Segundo pesquisa, pessoas muito tensas são mais vulneráveis a doenças como a gripe. Queda no sistema imunológico se dá por um descompasso na liberação do cortisol, hormônio responsável pelo combate às inflamações
Gláucia Chaves
Gláucia Chaves
Há muito já se sabe que o estresse provoca alterações visíveis no corpo humano, como oscilações de humor, depressão, doenças cardíacas e respiratórias. Mas como, exatamente, uma vida corrida e cheia de atribuições pode influenciar diretamente a saúde de um indivíduo? Um estudo feito pela Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, investigou o tema e descobriu que o cortisol, hormônio relacionado à resposta imunológica do organismo, pode ser a chave para entender o mecanismo. O estudo foi publicado na edição de abril do jornal especializado Proceedings of the National Academy of Sciences.
Em situações normais, o cortisol funciona como a “arma” do corpo. É ele quem auxilia o organismo a combater infecções e inflamações. Segundo cientistas, contudo, períodos prolongados de estresse fazem com que as glândulas liberem grandes quantidades desse hormônio. Sheldon Cohen, um dos principais psicólogos envolvidos no trabalho, explica que, “sem uma regulação adequada desse glicocorticoide, a duração e/ou a intensidade das respostas imunológicas aumentam”. Isso significa que o risco de exacerbações agudas, como ocorre na asma e em doenças autoimunes, também se eleva. Assim como acontece na diabetes, em que o corpo passa a ser insensível à insulina devido à liberação dela em excesso, o indivíduo com altos índices de cortisol não é mais capaz de sentir os efeitos dele.
Com o sistema imunológico baqueado, o corpo se torna alvo fácil para doenças de toda sorte. Para provar a tese, a equipe americana fez dois estudos em que expuseram voluntários ao vírus da gripe comum para observar a evolução da doença em pessoas estressadas. Uma vez que os sintomas não são causados pelo vírus em si, mas pela intensidade da resposta inflamatória desencadeada pelo corpo na tentativa de se livrar dele, a ideia foi medir e comparar essa resposta em cada um dos participantes.
Na primeira análise, 276 adultos saudáveis foram expostos ao vírus e monitorados em quarentena por cinco dias. Após entrevistas e exames, os estudiosos concluíram que, quanto mais estressados os indivíduos, menos o corpo deles apresentava respostas imunológicas. Não por acaso, esses foram os que mais ficaram doentes. A segunda etapa envolveu 79 pessoas também saudáveis. Dessa vez, o intuito foi observar a produção de citocinas proinflamatórias, responsáveis por enviar mensagens químicas que alertam o organismo quando há uma inflamação sendo formada. “Prevemos que a resistência ao cortisol estaria associada a eventos estressantes de longa data”, reforça o pesquisador. “Isso interferiu na baixa quantidade de citocinas e, consequentemente, no aumento da expressão da doença.”
Ainda que seja um problema, Armando Ribeiro Neto, psicólogo clínico e consultor em gestão do estresse ocupacional e qualidade de vida no trabalho, explica que o estresse é uma reação normal de adaptação às adversidades da vida. Saber identificar se as preocupações estão passando dos limites, entretanto, é o primeiro passo para evitar que a condição “se espalhe” e acabe desencadeando outras doenças. “Alguns autores classificam o estresse em estágios: alerta, resistência, quase exaustão e exaustão”, enumera.
Alexandre Cunha, cardiologista do laboratório Sabin, frisa que, assim como a pressão alta, o diabetes, o colesterol, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo, o estresse é um conhecido fator de risco para problemas cardiovasculares. Além de problemas imunológicos, quem tem a cabeça quente também corre mais risco de ter pressão alta e até mesmo sofrer um derrame cerebral. Isso acontece devido a interações entre os sistemas neuroquímicos, neuro-hormonais, cardiovasculares e imunológicos. “Nem sempre um problema cardíaco envolverá um agente emocional, mas o estresse pode estar na raiz de problemas como infartos, arritmias, angina e até morte súbita”, completa.
Em situações normais, o cortisol funciona como a “arma” do corpo. É ele quem auxilia o organismo a combater infecções e inflamações. Segundo cientistas, contudo, períodos prolongados de estresse fazem com que as glândulas liberem grandes quantidades desse hormônio. Sheldon Cohen, um dos principais psicólogos envolvidos no trabalho, explica que, “sem uma regulação adequada desse glicocorticoide, a duração e/ou a intensidade das respostas imunológicas aumentam”. Isso significa que o risco de exacerbações agudas, como ocorre na asma e em doenças autoimunes, também se eleva. Assim como acontece na diabetes, em que o corpo passa a ser insensível à insulina devido à liberação dela em excesso, o indivíduo com altos índices de cortisol não é mais capaz de sentir os efeitos dele.
Com o sistema imunológico baqueado, o corpo se torna alvo fácil para doenças de toda sorte. Para provar a tese, a equipe americana fez dois estudos em que expuseram voluntários ao vírus da gripe comum para observar a evolução da doença em pessoas estressadas. Uma vez que os sintomas não são causados pelo vírus em si, mas pela intensidade da resposta inflamatória desencadeada pelo corpo na tentativa de se livrar dele, a ideia foi medir e comparar essa resposta em cada um dos participantes.
Na primeira análise, 276 adultos saudáveis foram expostos ao vírus e monitorados em quarentena por cinco dias. Após entrevistas e exames, os estudiosos concluíram que, quanto mais estressados os indivíduos, menos o corpo deles apresentava respostas imunológicas. Não por acaso, esses foram os que mais ficaram doentes. A segunda etapa envolveu 79 pessoas também saudáveis. Dessa vez, o intuito foi observar a produção de citocinas proinflamatórias, responsáveis por enviar mensagens químicas que alertam o organismo quando há uma inflamação sendo formada. “Prevemos que a resistência ao cortisol estaria associada a eventos estressantes de longa data”, reforça o pesquisador. “Isso interferiu na baixa quantidade de citocinas e, consequentemente, no aumento da expressão da doença.”
Ainda que seja um problema, Armando Ribeiro Neto, psicólogo clínico e consultor em gestão do estresse ocupacional e qualidade de vida no trabalho, explica que o estresse é uma reação normal de adaptação às adversidades da vida. Saber identificar se as preocupações estão passando dos limites, entretanto, é o primeiro passo para evitar que a condição “se espalhe” e acabe desencadeando outras doenças. “Alguns autores classificam o estresse em estágios: alerta, resistência, quase exaustão e exaustão”, enumera.
Alexandre Cunha, cardiologista do laboratório Sabin, frisa que, assim como a pressão alta, o diabetes, o colesterol, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo, o estresse é um conhecido fator de risco para problemas cardiovasculares. Além de problemas imunológicos, quem tem a cabeça quente também corre mais risco de ter pressão alta e até mesmo sofrer um derrame cerebral. Isso acontece devido a interações entre os sistemas neuroquímicos, neuro-hormonais, cardiovasculares e imunológicos. “Nem sempre um problema cardíaco envolverá um agente emocional, mas o estresse pode estar na raiz de problemas como infartos, arritmias, angina e até morte súbita”, completa.
fonte:www.uai.com.br
3 comentários:
Deborah...parabéns pelo blog, muito bom ele! Gostaria de saber como faço para obter seus contatos e assim, poder enviar releases para esse seu blog?
Att,
Ricardo F.Coelho
Oi, Ricardo.
Obrigada pela visita e pelos elogios. Para entrar em contato comigo o email é dorajao@hotmail.com.
Um grande abraço,
Déborah
Um estilo de vida sedentário e do modo de vida que muitas vezes nos causar problemas de saúde, além do estresse. Isso aconteceu comigo, eu comi um monte de alimentos com alto teor de gordura e colesterol tinham. Isso me ajudou a fazer uma consulta com um especialista em endocrinologia e metabologia.
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