Prefeito sanciona Lei que entrará em vigor nos próximos 90 dias
Foi sancionada no último dia 22 a Lei 10.042, originária do PL 86/2009, de autoria da vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), que proíbe a prática de assédio pessoal a transeuntes. Trata-se de uma matéria que visa proteger os consumidores de ações de instituições financeiras, correspondentes bancários e empresas, que desprezando as normas de proteção e defesa do consumidor, insistem em colocar nas ruas agentes para captar clientes.
Segundo a parlamentar, o assédio pessoal induz a contratação de empréstimos financeiros e aquisição de cartão de crédito, por exemplo, sem prestar ao consumidor as informações claras e precisas sobre os produtos oferecidos. “São ofertas veiculadas em desconformidade com o Código de Defesa do Consumidor e que colocam os consumidores em desvantagem, expostos a esta prática comercial coercitiva, abusiva e à propaganda enganosa”, explica a parlamentar.
Scarpelli afirma que o caráter enganoso e omisso das ofertas apresentadas pelas empresas representa um desequilíbrio na relação contratual celebrada, violando o princípio da boa-fé objetiva. Ela diz ainda que as informações necessárias como o preço final, taxas de juros cobradas, periodicidade, número de prestações e acréscimos embutidos, na maioria das vezes, são omitidas.
Outra justificativa de Scarpelli para a elaboração do PL está relacionada ao marketing agressivo realizado pelos agentes bancários e empresários. “É um verdadeiro assédio moral, uma vez que os agentes afrontam as normas previstas pelo CDC quando não medem esforços para bater suas metas e vendas”, completa.
As instituições financeiras, correspondentes bancários ou instituições que descumprirem o que está previsto na proposta estarão sujeitos a multa no valor de R$ 800, por dia. O Executivo terá o prazo de 90 dias, a partir da data de ontem, para regulamentar a Lei.
De Belo Horizonte,
Mariana Borges
fonte:www,vermelho.org.br
Meio Passe é aprovado em BH
A Câmara Municipal de Belo Horizonte, aprovou por unanimidade o Projeto de lei 1173/20110, que cria um fundo de auxílio para o transporte escolar dos estudantes da capital. O projeto não é o mesmo desde que foi colocado em pauta no legislativo da cidade. Várias emendas foram criadas para garantir maior inclusão no futuro beneficio que será para alunos do ensino fundamental, médio e superior.
Pedro Leão
A proposta agradou as lideranças estudantis que há anos lutam pela aplicação do passe estudantil na cidade. A prioridade do projeto apresentado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB) é atender alunos de famílias que já pertencem a projetos sociais do governo."Esforço de várias gerações"diz, Péricles da UCMG
Para o presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Péricles Francisco a aprovação da lei é um marco para o movimento “Lutamos há mais de 20 anos por esse momento. Essa lei foi aprovada pelo esforço de várias gerações do movimento estudantil de BH. O prefeito deu um sinal de compromisso com os estudantes, o desafio agora é fazer valer e garantir esse benefício para todos os estudantes” aponta.
Segundo Péricles a movimentação pelo meio passe ressurgiu nas eleições de 2008, quando as entidades se reuniram com todos os candidatos e realizaram mais de oito passeatas pelas ruas da capital. O então candidato Marcio Lacerda assinou o documento da UCMG e da UBES se comprometendo em efetivar uma política de transporte para a juventude.
Para Luiza Lafetá, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), a lei deve abranger os alunos do ensino superior “Nosso país depende muito do ensino privado e os custos são cada vez mais elevados. Garantir o passe estudantil para universitários é a cidade de Belo Horizonte investir no seu patrimônio humano. Podemos diminuir muito a desistência dos estudos entre os alunos carentes, a longo prazo quem ganha é a cidade que terá trabalhadores mais qualificados” ponderou.
Para a vereadora do PCdoB, Maria Lucia Scarpelli a aprovação da lei foi um importante ato que selou uma ligação do legislativo com os movimentos sociais da cidade “Recebemos os estudantes em nossos gabinetes, escutamos suas justas propostas e aprovamos o que foi melhor para a cidade. Essa casa celebra a democracia quando traz para nossas galerias gente tão jovem, contestadora e disposta a mudar as coisas” afirmou.
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