terça-feira, 10 de março de 2009

Faça valer os seus direitos!


Nesse domingo, fui fazer compras em um supermercado que fica localizado no bairro Luxemburgo, em Belo Horizonte.

Levei uma pequena lista com alguns produtos a serem adquiridos, mas quando percebi, o carrinho estava bem mais cheio do que o previsto. É que sempre compro muito mais do que havia planejado.

Acho que isso acontece porque algumas mulheres, e me incluo entre elas, não conseguem resistir a uma boa oferta, pois sabem da importância de se fazer pequenas economias no dia-a–dia, já que isso representa um ganho no orçamento familiar.

Eu tenho uma característica que muito me ajuda na hora de fazer compras: consigo memorizar facilmente todos os preços dos produtos pelos quais me interesso. E guardo os preços não apenas de um determinado supermercado, mas dos vários que frequento.

Para muitas pessoas, fazer compras em supermercado é um sacrifício, mas para mim é um prazer. Acho gostoso escolher com carinho e cuidado os produtos que vão alimentar minha família, pesquisar preços e ler os rótulos para me certificar da validade e do conteúdo daquilo que estou comprando.Também acho importante observar a qualidade daquilo que se compra.

Dessa vez, comprei alguns alimentos que estavam em oferta , como por exemplo, o requeijão cremoso de uma conhecida marca mineira, cujo preço normal é R$3,98 e estava na promoção por R$ 2,98. Aproveitei e comprei vários. Comprei também meio quilo de uma determinada marca de manteiga , cujo preço normal é R$ 7,98 e estava por R$ 5,98 e ainda adquiri dezenas de caixas de leite longa vida que estavam na promoção por R$ 1,49.

Escolhidas as mercadorias, fui ao caixa para contabilizar e realizar o pagamento.

Tenho o hábito, que todos os consumidores também deveriam ter, de sempre conferir o cupom fiscal ao final, para certificar-me se tudo foi cobrado devidamente.

Faço isso porque sei que existe o risco de sermos lesados se não for feita essa conferência. Considero importante verificar se a cobrança foi feita corretamente, se os preços estampados nas gôndolas ou na própria embalagem são os mesmos cobrados no caixa. Na verdade, por várias vezes, pude constatar uma diferença razoável entre o valor cobrado e o preço apresentado nas prateleiras.

E nesse domingo não foi diferente. Ao conferir a lista de produtos no cupom fiscal, descobri que todos os produtos que estavam em oferta, adquiridos por mim, foram cobrados para mais, ou seja, como se não estivessem em promoção.

Como consumidora e conhecedora dos meus direitos, reclamei na hora, com toda educação. O gerente do supermercado, delicadamente, certificou-se de que eu tinha razão, pediu mil desculpas e devolveu-me, sem titubear, a diferença cobrada para mais. Agradeci e fui-me embora.

Essa não foi a primeira e, com certeza, infelizmente, não será a última vez, que situações como essa acontecem. Enquanto todos os consumidores não se conscientizarem e ficarem atentos aos seus direitos, com certeza, continuaremos sendo lesados.

Se não conferimos, se não olhamos os rótulos e a validade dos produtos, corremos sempre o risco de sermos vítimas de artimanhas ou erros desses estabelecimentos .

Agora eu pergunto: porque eles nunca erram para menos?

Fica, então aqui, esse alerta: confira sempre seu cupom fiscal após realizar suas compras e não deixe de reclamar se perceber alguma cobrança indevida, mesmo se o valor for insignificante para você, pois só com o nosso olhar atento poderemos evitar esse tipo de desrespeito aos direitos do consumidor.

Uma outra dica importante: se você chegar ao supermercado ou em qualquer outro estabelecimento comercial para comprar um produto anunciado em oferta e o estoque estiver esgotado, você tem o direito de pedir para substituí-lo por qualquer outro similar de marca diferente, sem ter que pagar nada além do preço do produto em promoção que se esgotou.

Vamos todos fazer valer nossos direitos de consumidor!

10 comentários:

Unknown disse...

Pensava que era só em Lisboa que isso acontecia... Uma das técnicas usadas aqui... é...colocam o produto em promoçãojuntinho do produto mais caro e, normalmente com rótulos e cores muito parecidas..na hora de pagar, a pessoa tem vergonha de devolver e acaba pagando o produto mais caro...

Cathwillows disse...

E vc prestou atenção na validade do requeijão? Pq geralmente estão em oferta pq o prazo está vencendo, e se vc comprou vários, corre o risco de perder a validade de alguns!

Bjs de quem AMA uma promoção, seja do que for! hahha

Déborah Rajão disse...

Pois é, Luis Bento, pelo que vejo essa técnica é mundial, não é mesmo? Em Portugal existe um código de Defesa do Consumidor, como existe aqui no Brasil? Aqui nós estamos aprendendo a lutar contra esse tipo de desrespeito á parte mais fraca desse sistema, que somos nós consumidores.

É uma pena que a pessoas ainda sintam vergonha e não tenham coragem de defender seus direitos, não é mesmo?

Um grande abraço e obrigada pela visita.

Visitei seu blog e gostei muito. Interessante e inteligente.Ví que está lançando um livro de cntos. Parabéns e sucesso.
um grande abraço.

Déborah Rajão disse...

Querida Cathwillows, por incrível que pareça a validade dos produtos só vencerá no final de abril, portanto, teremos tempo suficiente para consumí-los, além do mais, casa que tem Tomás e Pedro,nada se perde!kkkkkk.
Beijos! E a Semana Santa? VC vem?
Beijos

Anônimo disse...

Bom saber destes golpes... afinal, ser uma boa dona de casa e ainda econômica, é mesmo uma arte!!!
Muito boa sua matéria!
Vivendo e aprendendo!

Anônimo disse...

IMAGINE VCs

Aqui na nossa terrinha, CMD, ainda por cima, somos coagidos pela CARTELIZAÇÃO.
O leite em pó,que tem uma fábrica em Guanhâes,a 80km,comprei ,em janeiro,num mercado da rua Olegário, na chic Barra da Tijuca ,a 4,5O reais ,e aqui beira ou ultrapassa a barreira dos 7 reais.
Trouxe alguns,importando nossa própria produção,viu Lulalá
D Portilho

Anônimo disse...

Deborah,fico feliz quando leio seus artigos.Voce^e demais!Percebo que sua visaoo de vida e muito extensa e isto e muito bom. Mami

Anônimo disse...

Prezada Déborah

Você abordou uma questão interessante. Eu já passei por esse tipo experiência e conheço várias pessoas que também verificaram que compraram mercadorias por um preço e acabaram pagando mais caro.

Embora o Código de Defesa do Consumidor seja um avanço extraordinário, acho que ainda falta melhorar (e aumentar) as ferramentas de que a sociedade precisa para combater os espertalhões e gananciosos que se enriquecem com esses truques ou não prestam um bom serviço à população.
Precisamos de uma fiscalização maior e mais agilidade e eficiência por parte da justiça.

Uma prova disto são as recentes regras para os chamados Call Centers, que deveriam ser mais eficientes no atendimento. Essas regras são ótimas, ideais para um país de primeiro mundo, mas, na verdade, quase não são observadas pelas empresas prestadoras de serviço. Por exemplo, se você tiver algum problema relacionado com cartão de crédito, pode preparar-se: vai continuar perdendo muito tempo e vai ouvir aquela musiquinha chata muitas vezes.

Déborah Rajão disse...

Obrigada,mami,pelo seu carinho, sempre tão presente.Te amo.

Déborah Rajão disse...

Sr. João Miquelão,

Realmente a lei dos call centers existe mas não é cumprida.Fico pensando que num país onde a justiça é morosa e por isso mesmo injusta, por que as grandes empresas prestadoras de serviço, ou mesmo as pequenas se preocupariam em cumprir as leisjá que elas só pensam no lucro, não é mesmo?

Se não existem fiscais nem justiça eficiente, com certeza, nós consumidores continuaremos sendo lesados.

Mas, por outro lado, pelo menos se todos nós resolvermos gritar, quem sabe a coisa não muda?

Eu procuro fazer a minha parte, porque acredito que a partir de pequenas atitudes, mesmo que individuais, mas que sirvam de exemplo, seja possivel construir uma sociedade onde prevaleça o respeito ao cidadão.Até porque, se não tentarmos, aí é que a coisa desanda mesmo!

Concordo plenamente quando o sr. diz que as ferramentas para combater os espertalhões são precária. Acho ainda que falta também informação à população sobre os direitos dela, sobre como proceder, a quem procurar...

Outro absurdo também é o fato de que nas cidades do interior do Estad, a situação seja ainda mais caótica, já que nem Procon existe nesses luigares.

Realmente estamos longe demais de um modelo ideal de garantia dos nossos direitos! Mas... por isso mesmo é que devemos continuar na luta...

Um grande abraço e obrigada pelas suas pertinentes considerações.