Há poucos dias comentava com meu marido sobre o trãnsito
Falava que talvez a solução para o nosso trânsito fosse a criação de um sistema de trem suspenso, que circulasse por toda a cidade e que resolveria o grave problema do transporte público e mobilidade na capital mineira.
Dois dias após comentar o assunto, vi no site Uai uma matéria que falava exatamente sobre dois estudantes mineiros da UEMG que foram premiados internacionalmente por terem criado um projeto de trens suspensos para Belo Horizonte. Achei uma super coincidência ter falado sobre isso e ter tido uma vaga idéia semelhante à desses jovens.
Achei muito legal o projeto que eles desenvolveram. Perfeito. E totalmente viável. Eles pensaram em tudo e estão de parabéns. Mereceram com toda força o prêmio. Senti-me orgulhosa ao saber que dois mineiros desenvolveram um projeto como esse e ficaram em quarto lugar nesse concurso internacional
Fico pensando que se um projeto desse fosse implantado, com certeza ele colocaria Belo Horizonte no centro das atenções de todo o mundo. BH seria vista como a cidade que deu o pulo do gato: venceu o caos no transporte coletivo usando uma solução que alia dinamismo, modernidade, economia, fluidez e sobretudo, respeito ao meio ambiente.
Se o projeto é viável, como mostraram os designers, por que não torná-lo uma realidade? Até quando continuaremos reféns dessas empresas de ônibus, desse sistema falido, totalmente fora de moda, que ocupa espaço, faz barulho, transporta poucas pessoas, demanda muitos gastos, polui o ambiente com canudos de fumaça, suja nossas narinas com óleo diesel e não atende às necessidades do usuário?
A única vantagem do atual sistema de tranporte público é somente o lucro que ele garante. Para os donos, é claro. Empresários que não conseguem pensar além, criar alternativas para o caos que ora se instala em nosso trãnsito e até mesmo lucrar mais. Se as empresas investissem em um projeto como esse dos jovens designers, tenho certeza de que todos sairiam ganhando: empresários, população e o nosso meio ambiente.
Leia a matéria sobre o assunto:
Designers mineiros criam solução para BH e ganham prêmio na Alemanha
Sistema de Transporte Coletivo Suspenso, desenvolvido por alunos formados na UEMG, fica em quarto lugar no prêmio IF Concept Award
Vestido com a camisa de sua seleção de futebol, o turista encontra-se atrasado em plena Praça de Liberdade. Deve estar em 30 minutos no Mineirão ou então perderá o início de partida decisiva de sua equipe pela Copa do Mundo de 2014. Ainda assim, ele espera calmamente pelo trem. Que logo chegará e, sem enfrentar agruras do tráfego, passará em suspensão pela avenida Presidente Antônio Carlos e o deixará, a tempo, às portas do estádio.
O cenário futurista, aparentemente desconexo da realidade de hoje, é, no quesito de logística do trânsito, perfeitamente aplicável. É o que assegura o júri alemão If Concept Award, que premiou em março dois estudantes formados na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) pela criação do Sistema de Transporte Coletivo Suspenso (STC). Ousado, o projeto pretende erguer sobre os canteiros centrais das principais avenidas de Belo Horizonte o fundamento de um transporte coletivo rápido, barato e movido por energia limpa. egundo um dos autores do projeto, Rafael Osmar Costa, as facilidades de adoção do sistema superam às do metrô subterrâneo. “Uma das principais vantagens financeiras é a de não necessitar de desapropriações. A estimativa é de que os custos com a implementação do projeto sejam até 1/3 do valor previsto para trens urbanos”, analisa.
O transporte suspenso utilizaria energia eletromagnética convertida a partir de energia eólica captada nas torres de sustentação e de energia solar armazenada, cujos painéis se encontrariam sobre os vagões. Apenas em casos de insuficiência de produção energética provida por esses meios considerados limpos, por não degradarem o meio-ambiente, seria então ativado o sistema de geração por energia elétrica.
Até mesmo a procedência das matérias-primas para forjar os pilares de sustentação, cabos e vagões foi ponderada. “As empresas mineiras têm toda a capacidade de fornecer o material para a criação do sistema”, avalia Costa, que informa que já existem empresários estudando a proposta e analisando a viabilidade técnica e econômica da implantação do sistema em Belo Horizonte.
Elisa Irokawa, coautora do projeto, afirma que o sistema se apoia no trinômio velocidade-conforto-economia para debelar as dificuldades de tráfego das grandes capitais, pode reeducar o cidadão a optar pelo transporte público e auxiliar o município em outro empreendimento. “O projeto foi pensado também em função da Copa do Mundo”, revela.
Segundo a designer, o período necessário para a construção de cada linha de acesso é de apenas um ano. No projeto original, é previsto um total de oito linhas, incluindo rotas como Savassi-Pampulha e Belvedere-Pampulha. Uma composição do STC é formada por três vagões, mais leves e estreitos que os tradicionais, com capacidade para até 240 passageiros e pode atingir uma velocidade de até 100 Km/h.
Gênese
Rafael Osmar Costa e Elisa Irokawa concluíram seu curso de Design de Produto na UEMG em 2009 com a proposta de criação do Sistema de Transporte Coletivo Suspenso, levando em conta dados da topografia da capital mineira e a incômoda realidade das desapropriações necessárias quer fossem para ampliação de avenidas, quer fossem para ampliação dos serviços do trem urbano.
Tendo como orientador do projeto o professor Jairo Drummond Câmara, e colaborador o professor Róber Dias Botelho, ambos também da UEMG, foram aconselhados a inscreverem o trabalho em concursos internacionais. Assim o fizeram após tomar ciência das regras do prêmio da International Fórum Design, criado ainda em 1953 para reconhecimento das melhores soluções em Design em diversos âmbitos.
Os estudantes não esperavam figurar sequer entre os 100 primeiros colocados. Queriam, prioritariamente, ganhar experiência e utilizá-la como indicadores em seus currículos e portfólios. Inscritos na edição de 2010, os estudantes receberam a quarta maior premiação no prêmio IF Concept Award, categoria Industrial Design. Além da chancela de um grande prêmio internacional, os vencedores receberam o valor de € 1 mil.
Agora profissionais, Costa pretende continuar a trabalhar com o design na área de transportes e automóveis, enquanto Elisa cursa pós-graduação em Design de Moda e pretende convergir suas habilidades para o estudo automobilístico na área de Color & Trim (desenvolvimentode interiores, cores e acabamento do veículo).
Agora que você acabou de ler a matéria, pare e observe mais um pouco o quanto esse projeto é legal:
Um comentário:
Olá Deborah, eu estava procurando imagens futuristas quando esta de seu blog me chamou a atenção. Fiquei muito contente ao ler o artigo e saber que são daqui do Brasil (BH), geralmente este tipo de imagens são de estrangeiros. Como eu disse estava procurando alguma imagem para poder comparar com as do designer futurista Jack Fresco ele desenhou o mundo inclusive tem uma vila nos Estados Unidos (Flórida) veja lá, é muito bom!!
Postar um comentário