Muitas pessoas criticam os programas sociais implantados em nosso país e dizem que o governo não deveria dar o peixe e sim, ensinar a pescar.
Sempre que ouço esse tipo de argumento, logo retruco: - Ninguém consegue pescar com a barriga vazia, pois quem tem fome não consegue nem mesmo segurar a vara. Também costumo dizer: - Quem está no fundo do buraco precisa de ajuda para conseguir sair e depois caminhar com as próprias pernas.
Ao contrário daqueles que criticam, sempre defendi esses programas sociais que por sinal, têm apresentado ótimos resultados como, por exemplo, tirar milhares de pessoas da mais absoluta miséria, garantir que nossas crianças frequentem as escolas, diminuir a fome, entre outros benefícios.
Há poucos dias eu perguntava para minha faxineira sobre o Bolsa família e ela disse que se não fosse essa ajuda ela não teria como comprar mochila, caderno, lápis e outros objetos para os filhos dela frequentarem a escola com dignidade.
Por coincidência, estava lendo hoje o site do Carta Maior e ví a matéria que você vai ler a seguir e que fala exatamente sobre os impactos positivos do Bolsa Família na educação brasileira..
Leia e veja como esse programa social tão criticado, geralmente por pessoas que jamais souberam o que é fome ou miséria, é importante e pode realmente ajudar a transformar a realidade social de nosso país e garantir que nossas crianças tenham acesso à escola e possam sonhar com um Brasil onde as diferenças sociais não sejam tão gritantes como ainda são nos dias de hoje.
O impacto do Bolsa Família na educação brasileira
Marco Aurélio Weissheimer
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério da Educação divulgaram novos dados revelando que o Bolsa Família tem um impacto positivo na trajetória educacional dos beneficiários do programa. Ao observar os índices de aprovação e abandono escolar dos estudantes da rede pública de ensino, o Ministério da Educação verificou que a exigência da freqüência às aulas por parte do Bolsa Família faz toda a diferença.
Segundo pesquisa realizada pelo ministério, no ensino médio, a aprovação dos beneficiários do Bolsa Família é maior do que a média nacional (81,1% contra 72,6%). No ensino fundamental, os números são similares (80,5% de beneficiários aprovados contra 82.3% da medida nacional). Os indicadores de abandono no ensino fundamental também revelam um impacto positivo: 3,6% dos beneficiários deixam a escola, contra 4,8% da média nacional. Já no ensino médio, o índice de abandono é de 7,2% entre os beneficiários, enquanto a média nacional é de 14,3%.
Esses números se referem a domicílios identificados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2006, pelo Censo Escolar Inep/Educacenso, pelo Sistema Presença de freqüência escolar do Bolsa Família e pelo Núcleo de Opinião e Políticas Públicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Trata-se do primeiro retrato do impacto do programa nos resultados da educação. Até então, o acompanhamento se limitava ao registro de frequência às aulas, condição para a permanência das famílias no programa. Na avaliação do professor Denílson Bandeira, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, o Bolsa Família impacta, de fato, mais do que as outras variáveis, seja por exigir a presença, seja por implicar mudança de comportamento dos alunos, que melhoram até o vestuário.
Há outros levantamentos que apontam na mesma direção. Segundo o relatório anual “Situação Mundial da Infância”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil registrou importantes avanços no tema do acesso à escola. Em 2001, 920 mil crianças em idade escolar estavam fora das salas de aula. Em 2008, esse número caiu para 570 mil.
As condicionalidades do Bolsa Família referentes à freqüência escolar e ao acompanhamento nutricional das crianças são alguns dos fatores que contribuíram para a melhoria desses indicadores. O percentual de alunos de
O impacto positivo do programa na educação vem sendo apontado há alguns anos. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, elaborado pelo PNUD, já apontava o crescimento do número de matrículas no país: cerca de 60% dos jovens pobres de
Redução do trabalho infantil
Um relatório produzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), Unicef e Banco Mundial, divulgado no dia 10 de maio, em Haia, Holanda, afirma que programas de transferência condicionada de renda, como o Bolsa Família, contribuem para reduzir o número de crianças trabalhando. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal está ajudando a identificar as crianças em situação de trabalho infantil e a integração do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) com o Bolsa Família vem possibilitando afastar do trabalho hoje cerca de 820 mil crianças e adolescentes de 3.520 municípios do país.
O relatório “Acelerando ações contra o trabalho infantil”, da OIT, aponta uma redução no trabalho infantil de 3,6% para 0,9% na faixa de
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