sábado, 12 de fevereiro de 2011

Álcool mata mais



Queria dedicar a matéria de hoje às pessoas que convivem diretamente com outras que são portadoras da doença do Alcoolismo.

Muitas pessoas não sabem que o alcoolismo é uma doença incurável, progressiva e fatal, mas que pode ser totalmente controlada desde que a pessoa queira parar de beber. A única forma de ficar livre do alcoolismo é através da abstinência por todo o sempre.

Muitas pessoas acham que os alcóolicos bebem descontroladamente porque são fracos ou irresponsáveis, mas poucos sabem que eles bebem porque são doentes. Daí a importância de termos um outro olhar sobre o problema.

No meu programa Revista da Tarde, que apresento de segunda a sexta, na rádio Inconfidência AM 880 , de 14 às 16 horas, eu entrevisto alcoólicos anônimos que chegaram a estágios avançados da doença e que hoje não bebem. A entrevista  é sempre às quartas, às 14horas . Durante a conversa, os integrantes da Irmandade Alcóolicos Anônimos-AA contam suas histórias, falam sobre o alcoolismo na vida deles e explicam como conseguem ficar sem o álcool  e o que isso representa para eles.

Queria dizer que sou uma admiradora do AA pelo trabalho solidário que é realizado pelos membros. Cada um aprende a se fortalecer para enfrentar a doença e  ajudam seu semelhante  a se fortalecer também e conseguir vencer a doença e renascer. O mais bacana é que no AA um estende a mão ao outro que é um desconhecido, sem nome e sem documento. mas semelhante na doença  Juntos eles formam uma grande corrente de resistência e força .e assim conseguem superar a compulsão pelo álcool e redescobrir a vida.

E por falar neste assunto, foi publicada  uma reportagem sobre o álcool que acho todos devem ler e refletir sobre o assunto:





Álcool mata mais que Aids, tuberculose e violência, diz 
OMS

DA REUTERS

O álcool causa quase 4% das mortes no mundo todo, mais do que a Aids, a tuberculose e a violência, alertou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nessa sexta-feira.

O aumento da renda tem provocado o consumo excessivo em países populosos da África e da Ásia, incluindo Índia e África do Sul. Além disso, beber em excesso é um problema em muitos países desenvolvidos, informou a agência das Nações Unidas.

No entanto, as políticas de controle do álcool são fracas e ainda não são prioridade para a maioria dos governos, apesar do impacto que o hábito causa na sociedade: acidentes de carro, violência, doenças, abandono de crianças e ausência no trabalho, de acordo com o relatório.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas ao álcool, disse a OMS em seu "Relatório Global da Situação sobre Álcool e Saúde".

"O uso prejudicial do álcool é especialmente fatal em grupos etários mais jovens e beber é o principal fator de risco de morte no mundo entre homens de 15 a 59 anos", afirma o relatório.

Na Rússia e na CEI (Comunidade dos Estados Independentes), uma em cada cinco mortes ocorre devido ao consumo prejudicial, a taxa mais elevada do planeta.

A bebedeira, que muitas vezes leva a um comportamentos de risco, agora é prevalente no Brasil, Cazaquistão, México, Rússia, África do Sul e na Ucrânia, e está aumentando entre outras populações, segundo a OMS.

"Mundialmente, cerca de 11% dos consumidores de álcool bebem bastante em ocasiões semanais; os homens superam as mulheres em quatro a cada uma. Eles praticam constantemente um consumo de risco em níveis muito mais elevados do que as mulheres em todas as regiões", disse o relatório.

Em maio passado, ministros da Saúde dos 193 países-membros da OMS concordaram em tentar conter o consumo excessivo de álcool e de outras formas crescentes do uso excessivo por meio de altos impostos sobre bebidas alcoólicas e restrições mais rígidas de comercialização.
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Saiba mais sobre o alcoolismo:



O que é o Alcoolismo?

     Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
     Fatores Genéticos
     Sem desprezar a importância do ambiente no alcoolismo, há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a doença.
     O alcoolismo tende a ocorrer com mais freqüência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (univitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.
     Estudos mostram que adolescentes abstêmios, filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não abusam da droga.
     Muitos desses filhos de alcoólicos se recusam a beber para não seguir o exemplo de casa. Quando acompanhados por vários anos, porém, esses adolescentes apresentam maior probabilidade de abandonar a abstinência e tornarem-se dependentes.s
     Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de abandonar a bebida do que alcoólicos que não têm história familiar de abuso da droga.
     Aspectos Gerais do Alcoolismo
     A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada pela negação dos pacientes quanto a sua condição de alcoólatras. Além disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos. É mais difícil de se reverter o processo.
     Como a maioria dos diagnósticos mentais, o alcoolismo possui um forte estigma social, e os usuários tendem a evitar esse estigma. Esta defesa natural para a preservação da auto-estima acaba trazendo atrasos na intervenção terapêutica. Para se iniciar um tratamento para o alcoolismo é necessário que o paciente preserve em níveis elevados sua auto-estima sem, contudo, negar sua condição de alcoólatra, fato muito difícil de se conseguir na prática. O profissional deve estar atento a qualquer modificação do comportamento dos pacientes no seguinte sentido: falta de diálogo com o cônjuge, freqüentes explosões temperamentais com manifestação de raiva, atitudes hostis, perda do interesse na relação conjugal.
     O Álcool pode ser procurado tanto para ficar sexualmente desinibido como para evitar a vida sexual. No trabalho os colegas podem notar um comportamento mais irritável do que o habitual, atrasos e mesmo faltas. Acidentes de carro passam a acontecer. Quando essas situações acontecem é sinal de que o indivíduo já perdeu o controle da bebida: pode estar travando uma luta solitária para diminuir o consumo do álcool, mas geralmente as iniciativas pessoais resultam em fracassos. As manifestações corporais costumam começar por vômitos pela manhã, dores abdominais, diarréia, gastrites, aumento do tamanho do fígado. Pequenos acidentes que provocam contusões, e outros tipos de ferimentos se tornam mais freqüentes, bem como esquecimentos mais intensos do que os lapsos que ocorrem naturalmente com qualquer um, envolvendo obrigações e deveres sociais e trabalhistas.
     A susceptibilidade a infecções aumenta e dependendo da predisposição de cada um, podem surgir crises convulsivas. Nos casos de dúvidas quanto ao diagnóstico, deve-se sempre avaliar incidências familiares de alcoolismo porque se sabe que a carga genética predispõe ao alcoolismo. É muito mais comum do que se imagina a coexistência de alcoolismo com outros problemas psiquiátricos prévios ou mesmo precipitante. Os transtornos de ansiedade, depressão e insônia podem levar ao alcoolismo. Tratando-se a base do problema muitas vezes se resolve o alcoolismo. Já os transtornos de personalidade tornam o tratamento mais difícil e prejudicam a obtenção de sucesso.
drauziovarella.com.br / psicosite.com.br


Para saber mais sobre o AA ligue: 32247744.
Você também pode procurar o AA pessoalmente para obter mais informações: Av  dos Andradas, nº 302 - Sala 521 

Um comentário:

Ademir Luiz Carvalho disse...

Tambem sou um AA,e gostaria de parabenizar pelo programa e pelo apoio a nossa irmandade a quem devo a vida. obrigado