quinta-feira, 21 de abril de 2011

Estudos relacionam obesidade à qualidade da flora intestinal



Além de fatores genéticos, alimentação, atividades físicas e sono, agora o tipo de bactéria que vive no seu intestino também contribui para definir se você será obeso. Pesquisadores americanos mostraram que indivíduos magros e obesos carregam tipos diferentes de bactérias em seus intestinos

A maioria das bactérias existentes no intestino de humanos e camundongos pertence aos filos Firmicutes e Bacteriodetes. Os pesquisadores encontraram muito mais do primeiro tipo em humanos obesos do que em magros. Após passarem por uma dieta de um ano, o perfil de bactérias nas fezes dos obesos estava muito parecido com o de pessoas magras . Os camundongos obesos também apresentavam esse padrão .

Bactérias diferentes: causa ou conseqüência da obesidade?

Para confirmar a participação das bactérias na obesidade, os pesquisadores isolaram microorganismos da flora intestinal de animais magros e obesos, e transferiram esses microorganismos para outros camundongos. Aconteceu o esperado: após duas semanas, os animais que receberam bactérias isoladas dos camundongos magros engordaram 27%, enquanto que aqueles que receberam bactérias dos obesos engordaram 47%. E isso tudo comendo a mesma quantidade de ração! O leitor pode achar suave essa diferença, mas é sugerido que o excesso de meras 12kcal/dia leva ao ganho de 450 gramas ao fim de um ano.

Ainda não se compreendem os mecanismos dessa interação: se é apenas extraindo mais calorias do alimento ou se as bactérias interagem no metabolismo do hospedeiro. De qualquer forma, a identificação de mais esse fator pode servir como uma ferramenta para prever, e assim prevenir, a obesidade e suas conseqüências. O certo – e surpreendente – é que a cada 10 células em nosso corpo apenas uma é humana, ou seja, 90% das células do corpo humano são microbianas.



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