domingo, 30 de junho de 2013

Plebiscito pode economizar bilhões

Paulo Moreira Leite - Plebiscito pode economizar bilhões

sábado, 29 de junho de 2013

sábado, 29 de junho de 2013

Transporte público deve e pode ser gratuito e de qualidade para todos!




Para refletir:

No meu programa de quinta-feira defendi o transporte gratuito e de qualidade  para toda população.

Neste sábado, vi manifestantes na Câmara de Belo Horizonte defendendo a mobilidade urbana como direito social!

Eu assino embaixo! Sou a favor da gratuidade do transporte que deveria ser mesmo público! Um amigo meu do Facebook  me questionou de onde sairiam os recursos para isso e que era uma ideia utópica.

Como considero perfeitamente viável, discordei dele. Logo que é necessário aprofundar mais o debate, mas a princípio seguem algumas ideias de como tornar possível a gratuidade e qualidade.

Primeiramente abrindo a caixa preta do transporte público , abrindo novas concessões e acabando com esse oligopólio tão nocivo à melhoria do sistema. De onde viriam os recursos para isso?

1-  Utilização de recursos advindos  da taxação das grandes fortunas,
1- Recursos da cobrança pela matrícula de aviões, jet skis  e iates
2- Recursos de grandes obras viárias que seriam evitadas e que geralmente vão para as empreiteiras que superfaturam todo o serviço. Esses recursos seriam totalmente evitáveis.
3- Aplicação correta e transparente do dinheiro público,
4- Recursos que seriam economizados da área de saúde, pois população sem estresse e feliz, não adoece.
5- Impostos que virão naturalmente do incremento do comércio, pois as pessoas com mobilidade se movimentam e compram mais.
6- Impostos sobre o incremento da produção industrial, decorrente da demanda da população.


Bem, essas são apenas algumas idéias que poderiam mostrar que não é utopia colocar em prática o item da Constituição que garante a todo cidadão o direito de ir e se alguém quiser pode acrescentar mais alguma ideia de onde retirar recursos para um transporte mais humanizado.


Veja também a matéria::

Tarifa zero promove inclusão social e impulsiona economia, diz idealizador

As pessoas chegam em mais lugares para consumir coisas: no teatro, no cinema, na festa, no bar, na escola, em todos os lugares tem mais gente chegando


Agência Brasil

Publicação: 27/06/2013 22:19 Atualização:


São Paulo – Além de promover a inclusão social, a gratuidade do transporte público traz impactos positivos à economia, segundo ex-secretario municipal de transportes de São Paulo, Lúcio Gregori. “É uma bruta inclusão social. Mais do que isso, tem efeitos positivos na economia, porque as pessoas vão consumir mais. As pessoas chegam em mais lugares para consumir coisas: no teatro, no cinema, na festa, no bar, na escola, em todos os lugares tem mais gente chegando”, disse ao participar de uma aula pública em frente à prefeitura paulistana organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL).

A calçada, que ficou lotada na noite desta quinta-feira (27/6) de jovens sentados para escutar a palestra, ainda tinha cacos de vidro remanescentes do último protesto do movimento, no dia 18, pela redução das tarifas de ônibus, trens e metrôs. Na ocasião, as vidraças da prefeitura e duas agências bancárias na Praça do Patriarca foram depredadas. A revogação do aumento que tinha elevado as tarifas do transporte público de R$ 3 para R$ 3,20 na capital foi anunciada no dia seguinte pelo prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin. Também participou da aula o professor aposentado do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, Paulo Arantes.

Quando participou da administração da prefeita Luiza Erundina na capital paulista, Gregori elaborou o Projeto Tarifa Zero, que pretendia subsidiar integralmente as passagens de ônibus com o aumento de impostos progressivos, especialmente o de Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O ex-secretário ainda defende o mesmo modelo para implantação do sistema em grandes cidades. “É óbvio que tem que arranjar dinheiro novo, alavancando o IPTU de grandes propriedades e de imóveis de luxo”, disse ao explicar que a proposta está ligada a uma reforma que torne a carga tributária mais justa.

“A sociedade brasileira é rica o suficiente para fazer uma política tributária em que os mais ricos contribuam para todos viverem em uma cidade que muda inteiramente com a gratuidade dos transportes”, acrescenta ao lembrar da desigualdade do sistema atual. “O Brasil tem uma carga tributária inversa do que tem que ser: quem ganha até dois salários mínimos paga mais imposto do que quem ganha mais do que 20. Quem ganha até dois salários paga 50%, quem ganha mais de 20 salários paga 26%, alguma coisa está errada”.

Gregori descarta ainda a vinculação da tarifa zero com a estatização do sistema de transportes. “Por acaso a coleta de lixo é estatal? Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, compara. “Tem que pagar o custo operacional de uma frota contratada do setor privado, com planilha discutida publicamente e claramente. E não se cobra nada do passageiro”.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2013/06/27/interna_brasil,373892/tarifa-zero-promove-inclusao-social-e-impulsiona-economia-diz-idealizador.shtml?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A luta continua!! Reforma política já!


Assim não dá! Queremos mudança, paz e respeito!

 - Euler Junior/EM/D.A Press
PM ocupa o centro de BH depois de confronto com manifestantes - Marcos Vieira/EM/D.A Press
foto do Estado de Minas.-www.uai.com.br


Por Déborah Rajão

A única entrada possível para o túnel que pode levar ao fim da corrupção no Brasil é o financiamento público de campanha, a ser gerenciado pelos partidos, com toda transparência possível, acompanhado e compartilhado com toda a população.


Esse é o único caminho possível para acabar com os interesses escusos que permeiam a nossa política desde sempre, interesses de pequenos grupos que não querem de forma alguma dividir o bolo com a população.


Com essas manifestações o Brasil nasceu novamente. Por isso temos que continuar nas ruas, físicas ou virtuais e continuar reivindicando os direitos da coletividade.


E que seja de forma democrática, pacífica e constante. O povo precisa mostrar sua força e não aceitar de forma alguma violência  nas manifestações.


Baderneiros, criminosos e violentos, infiltrados ou não, não serão aceitos! Vamos cobrar o fim dessa violência que sempre acontece no final dos protestos, cometida por bandidos mascarados e infiltrados. O povo não pode ficar refém desse medo e deixar de ocupar as ruas.


Querem calar o povo e inibi-lo com cenas pirotécnicas dignas de filmes de Hollywood. Isso ao mesmo tempo em que jogam bombas em pessoas pacifícas que apenas exercem sua cidadania protestando por justas mudanças .


Felizmente,  essa estratégia de espantar o povo das ruas usando o medo e a violência, não deu certo, pois todo mundo percebeu, viu e sentiu tudo o que as imagens mostraram para todo o Brasil. E o povo não está mais bobo.


Se queremos um país educado, saudável e feliz, temos que continuar nas ruas e cobrar cada vez mais firmemente a reforma política com financiamento público de campanha para que consigamos construir o país que queremos , o país de todos, com mais educação, saúde, trabalho, renda e povoado de boas e dignas pessoas felizes".

A luta continua!Reforma Política já!
Queremos mudanças. paz e respeito!





domingo, 23 de junho de 2013

QUEREM COLOCAR UM CADÁVER NO COLO DA PRESIDENTE

Belém, PA - Manifestantes se reúnem na Praça da República, no centro de Belém, em protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional 37



Depoimento de um médico e professor da UFMG, que participou dos protestos nesse sábado em BH.

QUEREM COLOCAR UM CADÁVER NO COLO DA PRESIDENTE

Ontem, 22 de junho de 2013, minha mulher e eu fomos à manifestação ocorrida em Belo Horizonte na qualidade de médicos. Somos professores e vários de nossos alunos estavam presentes. Como já havíamos testemunhado a violência no ato da segunda-feira anterior, fomos preparados para atender possíveis vítimas, levando na mochila alguns elementos muito básicos para pequenos ferimentos e limpeza dos olhos irritados por gás.
A manifestação foi tranquila durante todo o trajeto. Até mesmo a intolerância com militantes de partidos de esquerda foi pouco vista. Uma grande bandeira vermelha era orgulhosamente carregada e, salvo um ou outro, respeitada. Contudo, o clima começou a piorar quando a manifestação encontrou o cordão policial. 

Como tem ocorrido, a maioria aceitou o limite imposto, mas os provocadores instavam os moderados a enfrentarem a polícia. Parecem colocados estrategicamente entre o povo, porque se repartem em certo padrão e gritam as mesmas frases.
Como é sabido, eventualmente o conflito aconteceu. Retiramo-nos para a pequenina área verde que sobra naquele encontro as avenidas Abraão Caran e Antônio Carlos. E ali ficamos tratando sobretudo intoxicações leves e ferimentos superficiais causados por estilhaços e balas de borracha. Em um momento, fui chamado para atender um senhor ferido na cabeça. Fui correndo, mas ele já passara o cordão de isolamento da polícia. Identifiquei-me como médico aos policiais do Governo de Minas Gerais e disse que poderia atender o senhor ferido. A resposta foi uma arma apontada contra meu peito. Pedi para falar com algum oficial, mas a PM recomeçou a atirar. Voltei para nosso pronto-socorro improvisado. De dentro do campus da UFMG começaram a atirar bombas de gás sobre nós que atendíamos os feridos e recuamos ainda mais, para o meio da Antônio Carlos.
Minutos depois, chamaram-nos com urgência informando que alguém caíra do viaduto José de Alencar. Quando chegamos, um jovem com o rosto sangrando estava sofrendo uma pequena convulsão. Fizemos a avaliação primária e, na medida em que surgiam problemas, tratávamos da melhor forma possível. Aquele paciente precisava de atendimento avançado urgentemente, em um centro de trauma, mas a polícia não arrefecia. Aproximou-se de mim um sujeito com o rosto tampado por uma camiseta. Ele descobriu parcialmente a face e me disse no ouvido que era policial e que pediria que não atirassem para que pudéssemos evacuar a vítima (penso ter visto esse autodeclarado policial perto de mim, quando eu tentava falar com um oficial, e depois correndo ao meu lado. Se for a mesma pessoa, ele era um dos exaltados que instavam à violência). Chegaram algumas pessoas com camiseta vermelha, na qual se lia “bombeiro civil”. 
Eles nos ajudaram a improvisar uma maca com um cavalete da empresa de transportes e faixas de manifestantes. Algum tempo depois, por coincidência ou não, os tiros pararam e fomos, com dificuldade, levando a vítima em direção do cordão policial. Minha mulher ficou na barreira.
Quando passamos a barreira, vi uma ambulância parada a uns 20 metros. Gritei para os que ajudavam para que fôssemos para ela. Todavia, para meu horror, a polícia não permitiu. Disse que aquela viatura era somente para policiais feridos. Tentei discutir, mas vi que seria improdutivo. Disse a um oficial, então, que conseguisse outra. Não tínhamos muito tempo. Colocamos a vítima no chão, imobilizando sua coluna cervical e iniciei a avaliação secundária. Na medida do possível, limpamos o rosto ensanguentado do jovem e realinhamos os membros fraturados. Pedi aos policiais que, pelo menos, trouxessem equipamentos da ambulância “deles” para imobilização e infusão. Recusaram-se.
Esperamos um bom tempo até que uma ambulância do resgate do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais chegasse. O veículo praticamente não tinha nenhum equipamento. Somente a prancha, talas, colar cervical e oxigênio para ser usado com máscara. “Soro” não havia. Transferimos e imobilizamos o paciente. Nesse tempo, tentávamos descobrir para onde levar a vítima. Respostas demoravam a chegar. Pensamos no Mineirão, bem próximo de nós, mas primeiro disseram que era para torcedores e depois que não dispunha de centro de trauma. Fomos para o Pronto Socorro de Venda Nova, Risoleta Neves. Lá uma colega assumiu o tratamento do ferido.
Entrei em contato com minha mulher e ela me disse havia se juntado a meu irmão, que dois outros haviam caído do viaduto e que havia vários feridos, mas que eles não estavam conseguindo mais atender.
Mais tarde, quando os reencontrei no metrô de Santa Efigênia eles me contaram uma história de terror. 

Depois de me deixar com a primeira vítima, minha mulher se identificou aos policiais e disse que queria passar também para me ajudar. A polícia não deixou e ameaçou atirar nela. Como as agressões reiniciaram logo depois, ela ficou presa entre bombas e pedras, até que conseguiu fugir e retomar a antiga posição para socorro, no meio da Antônio Carlos. Foi quando encontrou meu irmão. Logo depois, receberam um chamado, avisando que outro rapaz havia caído. A situação clínica desse paciente era muito pior do que a do anterior. Não interessa escandalizar ou ofender com detalhes médico-cirúrgicos. Relato somente que o quadro que os dois descrevem é gravíssimo. A vítima não reagia, estava em coma, mas respirava e o coração batia. Meu irmão, sabendo da primeira experiência, correu para os policiais, desta vez um outro cordão formado na Antônio Carlos, levantando as mãos, agitando uma camisa branca e gritando que havia um ferido morrendo. Os policiais, vários, apontaram-lhe armas e gritaram para que ele fosse embora. Quando ele tentou avançar um pouco mais, os tiros começaram e ele correu em direção de minha mulher para ajudá-la.
Ali, ao lado da vítima, perceberam que a polícia atirava neles. Relatam que já não havia ninguém próximo. Somente a vítima, ele e minha mulher de jaleco branco. Os tiros e as bombas de efeito moral e de gás vinham com um único endereço. O deles. Ficaram o quanto aguentaram; mais não puderam fazer. Desesperados, tiveram que abandonar o rapaz que morria e buscar refúgio.
Depois, tiveram a notícia de que um terceiro homem caíra do mesmo viaduto. A cavalaria já estava em ação e não havia como atravessar a avenida para socorrer essa terceira vítima. Quando cheguei em casa, alguns alunos relataram que socorreram um homem que caíra do viaduto (perece que foram quatro, no total). 

Quando a polícia passou, eles conseguiram chegar à vítima e ficar com ela até que o SAMU chegasse.
Algumas ideias ficam em minha cabeça. Quem já conviveu com militares sabe na maioria das vezes reconhecer um por sua forma de agir, andar, cortar o cabelo e de falar. Sem leviandade, acredito que vários dos provocadores eram militares infiltrados. Vi o homem de rosto coberto dizer ser policial e que pediria para que os policiais alinhados dessem uma trégua e nos deixassem passar. Isso aconteceu. Outra imagem simbólica foi ver a tropa de choque da Polícia Militar de Minas Gerais dentro de uma universidade federal (deveria ser um território livre e sagrado da paz, da inteligência e da cultura) fechada para os estudantes. Da universidade vinham bombas que machucavam a juventude. Já ampliando o horizonte, o Itamaraty em chamas, a bandeira de São Paulo queimando, o Congresso quebrado, um governador sitiado em sua casa. 

Há que se ler nos símbolos e nos fatos. Amplie-se mais esse horizonte. Não se vê que os métodos são os mesmos usados nas “primaveras” árabes, em Honduras, no Paraguai, no Equador, na Venezuela e que começa também a ser usado na Argentina?
Nada há de espontâneo no que está ocorrendo e não é à toa que os meios de comunicação têm promovido e estimulado a agressividade e a multiplicidade de slogans e bandeiras. Não é verdade que não haja líderes nessas manifestações. Os líderes estão nas sombras, colhendo os frutos das últimas tecnologias. São discretos. Quem sabe o que são o Instituto Millenium, o instituto Fernando Henrique Cardos, o Council on Foreign Relations, a Trilateral Commission, o Carnegie Council? Preparam o Brasil para a guerra global idealizada pelos think tanks? É essa a forma de chegar aos recursos naturais do imenso território brasileiro sem a mínima resistência de governos mais progressistas? Incomoda o acordo com a Rússia para a compra e desenvolvimento de armas?
Uma certeza: querem atacar a democracia. Em vez de atacar partido, tome partido. Você está sendo manipulado. Pelo que vi e vivi é certo que querem jogar um cadáver no colo da Presidente Dilma.
Giovano Iannotti
Professor de Medicina

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Otaviano faz 80 anos!



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Meu querido pai, Otaviano Rajão, completou no dia 1º de junho último,  80 anos de idade. E hoje quero fazer uma homenagem a ele.


Um pouco de nós pra você.


O anos passam, Otaviano Rajão. Passam mais rápido do que gostaríamos. Anos vividos, anos sentidos, anos corridos, anos curtidos, mas sempre anos felizes. Felizes sobretudo pelo amor que sempre existiu entre todos de nossa família.

Quero lhe contar um pouco de uma história onde você era também protagonista..

Lembro-me quando tinha mais ou menos 5 anos, fiz minha primeira viagem  a Belo Horizonte e de caminhão com você. Éramos apenas nós dois. Uma viagem lenta e difícil, pela estrada de terra que unia Conceição do Mato Dentro à capital. Era cheia de curvas e poeira. Íamos lentamente, quilômetro a quilômetro, por mais de dois dias,.

A primeira noite dormimos em uma casa à beira da estrada,  que funcionava como “pouso” para viajantes. Lá pernoitamos para seguir viagem no dia seguinte pela manhã. Logo que chegamos, famintos, você pediu comida para nós dois e nos foi servido um ovo caipira frito delicioso. Comi achando a coisa mais deliciosa do mundo! Posso lhe garantir que aquele foi o melhor ovo frito de toda minha vida!

Também não me esqueço da sensação que tive quando chegamos em Belo Horizonte, A capital era uma cidade enorme e cheia de carros que andavam velozmente. Anda posso ouvir o barulho deles zunindo em meus ouvidos provocado pela alta velocidade com que cruzavam o caminhão dirigido por você.

Você guiava sua máquina de forma tranquila e cuidadosa. Parecia que realmente gostava de pilotar o seu velho Mercedes.

E foi por conta desse trabalho de caminhoneiro, que você passou alguns anos distante de sua família, com seu caminhão operando na construção de estradas mundo afora. Você estava quase sempre ausente e lembro-me vagamente de quando retornava para nos ver por um breve período de tempo e logo depois você sumia por vários dias seguidos.

Em um de seus retornos, recordo-me que fiquei muito tensa. É que estava namorando pela primeira vez e com medo da bronca que você poderia me dar, escondi-me dentro da loja do vô Rajão e fiquei lá quietinha, com medo de encarar você!.

Minha mãe era  uma guerreira ( e ainda é). Sozinha, cuidava de seus três primeiros filhos:  Simone, Ricardo.e eu.  Ela ainda estudava e trabalhava “costurando pra fora”. A vida não era nada fácil!

Mas a vida também era muito divertida!

Lembro-me daquele dia em que você nos acordou às 5 horas da manhã para ir nadar na recém descoberta Água Quente, em Conceição, cuja água era na realidade gelada e tínhamos de achar que ela era mesmo quente! Íamos todos no seu jeep sem capota tomar banho de cachoeira às 5 horas da matina! Uma farra inesquecível!

Depois vieram os outros filhos, meus amados irmãos Robson, Samuel, Saulo e a rapa do tacho Ana Carolina,  Ai nossa família ficou completa e ainda mais feliz!

Os anos passam, Ziano. E como passam!

Aos 19 anos deixei sua casa, para estudar em Belo Horizonte e realizar meu sonho de ser jornalista.

Desde então, nunca mais vivemos juntos .Mas nunca deixamos de estar presentes um na vida do outro e de continuar nos amando e respeitando mesmo quando não concordávamos um com o outro.

Os anos passam, papai! E passam rápido demais!

Não posso esquecer-me do seu orgulho quando entrou comigo na igreja no dia do meu casamento. Era o mesmo orgulho que você manifestava quando me exibia para seus amigos logo que nasci ( minha mãe que contou). Era sua primogênita e tenho orgulho também de ter sido aquela que transformou você em pai.

Os anos passam, vovô Eca! E deixam saudades!

Seus netos nasceram e tiveram o privilégio de ter uma infância de convívio diário com vocês no interior. Eles despertaram para a vida perto de vocês que são exemplo e referência de amor e união para todos nós!

Os anos passam, pápi! E passam para nunca mais voltar !

Mas eles passam e deixam pegadas de alegria e luta, de desafios e construção, de encontros e desencontros, e principalmente. de amor.

E se existe amor, a vida vale a pena!

Parabéns, Otaviano! Que você continue sua trajetória por muitos e muitos anos, sendo feliz e tendo muita saúde a cada dia, perto de sua família e de sua Célia!








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