Todos os dias as páginas policiais dos diversos meios de comunicação trazem notícias sobre mulheres vítimas de estupros. Ao ler esse tipo de reportagem sempre fico imaginando o risco e o sofrimento vivido por essas pessoas.
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A médica sul-africana Sonnet Ehlers mostra sua invenção: a camisinha antiestupro |
Quando tinha apenas 20 anos e era uma médica iniciante, a sul-africana Sonnet Ehlers prestou atendimento a uma vítima de estupro que, desolada, lhe disse: "Se ao menos eu tivesse dentes lá embaixo". Certa de que algo tinha de ser feito para proteger as mulheres vítimas de estupro em vários países, 40 anos depois, Ehlers lançou a Rape-aXe, uma camisinha antiestupro.
Trata-se de uma camisinha de látex que, internamente, contém "dentes" afiados. Ela deve ser usada como um absorvente interno e, no caso de um agressor tentar cometer o estupro, os "dentes" aderem ao pênis, causando grande desconforto e só podendo ser removidos cirurgicamente, explica o site da médica.
Isso dá tempo para que a vítima fuja e, como o agressor vai precisar buscar ajuda médica, as autoridades podem tomar as devidas providências.
Ehler vendeu sua casa e o carro para desenvolver o projeto e planeja distribuir 30 mil camisinhas antiestupro grátis sob supervisão durante a Copa, diz a CNN.
A África do Sul tem um dos mais altos índices de estupro do mundo, informa o site da ONG Human Rights Watch. Na maioria dos países africanos, condenações por estupro são incomuns e as vítimas não têm acesso imediato a tratamento.
Design
"Consultei engenheiros, ginecologistas e psicólogos para ajudar a desenhá-la e garantir que fosse segura", conta Ehler à CNN.
O primeiro protótipo foi lançado em 31 de agosto de 2005, em Kleinmond, na Província do Cabo, na África do Sul.
O site da médica explica que não há risco para a mulher que usa a camisinha antiestupro, já que os "dentes" ficam do lado de dentro da camisinha. Também não há grandes riscos para o agressor, que vai ficar apenas com pequenas cicatrizes no local.
Segundo o site de Ehlers, a camisinha não só ajuda as vítimas de estupro a se prevenirem de doenças sexualmente transmissíveis, mas também de uma gravidez indesejada.
"Machuca, ele não pode fazer xixi nem andar quando estiver com a camisinha", disse Ehlers à CNN. "Se tentar removê-la, ela vai ficar ainda mais apertada. Mas não rompe a pele, e não há risco de exposição de fluidos."
Após um período de testes, as camisinhas estarão disponíveis por cerca de US$ 2 (cerca de R$ 3,50).
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Espero que essa camisinha esteja disponível em breve também aqui no Brasil e que seja distribuída gratuitamente a todas as mulheres que sentirem necessidade também desse tipo de proteção.
2 comentários:
Há quanto tempo não vinha no seu blog..Sempre actual e num ambiente descontraído. Parabéns!Desculpa eu usar a caixa de comentários mas como não vi seu mail...Gostaria apenas de um pequeno favor..se fosse possível fazer uma referência no seu programa ao Lusitânia Online...uma edição de autor publicada no Brasil em Rio Grande do Sul pela editora Novitas. Se fôr poss´vel fico-lhe grato e envio-lhe os dados...Obrigado
Luis bento
Olá, Luiz Bento,tudo bem?
Envie-me os dados sobre o Lusitânia online para que possa divulgar para você no meu programa REvista da Tarde,ok? Meu email é dorajao@hotmail.com. Um grande abraço.
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