Ontem assisti na Band ao primeiro debate entre os candidatos que disputam a Presidência do Brasil este ano.
Achei muito bom o nível da discussão e a forma como se comportaram os presidenciáveis, que preferiram mais falar de suas propostas a atacar o adversário.
Esse tipo de atitude reflete o amadurecimento do processo eleitoral brasileiro e mostra que estamos, sim, alcançando patamares mais elevados quando o assunto é eleição.
Nós, eleitores, também não admitimos mais assistir a agressões ou falta de educação entre candidatos. O que nós queremos ver são as propostas que cada um tem para o nosso país, propostas que atendam os anseios e a realidade do Brasil e que possam melhorar a vida da população em todos os seus aspectos.
Na minha opinião, o socialista, Plínio Arruda, candidato do Psol, foi a grande estrela do debate mas, quem se saiu melhor foi a candidata do PT, Dilma Rousseff, Ela demonstrou que está realmente preparada para assumir a Presidência do Brasil, dar continuidade aos projetos implementados pelo governo Lula e avançar nos quesitos necessários para transformar o nosso país em uma grande nação para todos os brasileiros.
Por falar neste assunto, achei super curiosa a matéria que você vai ler a seguir, divulgada pela agência Estado nesta sexta-feira. A reportagem mostra a análise de vários especialistas em linguagem corporal sobre a atuação dos candidatos durante este primeiro debate na TV Band. Confira:
Voz revela nervosismo de candidatos no 1º debateAgencia Estado
Um debate eleitoral não é feito apenas de promessas e bate-bocas. Na arena eletrônica, a imagem é um recurso valioso para atrair o voto dos indecisos e garantir o apoio de eleitores já simpáticos a alguma das candidaturas. Neste desafio, os candidatos contam com uma força-tarefa de consultores e marqueteiros que atuam para evitar erros diante das câmeras. O resultado, contudo, nem sempre sai como o programado. A pedido da Agência Estado, três especialistas em voz e imagem assistiram ao debate da TV Bandeirantes, realizado na noite dessa quinta-feira, com os presidenciáveis. Eles identificaram momentos de nervosismo e observaram que as roupas usadas no evento dizem muito da estratégia de campanha de cada candidato.
O início do debate, na avaliação dos especialistas, foi marcado por hesitação e falas mais contidas. Na exposição de suas propostas para as áreas de saúde, educação e segurança pública, Dilma Rousseff (PT) exagerou nas muletas verbais ("ah", eh"), José Serra (PSDB) piscou mais do que o normal, e a voz de Marina Silva (PV) falhou em mais de uma oportunidade. O fonoaudiólogo Leonardo Lopes, especialista em voz, observou que nos dois minutos de exposição a que tinha direito, o candidato do PSDB interrompeu a fala para engolir saliva em quatro oportunidades. "Um sinal de que estava bastante ansioso." A professora Mônica Grando, especialista em comunicação verbal, destacou que nos primeiros minutos da sua resposta, Dilma gaguejou e chegou a demonstrar problemas na respiração, "o que revelou que estava bastante insegura."
Nestes momentos, de acordo com Leonardo Lopes, Serra movia mais rapidamente as mãos e aumentava a velocidade da fala, ao mesmo tempo em que a petista repetia palavras e falava mais alto do que o normal. "Dilma também tinha um olhar disperso, não sabia se olhava para a câmera ou para os papéis que carregava."
Os momentos de maior hesitação na voz da candidata do PT, de acordo com Mônica, foram notados quando ela debatia com o seu principal adversário na corrida eleitoral, o tucano José Serra. De acordo com a especialista, a voz da candidata ficou bastante imprecisa e com sinais de insegurança, principalmente quando discutiram sobre os mutirões de saúde e as Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Nestes temas, Mônica observou maior tranquilidade na voz de Serra, apesar do tucano ter exagerado em alguns momentos, adotando um tom mais enérgico. A especialista ressaltou ainda que a voz de Dilma denotava sinais de maior tranquilidade quando respondia a perguntas sobre educação.
O vencedor do debate no quesito postura verbal, na avaliação dos especialistas, foi o candidato Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Leonardo Lopes apontou que em nenhum momento o socialista demonstrou sinais de nervosismo ou ansiedade na voz. Mônica confessou ter ficado surpresa com o desempenho de Plínio. "Ele tem o dom da retórica. A voz dele era suave, mas ao mesmo tempo firme, o que é bastante difícil de conseguir." Os dois especialistas disseram ainda que Marina Silva demonstrou segurança ao fazer perguntas aos outros candidatos, mas tropeçava nas palavras quando replicava. "A fala dela ficava instável, apresentando até falhas", notou Lopes.
'Basicão' e 'Romântica'
Nenhuma peça de roupa usada pelos candidatos no debate na TV Bandeirantes foi vestida por acaso. A consultora de imagem Sabina Donadelli observou que o estilo adotado pelo candidato José Serra, por exemplo, é comum dos homens que querem mostrar uma imagem mais tradicional. "Ele usou o basicão: camisa azul e gravata vermelha." A especialista em moda alertou, contudo, que o traje não é o mais recomendável para alguém cujo discurso é de mudança. "Dá a impressão de clássico, com cara de ultrapassado." Donadelli recomendou ao presidenciável camisas brancas e paletós com cortes mais modernos, explorando uma vertente mais esporte.
As peças utilizadas pela candidata do PT, de acordo com Sabina, são as que reúnem mais estratégias de marketing em um único vestuário. A especialista observou que a equipe de Dilma tentou imprimir um tom mais maternal. A petista vestia um blazer creme de tweed com gola redonda e um colar de pérolas. Donadelli observou que as formas arredondadas são típicas dos guarda-roupas de mulheres com aura de protetoras, como professoras e mães. "Tem a ver com a área de educação, com uma postura de mãe."
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