segunda-feira, 25 de junho de 2012

Divã virtual



Imagine, você, poder colocar pra fora seus medos, suas angústias e buscar o autoconhecimento, com um profissional capacitado que more em outra cidade ou até mesmo em outro país, sem precisar levantar a bunda do sofá da sua casa ou da cadeira do seu escritório?
 
Pois essa opção de fazer análise ou terapia  de forma virtual já é uma realidade e agora ganhou novas normas que vão trazer benefícios para os adeptos do divã virtual.. Veja a reportagem:




Atendimento com psicólogo via internet ganha novas normas

O atendimento psicológico via internet, que ocorre por e-mail, MSN ou Skype, poderá ter mais sessões e ganhará maior rigor em seus mecanismos de segurança.

Foi publicada nesta segunda-feira, pelo Conselho Federal de Psicologia, uma nova resolução para disciplinar esse atendimento à distância. Mas as medidas só passarão a valer no final de dezembro.

Regulamentada no Brasil em 2005, a orientação psicológica na web atende problemas pontuais do paciente, como dificuldades de adaptação em uma nova cidade, problemas escolares do filho ou questões afetivas.Para prestar o serviço, o psicólogo deve ter seu site credenciado pelo conselho.

Atualmente, a orientação na internet se limita a dez atendimentos. Com a nova resolução, poderá ter 20 sessões. O aumento das consultas virtuais era uma das principais demandas tanto de psicólogos quanto dos próprios pacientes,

Continua proibido, na nova resolução, o uso da internet para a psicoterapia -mais prolongada, sem limite de consultas. A exceção é para fins de pesquisa.

A nova resolução diz que o psicólogo deve buscar programas atualizados de segurança, entre outras medidas, para garantir o sigilo da consulta e preservar o paciente,

Em 2005, havia cerca de 30 sites para orientação psicológica na web. Atualmente são 204 credenciados pelo conselho (40, porém, estão com a licença expirada).

domingo, 24 de junho de 2012

Minas lidera perdas do bioma Mata Atlântica


Será que é para a mineração que estamos perdendo nossas matas no Estado de Minas Gerais.?

Pode ser mera coincidência, mas à medida que estamos assistindo ao aumento da exploração mineral em nosso Estado, surge essa notícia de que Minas Gerais é o líder no desmatamento do bioma  Mata Atlântica. em todo  país.




Se não houver uma conscientização das pessoas, em pouco tempo tempo, só vai restar pedra sobre pedra em MG. 

Leia a matéria sobre o assunto:



Desmatamento na Mata Atlântica cai 58%; Minas lidera perdas

30 de maio de 2012 • 08h56

O País perdeu mais de 13 mil hectares da Mata Atlântica no período de 12 meses contados de maio de 2010 a maio de 2011. De acordo com levantamento realizado pela organização ambientalista SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os Estados vilões do desmatamento no período foram Minas, com a perda de 6.339 hectares, e a Bahia, eliminação de 4.493 hectares do bioma.


Segundo o trabalho Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, atualmente restam apenas 7,9% do bioma. Em relação ao levantamento anterior (total de 31,19 mil hectares desmatados), o número total de desmatamento caiu 58%.


São Paulo registrou o desmatamento de 216 hectares no período, metade do resultado apontado no levantamento anterior. Os Estados com menos áreas desmatadas são Goiás, com 33 hectares, Paraná, com 71, e Rio, com 92.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Morro do Pilar e Santa Maria do Itabira: a bola da vez

Morro do Pilar

Santa Maria do Itabira


Mais uma mineradora vai se instalar na região da Serra do Espinhaço. Agora, a bola da vez são os municípios de Morro do Pilar e Santa Maria do Itabira que vão sofrer os graves impactos provocados pela desenfreada exploração mineral  no Estado. 

Conceição do Mato Dentro já está sofrendo com a instalação da mineradora Anglo American  e agora mais uma empresa, a Manabi, se instala nos Municípios vizinhos de Morro do Pilar e Santa Maria de Itabira.

Sugiro aos moradores dessas cidades que comecem a se preparar para a luta, que fiquem atentos e procurem se informar sobre seus direitos,  pois os impactos provocados por esses empreendimentos minerários são muito graves e trazem muito sofrimento à população.

Leia a matéria abaixo, que tem um enfoque apenas econômico sobre o assunto




Nova mineradora investirá em MinasRecurso de US$ 2,8 bilhões será destinado ao projeto para explorar ferro em Morro do Pilar e Santa Maria do Itabira
Marta Vieira

Publicação: 21/06/2012 06:00 Atualização: 21/06/2012 06:46

Executivos da Manabi Holding – mineradora criada no ano passado por ex-executivos da Vale e da MMX e investidores canadenses e americanos – se reuniram ontem com técnicos do governo de Minas para discutir detalhes finais de um acordo que apoia o investimento bilionário preparado pela companhia no estado. A Manabi adquiriu em 2011 reservas de minério de ferro de Morro do Pilar e Santa Maria do Itabira, na Região Central mineira. Segundo uma fonte do setor que acompanha as negociações com o governo estadual, o orçamento do projeto está dimensionado em US$ 4,1 bilhões, dos quais cerca de US$ 2,8 bilhões serão destinados ao complexo de mineração em Minas.

O empreendimento deverá ser formalizado em julho, por meio de protocolo de intenção do investimento a ser firmado no Palácio Tiradentes. Na segunda-feira, a mineradora enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando sobre entendimentos com o governo do Espírito Santo para a construção de terminal portuário próprio no município de Linhares, que terá como principal carga o minério de ferro que a Manabi vai explorar nas jazidas mineiras, além de granéis sólidos e líquidos de terceiros.

A empresa informou que não vai se pronunciar sobre o projeto em razão das imposições da CVM. Para viabilizar o seu projeto no Brasil, a companhia enviou ao órgão regulador do mercado de capitais pedido de análise para oferta pública de ações. O complexo para a extração e beneficiamento de minério de ferro contempla uma produção estimada em 31 milhões de toneladas anuais a partir de 2016, sendo 25 milhões de toneladas na mina de Morro do Pilar e outros 6 milhões de toneladas na reserva de Morro Escuro, em Santa Maria do Itabira.

O projeto é um dos maiores em volume no estado, superior aos 26,5 milhões de toneladas do complexo Minas-Rio da multinacional Anglo American em fase de obras no município de Conceição do Mato Dentro. A Manabi iniciou em abril o licenciamento ambiental de seu projeto e firmou com a mineradora Vale entendimentos para negociar o escoamento do minério pelos trilhos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) até o litoral capixaba.

A logística estudada pela Manabi considera a construção de um mineroduto de cerca de 150 quilômetros ligando a mina de Morro do Pilar a Ipatinga, no Vale do Aço, de onde o insumo seguiria por ferrovia até o Espírito Santo. O trajeto em direção ao porto de Linhares seria complementado por um ramal ferroviário de 90km.

Todo o minério de Morro do Pilar terá como destino a exportação, enquanto a reserva de Morro Escuro atenderá o mercado interno. A expectativa é de que o projeto abra 2 mil empregos diretos nas operações, sendo 1,5 mil no complexo minerador. A despeito da crise na Europa e do crescimento menor na China e nos Estados Unidos, a Manabi, ainda segundo a fonte ouvida pelo Estado de Minas, se ampara em boas perspectivas de vendas, tendo em vista a qualidade considerada premium de suas reservas. Depois de passar pela etapa de processamento, o minério de ferro sairá das minas com teores de 68% de ferro, ideais para uso direto nos altos-fornos da indústria siderúrgica.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Anglo American recebe recomendações do Ministério Público Federal para que respeite direitos humanos em Conceição do Mato Dentro


12/6/2012


Objetivo é evitar mais violações a direitos das populações atingidas pela exploração de uma mina e construção do Mineroduto Minas-Rio


A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), em conjunto com o Ministério Público Estadual (MPMG) e a Defensoria Pública do estado, expediu três recomendações destinadas a resguardar direitos das populações atingidas pela exploração de uma mina em Conceição do Mato Dentro (MG) e pela construção do Mineroduto Minas-Rio. Os empreendimentos pertencem à Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S/A, subsidiária da Anglo American, uma das maiores empresas de mineração do mundo.

O gigantesco empreendimento vem sendo implantado a partir da região central do Estado de Minas Gerais, local de instalação da mina para exploração de jazida de ferro, e vai até o Porto do Açu, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. As obras tiveram início em 2006 após a concessão das licenças prévia e de instalação pelos órgãos ambientais.

Para os autores das recomendações, os problemas começaram justamente na expedição das licenças, já que não foram corretamente avaliados os impactos sociais e ambientais do empreendimento. No local, vivem diversas comunidades tradicionais, que foram completamente ignoradas pelos órgãos licenciadores.

Direito de ir e vir – Em 2010, equipe técnica da Diversus Consultores Associados Ltda elaborou um diagnóstico socioeconômico na região das obras relatando diversas situações de intimidação sobre a população atingida, inclusive impedimentos ao direito de ir e vir das comunidades tradicionais que habitam o local há mais de 100 anos. Em 2012, técnicos do Ministério Público Estadual constataram a destruição de cercas, como também danos a porteiras e mata-burros.

Na audiência pública realizada no Município de Conceição do Mato Dentro no dia 17 de abril deste ano, moradores também relataram uma série de abusos cometidos pela mineradora, que vão desde intimidações até danos materiais às suas propriedades.

“Enquanto, por um lado, os moradores são impedidos de utilizar estradas, caminhos e passagens em áreas adquiridas pela empresa, por outro, seus funcionários, de maneira arrogante e prepotente, entram e passam pelas terras dessas mesmas famílias, com caminhonete e veículos pesados, sem qualquer consentimento prévio do proprietário, destruindo estradas, mata-burros, cercas e porteiras”, informam os autores.

Tais obstáculos resultam em diversos transtornos, “na medida em que os danos causados às estradas e mata-burros vêm dificultando e, por vezes, até impedindo o acesso das comunidades rurais aos serviços públicos básicos, como educação, saúde, etc. Há inúmeros relatos de interrupção do transporte escolar em razão dos danos, bem como manifestações de preocupação em relação às pessoas idosas e pessoas com necessidade de atendimento emergencial no sistema de saúde, por temerem que, em situações de urgência, a interrupção dos acessos possa ter consequências graves e danosas”, narra uma das recomendações.

Intimidação moral - Outro relato foi o de que, para possibilitar o trânsito de veículos pesados, a mineradora vem arrancando e destruindo arbitrariamente cercas e porteiras, causando prejuízos às atividades tradicionalmente desenvolvidas na região, como a criação de gado leiteiro. “Essa situação vem causando grande revolta e insatisfação entre os moradores, que relatam que a empresa se recusa a fazer os reparos, e quando o faz é em benefício próprio”, afirmam os autores.

Os MPs e a Defensoria acreditam que as ações de interdição dos caminhos e destruição dos acessos, “inclusive com o uso de violência, constituem, mais do que o abuso em si, uma arma para pressionar os atingidos a deixarem suas propriedades e negociarem a venda de suas terras”.

Durante a audiência pública, foram ouvidos relatos do esforço feito pela empresa para desmoralizar e fragilizar as organizações e associações da sociedade civil, ou da persistência das ameaças sobre as comunidades, para que as famílias aceitem as negociações propostas ou se mudem do local.

Crimes - Os autores das recomendações advertem que as graves violações aos direitos humanos praticadas pela mineradora podem vir a configurar vários crimes, entre eles ameaça, constrangimento ilegal, violação de domicílio, dano e até perturbação do sossego, que é uma contravenção.

Por isso, recomendaram que a empresa suspenda imediatamente situações, processos e ações que configurem violações aos direitos humanos, que promova a reparação e compensação das violações já constatadas e tome medidas para evitar novas ocorrências. Recomendou-se ainda a manutenção regular das estradas e abstenção de entrar ou permanecer, sem a autorização do proprietário, em propriedades particulares.

A empresa também não poderá causar qualquer dano a cercas, porteiras e mata-burros, nem ameaçar ou constranger, ainda que moralmente, as comunidades atingidas pelo empreendimento, sob pena de responsabilização criminal.

Problemas para estudantes – A segunda recomendação versou especificamente sobre os problemas vivenciados pelos alunos da Escola Municipal São José do Arruda.

Localizada às margens da rodovia MG-10, no trecho compreendido entre a portaria principal da Anglo Ferrous e o distrito de Itaponhoacanga, no Município de Alvorada de Minas, a escola vem sofrendo com a enorme quantidade de poeira produzida pelo tráfego intenso de caminhões, que tem causado o aumento significativo de problemas respiratórios entre as crianças.

Além disso, os estudantes também ficam sujeitos a risco de acidentes, já que transitam pelas margens da estrada no deslocamento para a escola. Some-se a isso a interrupção do transporte escolar em função da destruição dos acessos.

No documento, dirigido também ao prefeito municipal de Alvorada de Minas e ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG), os MPs e a Defensoria recomendam à Anglo Ferrous e à Prefeitura a adoção de medidas urgentes que garantam o acesso e a permanência dos alunos na escola, incluindo as que se relacionem ao controle da qualidade do ar e ao abastecimento ininterrupto de água e transporte escolar.

Já o DER-MG deverá adotar medidas de controle de tráfego na rodovia estadual, que é sua responsabilidade, para garantir a segurança dos alunos e dos demais transeuntes, além de efetuar os reparos necessários e a manutenção da via.

Qualidade da água – A terceira recomendação tratou de uma questão que suscitou o maior número de reclamações durante a audiência pública: a piora significativa da qualidade da água dos córregos a jusante da área do empreendimento, sobretudo dos Córregos Passa Sete (também denominado Passa Três) e Pereira (também denominado Vargem Grande).

Segundo os moradores, os córregos eram anteriormente utilizados para várias finalidades, entre elas, o consumo humano, irrigação de plantas, dessendatação de animais e recreação, mas que, com a implantação do empreendimento, tais usos ficaram impossibilitados. Algumas comunidades, atualmente, são abastecidas por poços artesianos, e a maioria sofre com a constante falta dágua. A situação precária, vivida em especial pela Comunidade de Água Quente, foi retratada inclusive por meio de boletins de ocorrência da Polícia Militar Ambiental.

Os autores da recomendação lembram que uma das condicionantes da Licença de Instalação era justamente a obrigatoriedade do empreendedor de garantir o fornecimento e a qualidade da água para a comunidade, o que não vem sendo cumprido.

Por isso, recomendaram que a Anglo Ferrous adote providências urgentes para solucionar os problemas decorrentes da poluição e assoreamento dos recursos hídricos de toda a região do empreendimento e adjacências, restabelecendo a situação anterior ao início das obras.

Assinam as recomendações a procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Silmara Goulart, a defensora pública estadual Flávia Marcelle de Morais e os promotores de Justiça Marina Kattah, Marcelo Mata Pereira, Francisco Chaves Generoso e Paulo César Vicente de Lima.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em Minas Gerais
(31) 2123.9008
www.prmg.mpf.gov.br
No twitter: mpf_mg


Assistam agora ao vídeo que mostra os moradores narrando os impactos que estão sofrendo por conta da mineração em Conceição do Mato Dentro.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Apague esse mal de sua vida!




Você sabia que cada cigarro contém cerca de 4.700 substâncias tóxicas ao nosso organismo e que ele é a principal causa de câncer?

Nessa quinta-feira, dia 31 de maio, foi comemorado o Dia Mundial sem Tabaco, que tem por objetivo alertar as pessoas sobre os males causados pelo uso do cigarro.

Vejam na matéria abaixo, publicada pela Folha de São Paulo, como o cigarro traz prejuízos à saúde e como são elevados os gastos que o governo brasileiro tem para tratar as doenças provocadas pelo tabagismo.

Doenças causadas pelo cigarro matam 357 por dia no país
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA


A cada dia, 357 fumantes ou ex-fumantes morrem no Brasil das principais doenças ligadas ao tabagismo, especialmente enfermidades cardíacas, pulmonares e câncer.

Tratar doenças decorrentes do fumo custa R$ 21 bilhões anuais às redes de saúde pública e privada do país sem contar o fumo passivo.

Esse valor é cerca de cinco vezes o que o governo federal vai gastar, até 2014, no plano de combate ao crack.

Editoria de arte/folhapress



As estimativas são de um estudo encomendado pela ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) à Fiocruz e que será apresentado hoje, em evento de comemoração do Dia Mundial sem Tabaco.

O trabalho se baseia em dados de 2008 sobre doenças e mortes e, a partir de um modelo matemático, estima o impacto do fumo e seu custo.

Apesar de o número de fumantes no país ter caído nas últimas décadas --hoje 14,8% dos adultos fumam--, o cigarro é responsável por 13% das mortes, segundo o estudo.

Essa fatia é equiparável à das mortes por causas externas, incluindo homicídios e acidentes.

Estima-se que, em 2008, 130.152 pessoas morreram das 15 principais doenças atribuídas ao fumo (de um total de 150 ligadas ao tabaco). O Ministério da Saúde diz que, em 2009, 37,6 mil pessoas morreram de acidentes terrestres e 52 mil de homicídio.

"A carga é muito pesada. Você tem um fator de risco, o fumo, que toma 0,5% do PIB, da sua riqueza", diz Márcia Pinto, economista da Fiocruz que coordenou o estudo com um instituto argentino.

O trabalho avalia quantos anos de vida e de atividade social e produtiva se perdem por conta do tabagismo.

A estimativa média é que o consumo do tabaco encurte em 4,5 anos a vida de uma mulher fumante e em cinco anos a vida de um homem. Embora a presença do cigarro esteja ficando mais forte entre as mulheres, os homens ainda são os que mais fumam e que mais adoecem.

SÓ ÔNUS

Para Paula Johns, diretora executiva da ACT, o estudo desconstrói o discurso do setor fumageiro sobre a importância da arrecadação de impostos. A ONG calcula que o tabaco custe para a saúde 3,3 vezes o que o governo arrecada de impostos com o setor.

"É impactante olhar para os R$ 21 bilhões e para outras coisas que poderiam ser financiadas. Os ônus são para todos, mas os lucros vão para os acionistas", diz ela.

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) disse à Folha que o estudo reforça decisões recentes de cerco ao tabaco, como a proibição de aditivos e do fumo em locais fechados.

"Isso reafirma a avaliação de que o cigarro é um dano econômico à saúde, na medida em que o custo das internações é muito superior à arrecadação feita pelo setor."

OUTRO LADO

Romeu Schneider, presidente da câmara setorial do tabaco, classifica os números de "chute" e questiona a possibilidade de isolar o cigarro como causa das doenças.

"Deveriam usar números reais, como os que usamos. Nosso faturamento é superior a R$ 17 bilhões, mais de R$ 10 bilhões em impostos."