quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Serra do Cipó- Cenários inesquecíveis 2





A estrada que liga a capital mineira a Conceição do Mato Dentro, município do interior de Minas Gerais,  localizado a 165 quilômetros de Belo  Horizonte, é repleta de belos cenários que eu amo fotografar. Todas as vezes que passo por lá, não resisto em clicar toda a viagem.

A estrada corta o parque Nacional da Serra do Cipó,  santuário ecológico de grande diversidade ambiental e cênica,  onde, a cada curva,  nos deparamos com um visual que vale a pena ser admirado e fotografado.

No final de julho, encerrei as minhas férias  em Conceição do Mato Dentro e fiz  registros da viagem ao longo de toda a estrada,  que nunca me canso de apreciar e fotografar.

Veja as fotos:






















Sabia mais sobre a Serra do Cipó


A Serra do Cipó se localiza 90 quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, logo depois da cidade de Lagoa Santa, na região sul da Cordilheira do Espinhaço, entre os paralelos 19 e 20ºS e 43 e 44ºW, no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce, sendo também divisora dos biomas cerrado e mata Atlântica, os dois mais ameaçados do país.


O acesso de automóvel é feito através da rodovia MG-10 em pouco mais de uma hora, sendo que a partir do terminal rodoviário de Belo Horizonte todos os dias há vários horários de ônibus. Para quem chega por via aérea também é fácil, em razão da proximidade do Aeroporto Internacional de Confins distante apenas cinqüenta quilômetros.


Com altitudes que variam de 800 a 1.700 metros, pluviometria anual média de 1.300 mm e cerca de 300 dias de sol por ano, foi no período pré-cambriano – há cerca de 1,7 bilhão de anos – ocupada pelo oceano, conforme se verifica por suas características geológicas, com a predominância do quartzito formado pela consolidação das areias depositadas no fundo do antigo mar.


A sua importância histórica também se reflete na existência de sítios arqueológicos com vestígios de comunidades primitivas, como se comprova em grutas e cavernas através de desenhos e pinturas rupestres, com idade estimada entre 2 mil e 8 mil anos.


Trata-se de região bastante rica em cursos d’água, destacando-se o rio Cipó, afluente do rio das Velhas, pertencente à bacia do rio São Francisco. O rio Cipó, que é o mais importante curso d’água da região, nasce a partir do encontro dos ribeirões Mascate e Gavião, sendo que o Mascate desce do cânion das Bandeirinhas enquanto o Gavião a serra da Bocaina, ambos no interior do Parque Nacional.

Ao mesmo tempo, reúne um conjunto de condições geológicas, climáticas e bióticas peculiares, que possibilitam a ocorrência de campos rupestres com maior diversidade do país. Além do mais, essa posição de intermédio, associada a características individuais especiais, atualmente transformou-se em tema recorrente quando se trata da caracterização ambiental da Serra do Cipó, resultando em importantes reflexos sobre a economia e a história.

Para muitas pessoas a Serra do Cipó é um local místico, uma terra de cristais e discos voadores, mas não há dúvida, em geral é a beleza e pureza das águas que atraem o maior número de visitantes. Em decorrência do relevo acidentado observa-se a freqüente formação de cachoeiras, corredeiras e piscinas naturais, que mantêm o seu volume de água constante durante quase todo o ano devido ao aspecto areno-rochoso do solo. Típicos também da região são os cânions, gargantas sinuosas e profundas que abrigam cachoeiras e poções em seu interior.

A presença de grande número de riachos e nascentes, ainda pouco afetados por atividades humanas, abre a possibilidade de se utilizar as águas da Serra do Cipó como padrão de referência para ambientes aquáticos de ótima qualidade, equilibrados e com elevada diversidade biológica.








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