Eu sempre fui defensora do parto natural, que é aquele em que a mulher abre as pernas, faz força e então...pula para fora e ganha o mundo um bebê lindo, delicado, todo sujo de sangue, indefeso, ainda ligado a você pelo cordão umbilical e que você envolve, dá de mamá e observa para tentar descobrir com quem ele se parece...
Eu amei parir. Para mim foram os momentos mais divinos e mágicos de minha vida os meus três partos. Nunca tomei anestesia para ter filhos. Todos nasceram de parto natural. E os tive com prazer e muito pouca dor. Senti mais prazer do que dor para ter meus filhos. E sei que isso foi bom para eles e melhor ainda para mim.
Imagine o que significa você ficar nove meses com um filho dentro da sua barriga. Ele come o que você come, respira o ar que você respira. Depois você sente esse bebê lutando e com força ele rompe o primeiro vínculo com você e assim começa a trilhar o próprio caminho.
O bebê nasce depois de passar por uma super prova de resistência ao atravessar o portal materno da vida. A criança que nasce de parto normal já nasce uma lutadora já que se esforça muito para ver a luz e se tornar um indivíduo.
Acho ainda que as coisas quanto mais naturais, mais próximas do divino e do equilíbrio estão. O parto natural além de fazer bem para a alma femimina, também o faz para a mente e para o corpo que se tornam mais resistentes.
Sei que a maioria das mulheres hoje optam por fazer cesariana. Muitas por medo de sentir dor. Mas a dor que se sente depois de uma cirurgia é muito maior do que durante o parto. A dor do parto acaba quando a criança nasce, a outra só depois de semanas. Portanto, mulheres, não tenham medo de parir pois, a dor do parto, quem nem é tão dolorosa como pregam, é a dor mais doce que nós, mulheres, podemos sentir nesta vida.
E por coincidência, saiu na imprensa nesta quarta-feira, uma reportagem que fala de um estudo que aponta os benefícios da dor do parto. Leia e veja que eu tenho razão:
Dor do parto oferece vantagens, afirma especialista
A dor do parto tem uma série de efeitos benéficos para a mulher e para o bebê que são anulados quando a paciente opta por dar à luz com anestesia epidural, embora a técnica seja útil e imprescindível em alguns casos.
É o que afirma Denish Walsh, obstetra e professor da Universidade de Nottingham, em artigo publicado na revista "Evidence Based Midwifery" no qual explica que a dor é um rito de transição que ajuda a regular o parto.
Segundo Walsh, além de contribuir claramente com a fisiologia do parto, ajuda a fortalecer o vínculo entre a mãe e o filho e prepara a mulher para as responsabilidades da maternidade.
Sem menosprezar o valor da anestesia epidural, que pode ser fundamental em alguns casos, o professor aponta que seu uso aumentou muito nos últimos 20 anos, apesar da disponibilidade de outras alternativas menos invasivas contra a dor.
Entre as vantagens de optar por um parto natural, além de razões médicas, está o prazer desse rito fisiológico que culmina com o nascimento do bebê, junto ao fato de que a própria dor induz à liberação de endorfinas, que dão uma sensação de euforia e bem-estar, destaca o especialista.
Walsh afirma que alguns estudos demonstraram que a anestesia epidural aumenta a probabilidade de ter que induzir as contrações com tratamentos hormonais e é mais frequente o uso de fórceps para ajudar a saída do bebê.
No Reino Unido, o uso da anestesia aumentou 17%, entre 1989 e 1990, e 33%, de 2007 para 2008.
O professor recomenda ao Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) outras alternativas de alívio à dor como ioga, massagem e tratamentos em piscinas.
Fonte: www.folha.com.br
2 comentários:
Prezada Déborah
Meus parabéns por três coisas: a sorte que você teve (o ladrão era inexperiente), sua presença de espírito e, sobretudo, o fato de que você estava alerta.
Diante da violência urbana nos dias de hoje, temos que adotar o lema dos escoteiros a todo momento (principalmente tarde da noite): SEMPRE ALERTA!
É realmente, ser mãe é mesmo indescritível, magnífico momento. Tive essa experiência há pouco tempo, o meu parto também foi natural, confesso que tive muito medo, mas depois que vi o seu rostinho, esqueci como foram as contrações mais fortes, foi tudo tão de repente, quando vi, aquele ser indefeso, me procura com um olhar arregalado, os médicos disseram que recém-nascido não enxerga, não creio, os olhinhos do meu baby atravessaram a minha alma.
Postar um comentário