sexta-feira, 1 de maio de 2009

Crise e desemprego provocam violência em vários países no Dia do Trabalho



Parabéns a todos os trabalhadores que fazem o mundo acontecer, mesmo tendo, na maioria das vezes, sua força de trabalho explorada, mesmo não sendo valorizados como merecem, mesmo, às vezes, não tendo mais o próprio trabalho que tanto dignifica o homem e lhe garante a sobrevivência...

Veja agora como foi comemorado o Dia do Trabalho no mundo, que vive hoje uma onda de desemprego em decorrência da crise econômica que atinge todos os países:

Crise, desemprego e violência marcam o Dia do Trabalho no mundo

"A crise econômica e o desemprego marcaram as manifestações dos trabalhadores e sindicatos durante o 1º de Maio no mundo, com incidentes violentos em diversos países.

Segundo o site do jornal espanhol "El País", milhares de pessoas saíram às ruas nas principais cidades europeias, em uma manifestação do temor coletivo em relação ao ritmo acelerado das demissões e ante o panorama econômico nada otimista que previsto tanto para este ano quanto para o próximo. Em países como Espanha e França, as manifestações foram pacíficas --mas direcionadas por uma grande pressão quanto à situação do desemprego.

Na América Latina, também houve manifestações que terminaram em confrontos com a polícia. O Brasil, por sua vez, não registrou nenhum incidente ou tensão no decorrer do dia.

No México, não aconteceram manifestações devido ao temor da gripe suína.

Os principais incidentes aconteceram em Caracas, na Venezuela, onde a polícia lançou gás lacrimogêneo nos participantes da passeata convocada pela oposição ao presidente Hugo Chávez.

Em Portugal, a agressão ao candidato do Partido Socialista às eleições europeias, Vital Moreira, e a falsa ameaça de bomba na manifestação convocada em Lisboa por um sindicato marcaram as comemorações do Dia do Trabalhador.

Vital Moreira foi empurrado e insultado por um grupo de pessoas durante a manifestação convocada pela Confederação Geral de Trabalhadores do país (CGTP), mas não sofreu nenhum ferimento.

Além disso, a marcha organizada pela União Geral de Trabalhadores (UGT) teve que ser interrompida por cerca de 40 minutos devido a uma falsa ameaça de bomba, que supostamente estava escondida numa mala nas proximidades do local em que os trabalhadores se concentrariam.

No entanto, os incidentes não impediram que milhares de pessoas saíssem às ruas em defesa do emprego, da melhora dos salários e de condições dignas de trabalho.

Em Istambul, na Turquia, também houve confrontos entre manifestantes de esquerda que tentavam ir até a praça de Taksim, no centro da cidade, e a polícia --que utilizou gás lacrimogêneo e água em mangueiras de pressão.
Houve diversos presos e feridos, mas, até o fechamento da reportagem, não foi dado um número específico a respeito.

Na França, o Dia do Trabalho foi celebrado com menos violência, mas com grande tensão. Os oito maiores sindicatos se uniram, pela primeira vez na história no chamado "G8 sindical", para fazer um grande protesto em Paris.

De acordo com os sindicalistas, 160 mil pessoas saíram às ruas em protesto contra a política do governo e os empresários que, segundo eles, se aproveitam da crise.

Na Espanha, da mesma forma, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas para expressar rejeição a qualquer iniciativa de apoio às demissões ou cortes de salários e benefício


Na Alemanha, os incidentes ocorreram em manifestações neonazistas convocadas em Berlim, Mainz, Ulm e Hamburgo pelo Partido Nacional Democrático Alemão (NPD), quando dezenas de milhares de manifestantes de esquerda tentaram impedir que eles desfilassem no Dia do Trabalho.

Em Berlim, a polícia recorreu aos canhões de água para separar as colunas, depois que grupos isolados de jovens jogaram garrafas e pedras contra a passeata neonazista. O incidente terminou com 12 presos e dezenas de feridos.

Em Hamburgo, de acordo com as autoridades, três policiais foram feridos. No bairro da esquerda radical Schanzenviertel, radicais quebraram a fachada de um banco, e incendiaram vários contentores de lixo.

Em Cuba, o Dia do Trabalho em Havana foi marcado pela louvação do socialismo.

O governo celebrou a data com um desfile capitaneado pelo presidente Raúl Castro, na Praça da Revolução de Havana, em que se reiterou o compromisso com o socialismo, no ano que marca o 50º aniversário da revolução.

Dezenas de milhares de cubanos repetiram a tradicional marcha do Dia dos Trabalhadores com cartazes de apoio ao governo e slogans conclamando a "trabalhar e ser mais eficientes".

Em Porto Rico, milhares de pessoas participaram de uma passeata em protesto contra um plano que pode suprimir mais de 30 mil funcionários dos seus postos de trabalho. Não há registros de incidentes

No Paraguai, milhares de trabalhadores se manifestaram nas ruas principais de Assunção, no Paraguai, a fim de recordar ao presidente e ex-bispo Fernando Lugo a sua respectiva promessa de reformar o país.

Na Colômbia, as centrais operárias e de aposentados mobilizaram milhares de trabalhadores com palavras de ordem contra o desemprego e a possibilidade de reeleição do presidente Álvaro Uribe. O alcance de uma saída negociada para o conflito armado que o país vive também foi defendido nas marchas comemorativas do Dia do Trabalho.

Durante o evento vários jovens apedrejaram carros da polícia que acompanhavam a manifestação."

Fonte: www.folha.com.br

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