terça-feira, 14 de julho de 2009

Tentaram me roubar mas, fui mais esperta!


Na sexta feira atrasada meu sogro, minha irmã e eu fomos assistir à ópera A Serva e a Patroa no Teatro Isabela Hendrix , onde acontece até o dia 02 de agosto o 1º Festival de Teatro Musical de Belo Horizonte.

A ópera foi muito bacana, divertida e rápida, pois teve apenas 1 hora de duração. Após o espetáculo, Simone e eu resolvemos ir ao Assacabrasa, barzinho que fica na rua da Bahia, próximo ao teatro Isabela Hendrix, para tomar uma cervejinha, comer um tira-gosto e fechar a noite com chave de ouro.

Tomamos uma única cerveja, saboreamos deliciosos tira-gostos e por volta das 11 e meia da noite nos retiramos do bar e fomos caminhando tranquilamente pela Rua da Bahia para chegar ao local onde estavam nossos carros, estacionados depois do Isabela Hendrix.

Quando atravessamos a Avenida Bias Fortes e pisamos no passeio em frente ao teatro, senti uma energia estranha atrás de mim, olhei e vi um rapaz de cor branca, magro, boné na cabeça e mochila nas costas que andava na rua, rente ao passeio.

Olhei para ele e vi que o jovem também olhara para mim. Fiquei atenta mas, continuei a andar e a conversar com minha irmã.

Instantes depois voltei a olhar para trás e vi que o rapaz continuava atento aos nossos movimentos. A última vez que olhei, vi que ele havia atravessado a rua da Bahia e caminhava devagar pelo passeio oposto ao que estávamos.

Ao vê-lo no outro lado da rua, relaxei e continuei a prosa com a Simone. Paramos na esquina da Bahia com Gonçalves Dias, onde meu carro estava estacionado.

Conversávamos animadas e distraidamente. Nem me lembrava mais do jovem da mochila, já que o vira atravessar a rua da Bahia e seguir pelo passeio do outro lado da rua. Estava realmente relaxada e segurava minha bolsa de mão de forma displicente e totalmente despreocupada.

Quando, eis que de repente, olho para frente e vejo o rapaz em cima do mesmo passeio que eu estava, muito próximo de mim, avançando sobre minha bolsa. Quando percebi que ele ia me roubar, meu instinto e meus reflexos foram mais rápidos e virei-me de costas para ele, segurei com força minha bolsa e sai catando cavaco, com o corpo arqueado, totalmente para a frente, buscando me equilibrar através das mãos , que balançavam desordenadamente à frente do meu corpo numa tentativa desesperada de evitar um tombo e o roubo ao mesmo tempo. Lancei-me dessa forma metros à frente, no sentido oposto ao ladrão, até conseguir me equilibrar. Por fim, parei e voltei à posição ereta, sem tocar o chão e sem me ferir, mas com as calças molhadas de xixi.

Quando me recompus do susto, olhei para a rua Gonçalves Dias e consegui ainda ver o pobre coitado e inexperiente ladrão, que descia a ladeira correndo tanto que parecia que iria levantar vôo.

Naquele instante, um táxi parou próximo a nós e o motorista perguntou o que estava acontecendo. Contamos o caso e ele tentou seguir o rapaz.

Simone perguntou-me se estava tudo bem e eu lhe disse que sim, que tinha apenas as calças molhadas! E ainda falei para ela: Que susto! Mas, ele não ia achar nada nesta bolsa!!!

Despedi-me da minha irmã, sem delongar, entrei no carro e fui para casa, ainda um pouco assustada, é claro!

No trajeto de volta para minha residência, comecei a lembrar o que havia dentro daquela bolsa, as coisas que o rapaz da mochila poderia ter levado! E recapitulei: nela havia uma máquina fotográfica digital, um celular, as chaves do meu carro e da minha casa, minha carteira de motorista, os documentos do meu carro, 35 reais em dinheiro e 1 cartão de crédito!

E foi naquele momento que percebi que seria enorme o meu prejuízo, principalmente a dor de cabeça que teria para tirar a segunda via de todos os documentos que lá estavam , cancelar o cartão de crédito e ainda ficar sem minha querida máquina digital que uso para trabalhar e o meu celular que é velho mas que possui uma agenda que vale ouro.

Agora, de uma coisa tenho certeza: aquele jovem ladrão não tinha muita experiência. Ainda bem, pois reagi à investida dele, o que poderia significar um risco se ele estivesse armado. Sei que não devemos reagir, mas naquele momento, minha reação foi impulsiva e incontrolável. Ainda bem que ele era amador e que não contava que uma jovem senhora pudesse ainda manter seus reflexos tão bem condicionados .

E uma lição ficou de tudo isso: infelizmente, não dá para passear pelas ruas de nossa capital mineira tranquilamente. Não dá para bobear. A violência está em todos os lugares. Portanto, devemos sempre manter a atenção redobrada e evitar ficar parados na rua conversando, mesmo se o lugar não for totalmente ermo. E no mais é pedir proteção, sempre!

4 comentários:

Cathwillows disse...

KKKKKKKKKK! O xixi nas calças foi o melhor!!

João Bosco Miquelão disse...

Prezada Déborah

Meus parabéns por três coisas: a sorte que você teve (o ladrão era inexperiente), sua presença de espírito e, sobretudo, o fato de que você estava alerta.
Diante da violência urbana nos dias de hoje, temos que adotar o lema dos escoteiros a todo momento (principalmente tarde da noite): SEMPRE ALERTA!

17 de Julho de 2009 11:09

Unknown disse...

Tentaram me assaltar hoje.. Fui pagar o aluguel pra minha mae, e o caixa tava fora do ar.. voltei com do dinheiro no bolso, e o cartão de débito também !
8 e 30 da manhã, rua vazia.. parou dois caras de boné na cara, de bicicleta falando pra mim passar o celular, arredei pra traz e entrei no lava-jato!
Quase comecei chorar, o cara do lava-jato me trouxe de moto aqui pra casa.. eu todo indefeso, 15 anos, sem experiencia de luta, de agilidade !!
To chorando de susto aqui ...
Mundo cruel !

Unknown disse...

parabéns Débora rajao,seu texto narrando o assalto que graças a Deus não foi bem sucedido,é muito bom,você deve ser uma ótima jornalista,O que me chamou atenção foi seu sobre nome que não é comum, Rajao é mesmo que o meu, sou neto de Alvaro Sarmento Rajão, sera que somos parentes???