Há pouco tempo fiquei sabendo que tinha um primo que também gostava de escrever. Ele se chama Cacá, filho do tio Odilom, uma pessoa muito legal, querido por todos da família Rajão.
Cacá lança nesta quinta-feira, em BH, seu primeiro livro. Mas, vou falar sobre o livro depois, pois agora quero recordar alguns fatos que vivi na infância e que tiveram o Cacá como coadjuvante.
Lembro-me que na década de 60, a família do Cacá, morava em Jaboticatubas enquanto a minha morava em Conceição do Mato Dentro, ambas cidades do interior de Minas Gerais. Era grande a distância que separava as duas localidades. As estradas não tinham pavimentação, eram empoeiradas e cheias de buracos. Mas, mesmo com todas as dificuldades, os irmãos Otaviano e Odilom sempre se comunicavam, mantinham contato e promoviam a integração entre as famílias através de trocas de visitas e viagens às respectivas cidades.
Foram inúmeras as vezes que meus pais levaram os filhos para visitar a família do tio Odilom em Jaboticatubas. E era sempre um Deus nos acuda! Os primos não podiam ficar nem um segundo no mesmo espaço que logo começavam a brigar entre si. O pior é que os filhos de Odilom e Piu eram mais fortes e nós, filhos de Otaviano e Célia, literalmente, sofríamos nas mãos deles. Sempre levávamos a pior e voltávamos para casa arranhados pelas enormes unhas do Cacá, Elaine e Carlúcio. Lembro-me que em várias ocasiões nossos pais chegaram a delimitar o territórios para que primos visitantes e anfitriões não se confrontassem.
Recordo-me também de uma viagem que fizemos para Marataízes, no Espírito Santo, quando ainda havia lindas praias de areias radioativas naquele lugar.
As famílias dos dois irmãos iam no mesmo carro passar as férias na praia. Íamos todos na Vemaguete do tio Odilom. Os adultos iam sentados nos bancos e a maioria da garotada seguia no chiqueirinho, que por sinal, era bem espaçoso.
Arrepio-me até hoje ao lembrar que a cada balanço do veículo pelas centenas de quilômetros de estrada de terra que tínhamos que vencer para conquistar o mar, um menino reclamava dor de barriga e logo a mãe mandava parar o carro para que o filho tomasse um ar e melhorasse o enjôo ou...vomitasse. E assim seguíamos a viagem: entre calor, saculejos, enjôos, desconforto mas, acima de tudo, muita vontade de chegar à praia. Valia a pena o sacrifício para ver o mar e provar sua água salgada.
Hoje, mesmo com todas as briguinhas que marcaram nossa infância, por sinal são muito comuns entre crianças que disputam seu espaço, a amizade, o carinho e o respeito entre nós, primos, prevaleceu ao longo de todos os anos que se seguiram.
E agora, deixo um pouco de lado as recordações, retorno ao presente e com prazer anuncio o lançamento do livro do meu primo Cacá.
Nesta quinta–feira, Carlos Augusto Santos Rajão, lança seu primeiro livro, intitulado “Eu lá, eu Cá...cá...”.
O lançamento será às 7 da noite, no bar Pau e Pedra, que fica na Avenida Getúlio Vargas,489, Funcionários, Belo Horizonte-MG.
E também neste sábado, às 9 horas da noite, Cacá estréia como autor da peça de teatro "O Enterro de dona Biloca", que será apresentada no Automóvel Clube de Jaboticatubas, cidade do interior de Minas Gerais e que faz parte da Grande BH.
Aproveito para dizer ao Cacá que desejo muito sucesso ao escritor que nasce. Quem escreve um livro já está com mais da metade do caminho adiantado no quesito realização.
Continue escrevendo, primo, e muito sucesso para você, hoje e sempre. Que venham mais livros, mais espetáculos e muitas outras histórias. Parabéns extensivos a toda a família!
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