sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Belo Horizonte precisa de mais cuidados urgentemente!

Cidades


Nessa quarta-feira uma mulher de 57 anos foi vítima da queda de uma árvore da espécie Jatobá, com mais de 30 anos de idade, enquanto caminhava dentro do Parque Municipal Rennê Gianneti,  o mais tradicional da capital mineira, que fica na avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte

Maria de Fátima é apenas mais uma  vítima do descaso do poder público, que deveria cuidar melhor da cidade para garantir mais segurança e conforto aos cidadãos.

O que vemos hoje em Belo Horizonte, neste período de chuvas, são os reflexos de uma cidade mal cuidada, repleta de buracos nas ruas, de árvores antigas estourando calçadas e caindo sobre carros e pessoas, uma cidade que apresenta pontos de alagamentos em vias importantes como as avenidas Cristiano Machado e Tereza Cristina além de problemas como sujeira das ruas seja por falta de capina ou varrição.

Sempre ouvi dizer que prevenir é melhor que remediar. Mas, infelizmente, não é assim que pensam os gestores públicos. Somente depois que a árvore caiu sobre a mulher e a matou no Parque Municipal,  é que técnicos da Prefeitura foram fazer vistorias nas demais árvores do local. Sempre é preciso acontecer uma tragédia para que alguma atitude seja tomada.

E nesta quinta-feira, o Parque Municipal foi interditado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Veja a matéria divulgada pelo Jornal Hoje em  Dia, feita pelo repórter e meu ex-colega da Rádio Inconfidência, Fernando Zuba:


Equipe da Fundação de Parques vai gerar relatório sobre jatobá que atingiu mulher (Reprodução TV Aterosa)


Prefeitura de BH interdita Parque Municipal após tragédia

Irmão ainda não decidiu se processará prefeitura pela morte de Maria de Fátima

Fernando Zuba - Repórter - 13/01/2011 - 22:30

Um dia após a morte de Maria de Fátima Ferreira, 57 anos, atingida por uma árvore no Parque Municipal Américo Renné Gianetti, no Centro de Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda determinou a interdição da área por tempo indeterminado, a partir desta sexta-feira (14). Uma comissão formada por funcionários de várias secretarias foi criada para acelerar o levantamento do estado das 3.700 árvores. O local só será reaberto depois que possíveis podas e supressões sejam feitas. Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) afirma que a medida visa a segurança dos frequentadores. Dezesseis mil pessoas passam diariamente pelas alamedas da área verde. Este número sobe para 16 mil nos fins de semana.

O monitor José Carlos Ferreira, 56 anos, considerou um descaso das autoridades a morte da irmã, que foi esmagada na última quarta-feira (12) ppor um jatobá. O corpo da secretária executiva aposentada foi identificado na quinta-feira. No início da manhã, José Carlos, que reside em Araxá, na Região do Alto Paranaíba, compareceu ao Instituto Médico-Legal (IML).

Abalado pela tragédia, o irmão disse que ainda não sabe se vai processar a PBH. “A prefeitura deveria ter mais cuidado e carinho com a população. O local foi inspecionado há pouco tempo e o problema não foi detectado”.

Maria de Fátima fazia caminhada quando foi atingida pela árvore. Ela morava sozinha em um apartamento no Centro, amava a natureza e caminhava diariamente no Parque Municipal há mais de 30 anos, disse o irmão. “Tinha por hábito abraçar as árvores, pois acreditava na troca de energias”, revelou José Carlos.

José Carlos Ferreira lembrou que Maria de Fátima era mais que uma irmã. “Era uma verdadeira mãe. Fiquei internado durante 40 dias para tratar de um câncer nas cordas vocais e, durante todo esse período, ela ficou ao meu lado.”

José Carlos ficou sabendo da morte da irmã por meio de uma amiga e vizinha da vítima. Esta vizinha, que pediu para não ser identificada, ficou sabendo da tragédia no parque pela Internet e desconfiou que a vítima poderia ser a aposentada. No IML, confirmou a suspeita. “Ela ligou para a irmã de minha esposa que deu a notícia”. O corpo da aposentada foi sepultado ao fim da tarde de quinta-feira, no Cemitério Bosque da Esperança.



E nesta quinta-feira mais uma árvore caiu em BH. Dessa vez,sobre um carro, no bairro Funcionários, também  segundo o Hoje em Dia.

Árvore cai em cima de veículo no Bairro Funcionários

Cláudio Ramos - Repórter - 13/01/2011 - 15:39

Uma árvore de grande porte caiu sobre um veículo na tarde desta quinta-feira (13), na Rua Aimorés, altura do número 1029, no Bairro Funcionários, na Região Sul de Belo Horizonte. Conforme os Bombeiros, o carro, que estava estacionado no local, foi atingido por muitos galhos da árvore. Apesar do acidente, ninguém ficou ferido.



Opinião

Espero que nossos governantes tenham mais responsabilidade com os interesses da população, que paga impostos elevados ( haja vista o valor dos IPTUs 2011 em BH) e nem sempre recebe de volta os serviços públicos a que tem direito.

No Bairro Luxemburgo, onde moro, as ruas Juvenal dos Santos e Gentios  estão cheias de buracos há vários dias e até hoje a Prefeitura não tomou nenhuma providência para tapá-los.

Hoje passei pela Avenida do Contorno e Rua Espírito Santo e percebi vários buracos no trajeto.

Na Avenida Raja Gabaglia, em um ponto próximo à Rádio Inconfidência, a sujeira e o lixo no chão sâo constantes.

No Bairro  Santo Antônio onde morei por muitos anos, existe um grande número de  árvores antigas cujas  raízes cresceram e racharam as calçadas. Outro problema lá são os constantes casos de galhos de árvores que caem  sobre carros e ameaçam os transeuntes.



Citei esses locais como exemplo por conhecê-los bem. Esta foto acima eu tirei na avenida Raja Gabablia, altura do número 1750, onde não existe nenhuma lixeira próximo ao ponto de ônibus que está sempre lotado de usuários e onde a sujeira no chão é constante, além das perigosas rachaduras nas calçadas. Outro  problema  na Raja  é a falta de pinturas das faixas de pedestres no local onde existem 4 semáforos, em frente a uma área comercial movimentada  onde circulam milhares de pessoas diariamente, entre elas crianças e idosos, a maioria moradores da comunidade Morro das Pedras.

Sinto vergonha e tristeza por ver todo esse descaso por parte dos gestores públicos  para com a nossa Belo Horizonte. Lamentável!


Um comentário:

Anônimo disse...

Mais uma vez se confirma o ditado de que somente fechamos a porta depois de roubados. Precisou alguém morrer esmagado por uma árvore no Parque Municipal para este ser interditado para inspeção de suas árvores. Este fato é tão culposo para a administração do parque quanto para um motorista que causa acidente fatal com seu veículo pela falta de manutenção, por exemplo, do sistema de freios.
O pessoal sempre conta com a impunidade. É preciso que a polícia e o Ministério Público apurem responsabilidades, sob pena de prevaricação!