Alcoolismo e Alcóolatras Anônimos
Todas as quartas-feiras recebo no programa Revista da Tarde, que apresento de segunda a sexta na Rádio Inconfidência AM 880, de 14 às 16 horas, um grupo de pessoas que são alcóolatras e que hoje não bebem porque integram a Irmandade Alcóolatras Anônimos.
Pessoas que a cada dia lutam para vencer mais um dia sem álcool e dispostas a ajudar aqueles que também bebem e não conseguem enxergar nem admitem que são doentes.
Durante as entrevistas, que sempre são muito emocionantes, ouvi de vários convidados um pouco da história de vida deles. O que mais me impressiona é que a história de todos eles é sempre muito parecida e todas cheias de sofrimento, loucura, desequilíbrios, desencontros e separações mas, também de lutas e conquistas .
O mais louco dessa doença é que ela é progressiva e incurável e num mundo em que as pessoas cultuam hábitos de bebida em todos os cantos. A maioria das pessoas bebe para tudo.: bebe para comemorar, para se distrair, bebe para esquecer, bebe porque acha chique, bebe por prazer, ou seja, bebe para quase tudo.
Peguntei a um dos meus entrevistados como se dava a progressão do alcoolismo. E ele disse: o alcóolatra começa a beber um copo e a cada dia bebe sempre mais um pouco do que o dia anterior e assim sucessivamente e ilimitadamente até que um dia chega ao fundo do poço. Ai, ele tem duas opções: parar de beber ou morrer. E é nesse momento que ele decide entre a vida e a morte e aceita ou não ajuda de um médico ou ser levado para a Irmandade AA.
O que acho mais interessante na Irmandade AA é a união e solidariedade inerente a todos os participantes. Ao entrevistar alguns deles consigo sentir o prazer e a alegria que todos têm em acolher e ajudar a salvar pessoas doentes de alcoolismo.
Se você quiser ouvir as histórias de vida dessas pessoas, ligue toda quarta-feira no meu Programa Revista da Tarde, às 14 horas, na AM 880 ou acesse www.inconfidencia.com.br e sinta o drama e a redenção daqueles que conseguiram se livrar da bebida através de um remédio que não se compra em farmácia alguma: a mão estendida e os braços abertos daqueles que sofrem do mesmo problema.
Em Minas Gerais o escritório central do AA funciona na Av. dos Andradas, 302 sala 521 - Centro-CEP 30.120-010 - Belo Horizonte - MG
Telefone: (31) 3224-7744 - Fax: (31) 3274-5125
Para quem não sabe, existem também as irmandades AL-ANON voltada para os familiares de alcóolatras e o ALATEEN que congrega jovens que convivem e sofrem com os alcóolatras na família. Ambas funcionam no mesmo local e o telefone delas é 3222-4425.
Veja a foto da participação dos Alcóolatras Anônimos no Revista da Tarde
Eu entrevistando membros do AA de Belo Horizonte no programa Revista da Tarde, no estúdio da Rádio Inconfidência montado na Feira dos Empreendedores 2010
Aproveite agora para conheçer um pouco mais sobre os
Alcóolatras Anônimos :
ALCÓOLATRAS ANÔNIMOS é uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolver seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo.
O único requisito para tornar-se membro é o desejo de parar de beber.
Para ser membro de A.A. não há taxas ou mensalidades; somos auto-suficientes, graças às nossas próprias contribuições.
A.A. não está ligada a nenhuma seita ou religião, nenhum movimento político, nenhuma organização ou instituição; não deseja entrar em qualquer controvérsia; não apóia nem combate quaisquer causas.
Nosso propósito primordial é mantermo-nos sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançar a sobriedade.
Os A.A. estão espalhados em 150 países
AS DOZE TRADIÇÕES DE A.A.
PRIMEIRA TRADIÇÃO
Nosso bem-estar comum deve estar em primeiro lugar; a reabilitação individual depende da unidade de A.A.
SEGUNDA TRADIÇÃO
Somente uma autoridade preside, em última análise, o nosso propósito comum - um Deus amantíssimo que Se manifesta em nossa consciência coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança; não têm poderes para governar.
TERCEIRA TRADIÇÃO
Para ser membro de A.A., oúnico requisito é o desejo de parar de beber.
QUARTA TRADIÇÃO
Cada Grupo deve ser autônomo, salvo em assuntos que digam respeito a outros Grupos ou a A.A. em seu conjunto.
QUINTA TRADIÇÃO
Cada Grupo é animado de um único propósito primordial - o de transmitir sua mensagem ao alcoólico que ainda sofre.
SEXTA TRADIÇÃO
Nenhum Grupo de A.A. deverá jamais sancionar, financiar ou emprestar o nome de A.A. a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à Irmandade, a fim de que problemas de dinheiro, propriedade e prestígio n‹o nos afastem de nosso propósito primordial.
SÉTIMA TRADIÇÃO
Todos os Grupos de A.A. deverão ser absolutamente auto-suficientes, rejeitando quaisquer doações de fora.
OITAVA TRADIÇÃO
Alcoólicos Anônimos deverá manter-se sempre não-profissional, embora nossos centros de serviços possam contratar funcionários especializados.
NONA TRADIÇÃO
A.A. jamais deverá organizar-se como tal; podemos, porém, criar juntas ou comitês de serviço diretamente responsáveis perante àqueles a quem prestam serviços.
DÉCIMA TRADIÇÃO
Alcoólicos Anônimos n‹o opina sobre quest›es alheias à Irmandade; portanto, o nome de A.A. jamais deverá aparecer em controvérsias públicas.
DÉCIMA PRIMEIRA TRADIÇÃO
Nossas relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção; cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal na imprensa, no rádio e em filmes.
DÉCIMA SEGUNDA TRADIÇÃO
O anonimato é o alicerce espiritual das nossas Tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades.
As promessas de A.A.
Se formos cuidadosos nesta fase de nosso desenvolvimento, ficaremos surpresos antes de chegar à metade do caminho.
Estamos a ponto de conhecer uma nova liberdade e uma nova felicidade.
Não lamentaremos o passado, nem nos recusaremos a enxergá-lo.
Compreenderemos o significado da palavra serenidade e conheceremos a paz.
Não importa até que ponto descemos, veremos como a nossa experiência pode ajudar outras pessoas.
Aquele sentimento de inutilidade e auto-piedade irá desaparecer.
Perderemos o interesse em coisas egoístas e passaremos a nos interessar pelos nossos semelhantes.
O egoísmo deixará de existir.
Todos os nossos pontos de vista e atitudes perante a vida irão se modificar.
O medo das pessoas e da insegurança econômica nos abandonará.
Saberemos, intuitivamente, como lidar com situações que costumavam nos desconcertar.
Perceberemos, de repente, que Deus está fazendo por nós o que não conseguíamos fazer
Os Doze Passos de A.A
Os Doze Passos de A.A. consistem em um grupo de princípios, espirituais em sua natureza que, se praticados como um modo de vida, podem expulsar a obsessão pela bebida e permitir que o sofredor se torne íntegro, feliz e útil. Não são teorias abstratas; são baseadas na experiência dos êxitos e fracassos dos primeiros membros de A.A.
OS DOZE PASSOS
PRIMEIRO PASSO:
Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
SEGUNDO PASSO:
Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.
TERCEIRO PASSO:
Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.
QUARTO PASSO:
Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
QUINTO PASSO:
Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
SEXTO PASSO:
Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
SÉTIMO PASSO:
Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
OITAVO PASSO:
Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
NONO PASSO:
Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las ou a outrem.
DÉCIMO PASSO:
Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:
Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade.
DÉCIMO SEGUNDO PASSO:
Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
OS DOZE PASSOS - Forma Integral: consultar o Livro: "OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES" Disponível na JUNAAB - Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil. Avenida Senador Queiroz, 101 2 andar cj 205 Caixa Postal 580 - CEP 01060-970 S‹o Paulo/SP - Brasil
Se quiser conhecer mais acesse:
Alcoolismo é uma doença
Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
Fatores genéticos
Sem desprezar a importância do ambiente no alcoolismo, há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a doença.
O alcoolismo tende a ocorrer com mais freqüência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (univitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.
Estudos mostram que adolescentes abstêmios, filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não abusam da droga.
Muitos desses filhos de alcoólicos se recusam a beber para não seguir o exemplo de casa. Quando acompanhados por vários anos, porém, esses adolescentes apresentam maior probabilidade de abandonar a abstinência e tornarem-se dependentes.
Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de abandonar a bebida do que alcoólicos que não têm história familiar de abuso da droga.
Intoxicação Aguda
O álcool cruza, com liberdade, a barreira protetora que separa o sangue do tecido cerebral. Poucos minutos depois de um drinque, sua concentração no cérebro já está praticamente igual à da circulação.
Em pessoas que não costumam beber, níveis sangüíneos de 50mg/dl a 150 mg/dl são suficientes para provocar sintomas. Esses, por sua vez, dependem diretamente da velocidade com a qual a droga é consumida, e são mais comuns quando a concentração de álcool está aumentando no sangue do que quando está caindo.
Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo.
Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.
Com o aumento da concentração da droga na corrente sangüínea, a função do cerebelo começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, falta de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia. O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza.
Quando a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da freqüência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.
Em não-alcoólicos, quando a concentração de álcool no sangue chega à faixa de 300mg/dl a 400 mg/dL ocorre estupor e coma. Acima de 500 mg/dL, depressão respiratória, hipotensão e morte.
Metabolismo do álcool
O metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante. O resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.
Um adulto de 70kg consegue metabolizar de 5 a 10 gramas de álcool por hora. Como um drinque contém, em média, de 12 a 15 gramas, a droga acumula-se progressivamente no organismo, mesmo em quem bebe apenas um drinque por hora.
O álcool que cai na circulação sofre um processo químico chamado oxidação que o decompõe em gás carbônico (CO2) e água. Como nesse processo ocorre liberação de energia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas aos que desejam emagrecer, uma vez que cada grama de álcool ingerido produz 7,1 kcal, valor expressivo diante das 8kcal por grama de gordura e das 4kcal por grama de açúcar ou proteína.
Usuários crônicos de álcool costumam nele obter 50% das calorias necessárias para o metabolismo. Por isso, freqüentemente desenvolvem deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B.
Fonte: www.drauziovarella.com.br
Um comentário:
Bom Débora aqui quem escreve é uma Locutora da Rádio Heliópolis onde se localiza na Região do Sacomã/São Paulo, Aqui na nossa comunidade temos um projeto chamado "Jovens Alconscientes" onde ioncentivamos os jovens menores de 18 anos a não beberem, e aquels maiores de 18 anos que bebam com moderação, também realizamos eventos como a balada black que é uma balada divertida mais com responsabilidade, onde não pode beber mais sim se divertir. É por este motivo que venho a escrever, fiquei sabendo do seu programa e gostei muito do Blog e os assuntos comentados no programa sobre os alcoolicos anônimos, venho aqui pedir por Gentileza se tem como você nos dar uma entrevista falando sobre o seu programa e qual o maior objetivo do seu programa para os ouvintes, ou seja falar sobre o seu programa. Realizamos aqui um programa de rádio onde falamos sobre as consequencias do alcool, e queriamos uma entrevista sua! Liguei na rádio onde você trabalha mais não conseguir me comnunicar com você, ao ver esta mensagem entre em contato através do e-mail ou telefone, pesso para que responda esta mensagem
Email: Gabi_sorriso95@yahoo.com.br
Telefone: (11) 2272-0712 / 9984-1623
Obrigado pela Oportunidade Debora,
Beijos e uma ótima quarta-feira.
Por: Gabriella Gonçalves Sousa, 15 anos.
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