Estudo mostra que mais da metade dos acidentes de trânsito envolve jovens entre 18 e 24 anos
Estudo divulgado nessa quarta-feira (18) pela seguradora Líder, empresa que administra o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), mostra que mais da metade dos acidentados estão na faixa de 18 a 34 anos, que concentra também o maior índice de indenizações pagas por invalidez permanente. A motocicleta é apontada na pesquisa como o veículo que mais mutilou pessoas em acidentes.
A pesquisa mostrou ainda que o número de indenizações pagas às vítimas de acidentes de trânsito, em 2011, teve aumento de 45% em relação ao ano anterior. No período em que o estudo foi realizado, 366.356 pessoas receberam o benefício, totalizando R$ 2,287 bilhões de indenizações pagas.De acordo o presidente da seguradora Líder, Ricardo Xavier, o aumento no número de pagamentos das indenizações é resultado da soma de imprudências no trânsito a uma campanha de divulgação e esclarecimento para recebimento das indenizações.
Para o especialista em trânsito Rodolfo Rizzotto, existe uma omissão da sociedade quanto ao panorama apresentado pelas estatísticas, sobretudo quando se refere às motocicletas. De acordo com ele, algumas mudanças no Código de Trânsito Brasileiro contribuíram para aumento de acidentes envolvendo motociclistas.“Quando você altera a legislação de trânsito [referindo-se à lei que proibia a circulação de motos no corredores formados entre carros], como ocorreu com as motocicletas, por força do lobby, que queria que houvesse a possibilidade de vender mais motocicletas, os resultados negativos aparecem aí: são mortes no trânsito, são jovens mutilados”, alertou.
Seguro. O seguro DPVAT foi criado há 38 anos por meio de lei federal. Para ter direito ao benefício, a vítima ou herdeiro deve reunir a documentação necessária, que varia de acordo com o acidente, e levar a um ponto de atendimento. Os interessados podem obter a lista de documentos e os endereços dos pontos de atendimento no site da seguradora. As indenizações podem chegar a R$13.500, por morte ou invalidez permanente, dependendo das sequelas. Despesas médicas também são reembolsadas pelo seguro, que paga até R$ 2.700 pelos gastos das vítimas.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL.
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