seja muito pequeno em relação aos principais mercados: cerca de 300 ml por brasileiro, ao ano.

fontes: http://receitasdeminuto.com/como-escolher-um-bom-azeite/
e  http://sites.uai.com.br/app/noticia/encontrobh/gastro/2014/09/11/noticia_gastro,150319/afinal-aquecer-o-azeite-faz-mal.shtml