quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu consegui!




Depois de 22 anos sem montar em uma bicicleta, no último domingo não resisti ao convite do meu marido para dar uma pedalada. Ele, que é um ciclista "de carteirinha", apaixonado por essa modalidade esportiva, e que inclusive usa a bicicleta para ir trabalhar diariamente, participar de trilhas e passeios urbanos noturnos, convidou-me para conhecer a nova ciclovia da Savassi, recém inaugurada. Mesmo sem sentir-me segura para aceitar o convite, não resisti e fui me aventurar.

Levamos a bicicleta no carro até o bairro São Pedro, onde encontraríamos a minha cunhada, que aderiu ao ciclismo recentemente, para então seguirmos juntos para a ciclovia. Porém, quando montei na bike, achei sinceramente que não iria conseguir o meu intento de conhecer e percorrer o novo circuito."Aos trancos e barrancos", fui tentando me equilibrar sobre a bicicleta. Confesso que não foi fácil, fiquei nervosa, ameaçei cair algumas vezes,  mas depois de alguma persistência,  e contando com a grande paciência dos meus companheiros de missão, consegui ter uma certa habilidade e fazer as manobras com mais segurança! Aos poucos fui me ajeitando sobre a  bike e pensando que  venceria aquele desafio...Disse para mim mesma: -Tenho que conseguir, afinal, todo mundo anda de bicicleta, por que não eu?

Ao sentir que havia conquistado uma maior intimidade com a bicicleta e que estava  mais segura, disse: -Vamos nessa, galera! Vamos estrear a ciclovia da Savassi! E lá fomos nós, animados e felizes!

A última vez que me lembro de ter subido em uma bike foi nos Estados Unidos, logo que lá cheguei no ano de 1988. E essa lembrança não é das melhores. É que usava a bike para me locomover por todos os lados e em um dos trajetos, acabei caindo. O tombo foi sério e provocado por mim mesma, pela minha inexperiência e inocência. Vocês acreditam que coloquei uma sacola plástica, com uma calça de moleton dentro dela, no guidom da minha bicicleta ? A sacola acabou se enroscando na roda dianteira que travou e me levou ao chão, onde bati a cabeça com força e fiquei tonta na hora. Algumas pessoas me viram caída e perguntaram se queria ajuda, se seria preciso chamar o "SAMU" americano. Ainda confusa, agradeci e disse que não, que estava bem. E o pior é que eu estava grávida da minha primeira filha e nem sabia! Um verdadeiro perigo que enfrentei, mas que só fui ter consciência dele dias depois, quando confirmei que estava grávida.

Diante de tudo isso, não era para menos tremer tanto na hora de subir novamente em uma bike, não é mesmo? Afinal, os traumas existem, os medos e a insegurança também. Mas o importante é tentar vencê-los e não ter receio de ser feliz novamente.

E depois de conseguir espantar meus fantasmas e me equilibrar sobre a magrela, com muito prazer, percorri toda a nova ciclovia da Savassi, que por sinal, está maravilhosa. Gostei tanto, que já estou até olhando uma bicicleta sob medida para comprar para mim e pensando seriamente em tornar-me uma ciclista também.


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Ciclovia da Savassi é entregue à população


Com 2,8 quilômetros de extensão e 2,4 metros de largura, além de sinalização adequada, foi inaugurda no último dia, a Ciclovia da Savassi.

A rota cicloviária começa na rua Professor Moraes (lado esquerdo), a partir do cruzamento com a rua Antônio de Albuquerque, seguindo pelas avenidas Bernardo Monteiro e Carandaí e rua Piauí até a avenida do Contorno, onde se conecta com a Ciclovia Andradas, próximo ao Centro de Especialidades Médicas.

A via exclusiva para ciclistas na Savassi foi recapeada e segregada da pista de automóveis por separador. A ciclovia ainda tem mão dupla e recebeu pintura na cor vermelha nas interseções. Essa é a segunda rota entregue à comunidade este ano. A primeira, concluída no dia 2 de julho, foi da avenida Risoleta Neves, que liga a ciclovia da avenida Saramenha à Estação BHBUS São Gabriel, na região Nordeste. Outras três rotas estão previstas para 2011: Avenida Américo Vespúcio (entre avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz), Rota Leste (liga a região Leste à Rota da Savassi pela avenida dos Andradas) e Estação Barreiro. As cinco rotas cicloviárias somam R$ 1,158 milhão.

Segundo o prefeito, as ciclovias estão sendo projetadas dentro de uma lógica de integração com o transporte coletivo, como as estações de ônibus, o metrô e o futuro sistema de transporte rápido por ônibus (BRT). “Nós pensamos que além do lazer, a bicicleta pode ser realmente um meio de transporte para o trabalho e para a escola”, destacou ao pontuar que a cidade não pode privilegiar apenas o transporte individual por automóvel. “Nós também temos que dar espaço para as pessoas andarem a pé, de bicicleta e para o transporte de massa”.

Quem opta pela bicicleta em Belo Horizonte ainda conta com mais 22 quilômetros de pistas exclusivas localizadas nas avenidas Tereza Cristina, dos Andradas, Saramenha, Deputado Álvaro Camargo, Vilarinho e na Orla da Lagoa da Pampulha. Também são oferecidos à população ciclista paraciclos e bicicletários, instalados na Savassi (rua Pernambuco), na Pampulha (em frente ao Parque Guanabara), na Região Hospitalar (próximo ao Restaurante Popular) e nas estações BHBUS.


Diálogo com a comunidade


Para a implantação da Ciclovia Savassi, foi realizada reunião com a comunidade no dia 12 de abril, no Colégio Sagrado Coração de Jesus, para apresentação do projeto e dos impactos da obra nas vias. Compareceram representantes da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH), comerciantes, moradores e associações de ciclistas. A BHTrans distribuiu folhetos informativos na região.


Pedala BH


O incentivo ao uso da bicicleta é o objetivo do programa Pedala BH. Para isso, a iniciativa propõe ações que abrangem desde a definição e implantação de rotas cicloviárias e estacionamentos para bicicletas, até campanhas de educação e de segurança no trânsito. Como veículo de transporte, os usuários poderão, por exemplo, utilizar a bike em seu primeiro deslocamento até uma estação de integração, onde poderão deixá-la com segurança em um bicicletário, utilizando, em seguida, o ônibus ou o metrô para completar a sua viagem.


A rede cicloviária planejada para a capital mineira é de aproximadamente 382 quilômetros. Para maior comodidade dos ciclistas, serão instalados paraciclos e bicicletários para o estacionamento das bikes em vários locais da cidade. Entre os benefícios desse meio de transporte, além de promover a melhoria da saúde, estão a contribuição para desafogar o trânsito, não polui, tem baixo custo de aquisição e de manutenção, é silencioso e flexível em seus deslocamentos.











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