quinta-feira, 5 de março de 2009

Mulheres unidas jamais serão vencidas!


Comemora-se neste domingo, dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Você sabe por que esse dia foi escolhido para homenagear as mulheres e toda a luta travada por elas ao longo da história?



No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque, Estados Unidos, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e reivindicaram melhores condições de trabalho. Elas queriam a redução na carga horária diária de trabalho de 16 para dez horas, equiparação de salário com os homens, pois chegavam a receber até um terço do salário deles para executar o mesmo tipo de trabalho e tratamento digno dentro das empresas.



A manifestação, entretanto, foi reprimida com grande violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.



No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem a essas mulheres que foram cruelmente assassinadas em 1857.



Mas, somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas- ONU, como Dia Internacional da Mulher.



Desde então, esse dia vem sendo usado para ressaltar toda a trajetória de luta das mulheres, através da realização de conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar acabar com o preconceito e a desvalorização da mulher na sociedade.



Ao longo da história, os avanços são inegáveis. Mas, as mulheres continuam vítimas da desigualdade salarial, violência sexual, jornada excessiva de trabalho e sofrem desvantagens na carreira profissional.



Uma das maiores conquistas femininas ao longo da história, aqui no Brasil, foi registrada no dia 24 de fevereiro de 1932. Nessa data foi instituído o voto feminino e depois de muitos anos de reivindicações e discussões, as mulheres conquistaram o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.



Veja a cronologia da história de luta dessas guerreiras em todo o mundo:



• 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
• 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
• 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
• 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
• 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
• 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
• 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
• 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
• 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
• 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
• 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

Cada vez mais as mulheres são ouvidas e respeitadas. Porém, muitas ainda sofrem discriminação, violência sexual e moral e preconceitos. Por isso, a luta continua...

Parabéns a nós, mulheres guerreiras
Nossas lutas não são em vão
Sigamos em frente, altaneiras
Para unidas, mudar esta nação!

6 comentários:

Unknown disse...

Desde já,parabenizo vocês mulheres guerreiras,mães,trabalhadoras e muitas vezes ,mais fortes que nós homens,insanos,incoerentes,imaturos e dependentes.Viva 8 de março!

Déborah Rajão disse...

Obrigada,Júnior por suas palavras e pela sua sensibilidade. Agradeço também a sua visita. Um grande abraço.

Anônimo disse...

Deborah, nos somos mesmo as maiorais.Gostei muito e achei muito oportuna esta publicaçao.Parabens! Celia

Unknown disse...

Felizmente os tempos vão longe... os tempos em que, em portugal, nos sessenta, a mulher precisava de autorização do marido para viajar para o estrangeiro... mesmo na sua companhia...

Déborah Rajão disse...

E hoje, Luiz Bento, como você avalia a atuação e o papel da mulher na sociedade portuguesa? Aí as mulheres também sofrem discriminação no trabalho, na política e violência doméstica, como infelizmente ainda ocorre aqui no Brasil?
Um grande abraço para vc e obrigada pela visita.

Unknown disse...

Deborajao... muito grato pela visita! Não é muito diferente do panorama no Brasil. Apesar das directivas da união europeia no sentido da igualdade, nalguns sectores da sociedade e, especialmente nas grandes cidades, a mulher consguiu ficar em pé de igualdaderelativamente ao homem, mas ainda há muito caminho a percorrer. Ainda temos franjas de desiguladade... sectores de produção como as fábricas, agricultura e afins, ainda apresentam índices de desigualdade em termos de massa salarial e cagos desempenhados. Até na política se encontram em baixíssimo número chegando ao desplante de, em tempos, se ter chegado a discutir a introdução de cotas obrigatórias para ulheres em cargos elegíveis. No que toca à violência doméstica... aí o panorama é esolador, ainda há muito por fazer, especialmente porque é um fenómeno que atravessa todos os estratos sociais.