segunda-feira, 23 de março de 2015

Atores, cineastas e músicos estão na lista do “suiçalão” do HSBC

Entre os 8.667 brasileiros que integravam a lista de correntistas secretos do HSBC da Suíça, em 2006/2007, há pelo menos 16 nomes da cultura nacional. Atores, atrizes, cineastas, músicos, escritores, publicitários e apresentadores de TV estão nas planilhas vazadas por um ex-funcionário do banco, informa o jornal O Globo.Um levantamento nas leis de fomento revela que muitos deles costumam receber verbas públicas para desenvolver suas atividades. Não se pode, porém, conectar o dinheiro captado aos recursos bancários na Suíça. Todas as personalidades citadas negam ter as contas. Pelas leis brasileiras, só comete crime quem não declara à Receita Federal e ao Banco Central possuir conta no exterior. Nomes da cultura nacional, ligados a música, TV, cinema e literatura, estão na lista dos 8.667 brasileiros que tinham contas numeradas - cujos donos são identificados apenas por um código - no HSBC da Suíça entre 2006 e 2007, segundo levantamento feito pelo Globo 

Há casos de personalidades que, nos últimos anos, por meio de leis de fomento à cultura, como a Lei Rouanet e o Fundo Nacional de Cultura, receberam recursos públicos para desenvolver atividades artísticas. Não é possível, porém, fazer conexão entre o dinheiro captado e os recursos que circularam nas contas bancárias na Suíça.
 Quatro membros da família de Jorge Amado constam dos arquivos extraídos da filial do banco em Genebra pelo ex-técnico de informática Hervé Falciani. Além do escritor, que morreu em 2001, aparecem na lista sua mulher Zélia Gattai, falecida em 2008, e os dois filhos: a editora gráfica Paloma e o escritor João Jorge. Segundo o HSBC, a conta da família na Suíça foi aberta seis meses antes da morte de Jorge e, em 2006/2007, estava zerada.

O cineasta Andrew Waddington, mais conhecido como Andrucha, também é listado como dono de uma conta numerada no banco suíço. Sócio da produtora Conspiração Filmes, ele aparece nos registros dividindo uma conta com seu irmão Ricardo Waddington, que hoje é diretor da TV Globo. Em 2006 e 2007, a conta dos dois não tinha saldo.

O também cineasta Hector Babenco surge com um registro de correntista aberto em abril de 1988 e fechado em junho de 1992.

Os atores Claudia Raia e Edson Celulari, que se separaram em 2010, são identificados como donos de uma conta conjunta que, em 2006/2007, guardava um total de US$ 135,7 mil.

LEI ROUANET E FUNDO NACIONAL DE CULTURA

O nome do ator Francisco Cuoco também aparece na lista do SwissLeaks. E ainda há mais duas atrizes nos arquivos do HSBC: Maitê Proença e Marília Pêra. A primeira consta como tendo aberto uma conta em Genebra em abril de 1990. Em 2006/2007, Maitê tinha US$ 585,2 mil em seu nome. Marília, por sua vez, aparece com um registro de abertura de conta em fevereiro de 1999. Em 2006/2007, ela dispunha de US$ 834 mil.

O apresentador Jô Soares é relacionado a quatro contas numeradas, abertas entre abril de 1988 e janeiro de 2003. Em 2006/2007, todas elas estavam zeradas. Nos documentos do banco, Jô surge associado a duas pessoas jurídicas: a Lequatre Foundation, de Liechtenstein, e a Orindale Trading, das Ilhas Virgens Britânicas. Os dois países são considerados paraísos fiscais.

Também constam na lista de brasileiros o músico Tom Jobim, que morreu em 1994. Ele dividiu uma conta com a mulher, Ana Lontra Jobim, que, por sua vez, ainda aparece como dona de outras duas contas. O publicitário Roberto Medina surge nos registros como correntista entre os anos 1990 e 2000. Em 2006/2007, a conta dele estava zerada.

Na lista, constam ainda nomes de celebridades cujas contas bancárias são de período anterior à sua condição de pessoa pública.

Com exceção de Jô Soares e Ricardo Waddington, os artistas e intelectuais listados nas planilhas do HSBC de Genebra desenvolveram ou participaram de trabalhos financiados, em parte, por dinheiro de fomento à cultura.

Claudia Raia, por meio da Raia Produções, captou, de 2009 a 2015, R$ 7,4 milhões via Lei Rouanet para os musicais "Pernas pro ar", "Charlie Chaplin" e "Raia 30 Anos". Edson Celulari, por meio da Cinelari Produções Artísticas, captou, de 1997 a 2012, R$ 2,6 milhões para as peças "D. Quixote de lugar nenhum", "Fim do jogo", "Nem um dia se passa sem notícias suas" e "Dom Juan".

A Conspiração Filmes, de Andrucha, captou R$ 13,4 milhões, conforme dados do Ministério da Cultura (MinC). O dinheiro foi liberado para projetos como "Taça do Mundo é Nossa Casseta & Planeta O Filme", "Matador" e "Eu Tu Eles".

Marília Pêra, através da Peramel Produções Artísticas, captou R$ 100 mil via Lei Rouanet para montar e divulgar a peça "A filha da...", que estreou em 2002 com a própria Marília em cena.

A HB Filmes, de Hector Babenco, captou R$ 16,2 milhões para trabalhos como o filme "Carandiru" e a peça de teatro "Hell".

Ainda segundo dados do MinC, a empresa Rock World, de Roberto Medina, captou R$ 13,6 milhões para o Rock in Rio 2013 e 2015.

A empresa M. Proença Produções Artísticas, de Maitê, captou R$ 966,9 mil via Lei Rouanet para as peças "Achadas e perdidas", "Isabel" e "À beira do abismo me cresceram asas".

O ator Francisco Cuoco já atuou em peça patrocinada em 2009 pela estatal Eletrobras ("Deus é química"). Em 2011, estrelou "Três homens baixos", com apoio da Lei Rouanet.

A Fundação Casa de Jorge Amado, que funciona em Salvador, conta com apoio do MinC. Segundo a assessoria da pasta, entre 2009 e 2012, recebeu do Fundo Nacional de Cultura R$ 477 mil e captou pela Lei Rouanet R$ 1,2 milhão.

Na mesma lei, a Fundação Tom Jobim captou R$ 1,7 milhão. O dinheiro foi usado em eventos como a exposição "Tom Jobim, música e natureza".

VALORES NO EXTERIOR PRECISAM SER DECLARADOS

De acordo com a legislação brasileira, enviar e manter dinheiro no exterior não é necessariamente um crime. Isso só acontece quando o contribuinte não declara à Receita Federal e ao Banco Central que mantém valores fora do país.

Nesse caso, o cidadão pode ser processado por evasão de divisas e por sonegação fiscal. Se tiver cometido outro crime anteriormente, também pode acabar respondendo por lavagem de dinheiro.

Por suspeitar da origem dos recursos depositados pelos correntistas do HSBC na Suíça, a Receita, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Polícia Federal já investigam o caso.

A suspeita se deve, sobretudo, ao fato de as contas de Genebra serem numeradas, e os clientes, identificados apenas por um código alfanumérico.

Desde 8 de fevereiro, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), composto por 185 jornalistas de mais de 65 países, publica reportagens com base nas planilhas que foram vazadas em 2008 pelo ex-funcionário do banco Hervé Falciani. As informações são do Globo.

Fonte.Blog Amigos do Presidente Lula
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2015/03/atores-cineastas-e-musicos-na-lista-de.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/Eemp+(Os+Amigos+do+Presidente+Lula)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Cid gomes, o homem que escancarou a verdade.



As máscaras do Congresso foram tiradas hoje pelo então Ministro da Educação, Cid Gomes. Ele escancarou uma verdade, que ninguém tinha coragem de dizer, ao chamar os deputados de achacadores. Com sua palavras, ele trouxe o Congresso para o centro da crise. Até então, os parlamentares não apareciam e não assumiam sua parcela de responsabilidade pelos problemas que enfrentamos hoje no brasil

Cid Gomes sai do MEC e entra hoje para a história, como o homem que peitou o Congresso de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ao dizer uma verdade que estava entalada, e que ninguém podia falar.




Cid Gomes diz que pediu demissão para não constranger base aliada


18/03/2015 18h59
Brasília
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço


O agora ex-ministro da Educação Cid Gomes disse que pediu demissão em “caráter irrevogável” à presidenta Dilma Rousseff porque não queria criar constrangimento à base aliada do governo.


"A minha declaração, e mais do que ela, a forma como eu coloquei minha posição na Câmara, cria dificuldades para a base do governo. Portanto, não quis criar nenhum constrangimento. Pedi demissão em caráter irrevogável, agradecendo a ela [Dilma]", afirmou em entrevista.







Gomes confirmou declaração sobre a existência de "achacadores" na Câmara Fabio Pozzebom/ABr


Cid apresentou ao pedido da demissão à Dilma em uma rápida reunião do Palácio do Planalto. Ele encontrou a presidenta após sair da Câmara dos Deputados, onde esteve hoje para responder a questionamentos sobre declaração feita por ele de que há, no Congresso Nacional, “400 ou 300 achacadores”.

Cid disse que a declaração é uma opinião pessoal e que a mantém. “A situação em que eu me encontrei, sendo convocado pela Câmara para questionar a especulação que eu tinha feito em reservado, eu não podia agir diferente, senão confirmar aquilo que disse, que penso pessoalmente", declarou, ao sair do palácio.

O ex-ministro disse que estava entusiasmado com o trabalho no Ministério da Educação e que chegou a visitar seis estados em pouco mais de dois meses à frente da pasta. “Estou feliz, eu lamento pela educação no Brasil, porque tem muito o que fazer, estava entusiasmado. Para mim, cargo é ferramenta, é oportunidade de servir as pessoas. Enfim, a conjuntura política impede a minha presença no governo.”

Cid Gomes defendeu a presidenta Dilma e disse que ela tem condições de superar a crise pela qual passa o país. “A meu juízo, ela tem as qualidades que são necessárias. Tem muito discurso de oposição, tem muita gente que fala em corrupção. Isso parece ser uma coisa intrínseca ao governo, mas o que a Dilma está fazendo é exatamente limpar o governo de corrupção que aconteceu no passado. Isso é que ela está fazendo, é por isso que a gente vive uma crise hoje."

"Quem demitiu esse Paulo Roberto, esse Renato Duque [ex-diretores da Petrobras, investigados de participarem de esquema de desvios de recursos na estatal] foi ela [Dilma]. Então, essa crise que exponencializa a corrupção é uma crise anterior a ela. Ao contrário, como é séria, ela está limpando, e não está permitindo isso. É isso que fragiliza a sua relação com boa parte dos partidos que querem isso”, acrescentou.

Segundo o ex-ministro, o Congresso é fundamental para a democracia, mas se transformou em um “antipoder” por causa da atual composição.

Matéria ampliada às 19h55

terça-feira, 17 de março de 2015

Amostra Grátis



Foi assustador ver na manifestação do dia último dia 15, alguns grupos e seus cartazes pedindo a intervenção militar no Brasil, ou seja, pregando a volta da ditadura e golpes contra nossa democracia. Por conta disso:


Dedico esta charge do Hector


aos que viveram e sabem bem como era a época da ditadura, aos que não viveram e espero que jamais vivam!

A nossa maior riqueza hoje não são as coisas materiais e sim, a nossa liberdade, conquistada com muito sangue, lágrimas, sofrimento, morte e dor.

Liberdade não tem preço, não se compra, não se vende. Liberdade é uma conquista de poucos que lutaram por muitos e nem sempre são reconhecidos por isso e algumas vezes até mesmo atacados por eles..

A esses, que desconhecem a história e também não se interessam em conhecer, eu dedico essa sensacional charge do Hector , para que sintam um pouco a essência dos anos de chumbo.

E é com convicção que afirmo: Não vamos permitir que nos tirem a democracia, a liberdade de expressão, nosso direito de ir e vir sem ter que dar satisfação a ninguém, a não ser a nós mesmos.

Isso não tem preço!

Não existe petróleo, dólar, bolsa de valores, mansões, carrões que sejam mais importantes que a nossa liberdade.

Nós não vamos permitir o retrocesso! Lutaremos até o fim pela nossa democracia e o respeito à decisão das urnas.