sexta-feira, 18 de maio de 2012

Renato e seus Blue Caps fazem show em BH e o músico e cantor Cid Chaves participa do Revista da Tarde.


Hoje recebi no meu programa Revista da Tarde o cantor Cid Chaves, da banda Renato e seus Blue Caps.

Eles realizam nesta sexta-feira, em BH, um show no Chevrolet Hall.

O cantor Cid Chaves, vocalista da banda, esteve na rádio Inconfidência AM 880, onde participou do quadro Revista Musical, às 15:30hs, no Revista da Tarde, que vai ao ar de segunda a sexta, de 14 às 16 horas. 

Para ouvir a entrevista, clique aqui:

Conversamos um pouco sobre a história da banda, sobre o show de hoje e também tiramos algumas fotos que posto aqui para vocês.

 Cid Chaves e Paulo César Furtado, o PC, operador de áudio do meu programa Revista da Tarde

 Cid Chaves e eu

Cid Chaves e o presidente da Rádio Inconfidência, o jornalista Valério Fabris.




Para conhecer mais sobre a banda Renato e seus Blue Caps , a mais antiga do Brasil e também do mundo, que ainda se encontra em atividade, conheça um pouco da história deles, através do texto abaixo divulgado no site da banda.

Juliano Santoz/Divulgação

O "embrião" do conjunto Renato e Seus Blue Caps são os três irmãos da família Barros: Renato, Paulo Cezar e Edson (Ed Wilson). No final dos anos 50, influenciados pelo gosto musical da família, e pelo Rock'n Roll de Elvis, Little Richard e Bill Halley, os rapazes começaram a imaginar que poderiam participar de programas de rádio, fazendo mímica das músicas de sucesso, algo que era bastante comum naquela época. Após uma apresentação desastrosa na rádio Mayrink Veiga, no programa "Hoje é dia de Rock", de Jair de Taumartugo, passaram a se dedicar à música ao vivo.


Passavam horas trancados, aperfeiçoando a técnica em seus instrumentos. Paulo Cezar, por exemplo, começou tocando piano com dois dedos, e posteriormente, percebeu que seu negócio era o contra-baixo.
Até aí não havia sido formado um conjunto, e haviam adotado o nome de "Bacaninhas do Rock da Piedade", numa alusão ao bairro em que foram criados, no Rio de Janeiro. Logo se juntaram aos irmãos Barros os amigos Euclides (guitarrista) Gélson(baterista) e o saxofonista Roberto Simonal (irmão do cantor Wilson Simonal).


Já com o nome de Renato e Seus Blue Caps, inspirado em Gene Vincent, o grupo se apresentou no mesmo programa, tocando e cantando "Be-bop-a-lula", e obteve o primeiro lugar da semana, e posteriormente, o prêmio de melhor do mês. Ainda em 1960, gravaram o primeiro disco de 78 rotações, pela gravadora Ciclone, em que acompanhavam o grupo vocal "Os Adolescentes". No ano seguinte, gravaram com Tony Billy, pela mesma etiqueta. Nesse período, Gelson deixa o conjunto e Claudio entra para ser o baterista do grupo. Após uma participação no programa do Chacrinha, na TV Tupi, foram contratados pela Copacabana, onde lançaram dois 78 rotações e dois LPs, em 1962 (Twist) e 1963, sendo que o estreante Toni foi o baterista neste segundo LP.

Em 62, Ed Wilson parte para a carreira solo, e Erasmo Carlos, então secretário de Carlos Imperial, assume o posto de crooner do conjunto. Foi em 1963 que Renato e Seus Blue Caps teve o primeiro vínculo com a CBS. O grupo acompanhou Roberto Carlos nas gravações de Splish Splash e Parei na contra-mão.

Em 64, graças à insistência de Roberto Carlos e Rossini Pinto, o grupo é contratado pela CBS, lançando um compacto duplo. A banda, a essa altura, tinha Renato (guitarra solo), Paulo Cezar (baixo), Cláudio (que voltara ao conjunto nas gravações desse compacto), Cid (sax) e Carlinhos, primo de Renato (guitarra base). Após esse compacto, Toni retorna mais uma vez ao posto de baterista, e o conjunto fica, então, com a formação que faria grande sucesso nos anos seguintes.

A essa altura, Renato e Seus Blue Caps já era bastante conhecido no Rio de Janeiro, devido às frequentes aparições em programas de TV e apresentações em rádio. No começo de 1965, a gravadora CBS resolve, finalmente, lançar mais um LP do conjunto. Durante as gravações, em janeiro daquele ano, Renato Barros fez, sem muitas pretensões, a versão em português para a música "I should known better", dos Beatles, que recebeu o nome de "Menina Linda". Apresentada no programa de Carlos Imperial, na TV Rio, a música causou tão boa repercussão, que foi incluída no LP, que se chamaria "Viva a Juventude!". Logo a música entra nas paradas de sucesso, e projeta Renato e Seus Blue Caps em todo o país.

O ano de 1965 seria um marco para a carreira da banda. O sucesso - inesperado - aumenta cada vez mais, e próximo do final do ano, com o programa "Jovem Guarda", na Record, Renato e Seus Blue Caps conquista definitivamente seu espaço no cenário da música jovem. O LP "Isto é Renato e Seus Blue Caps" alcança excelente vendagem e dá um impulso maior à popularidade do grupo.


A banda se especializa em versões das músicas dos Beatles e de outros artistas internacionais, mas desenvolve também um estilo próprio de interpretação e composição. Muitas das versões de Renato faziam mais sucesso aqui no Brasil do que as originais em inglês. Surgem também as excursões para o exterior, e a banda atinge o ápice de sua popularidade no final de 66, com o lançamento do LP "Um embalo com Renato e Seus Blue Caps", o disco de maior sucesso e vendagem na carreira do conjunto.
O grupo também seria o responsável pelo acompanhamento de grandes nomes da Jovem Guarda, emprestando sua sonoridade a diversos lançamentos fonográficos. O excelente LP "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" é apenas um exemplo.

Entre 1965 e 1969, foram lançados 6 LPs, todos atingindo altos índices de vendagem e execução nas rádios. Em 68, o tecladista Mauro Motta passa a integrar a banda. No ano seguinte, o grupo passa por algumas alterações. Paulo Cezar grava um compacto simples, tentando se firmar em carreira solo. Em seu lugar entra Pedrinho. Carlinhos também deixa o conjunto, e Mauro Motta dá lugar a Scarambone.

Em 71, Paulo Cezar retorna ao conjunto, mas sai do grupo novamente em 73. Enquanto isso, o ano de 1972 ficou marcado pela saída de Toni, sendo substituído pelo baterista Gélson, que segue no conjunto até os dias atuais. Dois anos mais tarde, a banda passa a contar também com os vocais de Ivanílton, que mais tarde seria conhecido nacionalmente como Michael Sullivan. É possível constatar a passagem marcante de Michael Sullivan pelo grupo, ouvindo os LPs de 1974 e 1976 (10 anos de Renato...)
O grupo passa por mais modificações em sua formação já em 1977. Saem do conjunto Michael Sullivan e Scarambone. No ano seguinte, é a vez do baixista Pedrinho deixar a banda, para a volta do vocalista e também baixista Paulo Cezar Barros, que um ano antes lançara pela Emi-Odeon um bom disco com versões dos Beatles.


O ano era 1978, e além da entrada do novo tecladista, Marquinho, o conjunto lança um compacto simples com as músicas "Minha Vida" e "Nega, Neguinha". Esta última, seria um prenúncio do que viria pela frente.

A grande onda era a Disco Music, e o LP anual do grupo, em 79, foi fortemente influenciado pelo ritmo das discotecas.

O primeiro ano da década de 80 trouxe como lançamento mais um compacto simples pela CBS, e no ano seguinte, o novo LP da banda, que tinha, entre as novidades, uma faixa com a participação de Zé Ramalho.
A música, "Mr. Tambourine Man", versão para o clássico dos anos 60, foi a musica de trabalho, e teve até direito a clip exibido no Fantástico, da Rede Globo.

Depois de 28 anos na mesma gravadora, a banda se transfere, em 1982, para a RCA, lançando inicialmente um compacto simples, e no ano seguinte, o excelente LP "Pra Sempre".

Porém, após esse disco, o conjunto ficou 4 anos (1983-1987) sem gravar, até que a volta aos lançamentos fonográficos se deu na Continental, com o LP "Baton Vermelho", um sucesso de vendas e de execução, que trouxe o grupo novamente à mídia.

Em 89, porém, Paulo Cezar novamente deixaria o grupo, que teria Luiz Claudio em seu lugar, além de contratar o tecladista Darci. Luiz Claudio ficaria no grupo até 1994, quando seria substituído por Amadeu.

A volta ao disco ocorreu em 95, quando a banda participou da coletânea 30 anos da Jovem Guarda, produzida por Márcio Antonucci, dos Vips. Em 96, foi a vez do disco Renato e Seus Blue Caps - 1996, lançado pela Globo Columbia. Já em 2000, os Blue Caps participam de 3 Cds promocionais em homenagem a Roberto Carlos, e no final de 2001, o esperado disco Ao Vivo é lançado pela Warner, junto com mais 5 faixas inéditas.

Vale destacar que Renato e Seus Blue Caps jamais deixou de excursionar pelo país e realizar shows e apresentações.

Atualmente, com 42 anos de carreira ininterruptos, o conjunto está prestes a entrar para o Guiness Book, como o mais antigo do planeta em atividade.

E uma prova da importância de Renato e Seus Blue Caps nesta "Era Digital", é o constante lançamento de seus discos e coletâneas em CD, mostrando que a música de Renato e Seus Blue Caps sobreviveu ao tempo, atravessou gerações, e se mantém viva, alegre e espontânea.

Marcelo Luis - (Jornalista e criador deste site)

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