sábado, 17 de outubro de 2009

Horário de verão: só nos resta adaptar!


O horário de verão começa à 0h deste domingo (18) e vai até a 0h de 21 de fevereiro de 2010. Os relógios terão de ser adiantados em uma hora. O objetivo da medida é reduzir o consumo de energia elétrica entre 18h e 20h durante a primavera e o verão, com um melhor aproveitamento da luz natural.

O horário de verão é implantado nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Eu, particularmente, não gosto do horário de verão. Prefiro o horário da natureza. Principalmente nos primeiros dias, sinto que fico mais irritada, meu corpo e minha mente ficam mais cansados e meu sono alterado. Todas esses incômodos que sinto e várias outras pessoas também são apenas alguns dos incômodos que sofremos com a mudança do horário.

Veja o que os médicos dizem sobre sobre as consequencias do Horário de Verão para o organismo humano, nesta matéria da Agência Brasil:

Horário de verão provoca transtornos diferentes em cada pessoa, diz médico

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil Brasília -

A maioria das pessoas não se prepara para enfrentar o horário de verão, que vai começar à zero hora de amanhã (18/10), e nos primeiros dias vai sentir sono em horários em que deveria estar em atividade. Com a mudança, o incômodo deverá ser, para elas, inicialmente, de até duas ou três horas, podendo sofrer transtornos não só do ponto de vista da vigília, mas sentir vontade de dormir pela manhã. Isso provoca nos primeiros dias redução do desempenho profissional, com a possibilidade de ocorrência de cefaléias, irritabilidade e tendência de a pessoa procurar se encostar para dormir um pouco onde estiver. Dependendo da característica de cada um, o dia só vai melhorar a partir do começo da tarde, principalmente para quem costuma dormir oito horas por dia ou mais, de acordo com o médico do laboratório de Neurologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Raimundo Nonato.

Os efeitos do horário de verão podem ser maiores para as crianças e adolescentes, que costumam sentir maior necessidade de horas de sono que as pessoas mais velhas. O médico diz que os mais velhos, especialmente pessoas aposentadas, têm menos necessidade de sono e poderão se adaptar melhor, pois em geral costumam tirar cochilos durante o dia. As crianças que estudam pela manhã sentirão mais desconforto, segundo Raimundo Nonato, que falou sobre o assunto em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, na manhã deste sábado (17/10).

Os efeitos provocados pelo horário de verão vão depender do quadro de cada um. Muitas pessoas poderão sofrer problemas digestivos, respiratórios e até cardíacos porque vão ter que estar acordados em horário diferente, impondo ao organismo um ritmo diferente. O organismo não está preparado para obedecer sempre a mudanças e há pessoas que vão se adaptar mais rápido, depois de 24 a 48 horas, segundo Raimundo Nonato. As pessoas que têm horário rígido a cumprir para tomar remédios deverão continuar ingerindo seus medicamentos no mesmo espaço de tempo que vinham seguindo e devem ficar mais alertas se dirigirem automóveis, pois nos primeiros dias do horário de verão estarão submetidas a mais riscos.

Dormir é uma necessidade básica do ser humano, do ponto de vista médico, pois o sono é o período usado para repouso e restauração das energias do indivíduo. "O paciente que sente insônia sofre muito por não conseguir dormir e precisa de medidas terapêuticas cognitivas para atenuar seu problema, que é patológico", conforme o médico. Para eles, a mudança de horário "é um coadjuvante a agravar o drama que vivem".

De acordo com as características de cada pessoa, há aqueles que se habituaram a dormir pouco, até cinco horas, havendo outros que só se satisfazem com oito a oito horas e meia de sono diárias. Tudo está vinculado à dependência genética individual, conforme Nonato. "O pai da medicina, Hipócrates, dizia que o sono ou a vigília excessiva são sinais de doença e podemos constatar que isso é verdade até hoje", diz Raimundo Nonato.

Qualquer dificuldade da pessoa para administrar sua rotina de descanso envolve a necessidade de procurar especialistas. Se uma pessoa acorda mais cansada do que quando foi dormir, isso mostra que ela tem um quadro patológico que requer tratamento. Quando o indivíduo obedece aos sinais do organismo, terá vida mais prolongada, com mais qualidade, mantendo as funções do seu corpo íntegras por muito mais tempo, assinala o médico do HUB.
Fonte: Agência Brasil
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Mas, como não tem mesmo jeito de reverter esse processo, temos que aceitar a mudança e nos adaptar da melhor forma possível, não é mesmo? Apesar de todos os problemas que você conferiu na matéria acima, existem algumas atitudes que podem ajudar nosso relógio biológico a se adaptar de forma mais tranquila ao novo horário. Confira as dicas de especialistas nesta reportagem do www.G1.com.br:

"De acordo com o neurofisiologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Luiz Eugênio Mello, a maior exposição à luz solar nos primeiros dias após a mudança de horário auxilia na regulação natural do organismo à nova rotina.

“Temos que tentar passar mais tempo em contato com a luz do sol porque ele atua como um definidor de nosso relógio biológico”, explica.

O neurofisiologista afirma que a regra é a mesma para quem faz viagens com mudanças de fuso horário. “Nesses casos, quando a pessoa chega precisa ter mais contato com a luz do sol para se adaptar mais rápido”, diz.

Durante o verão, diz o médico, a adaptação é mais fácil do que se o horário fosse alterado no inverno. Além disso, estabelecer horários mais rígidos para se deitar e levantar são maneiras de facilitar essa adaptação.

“O corpo humano funciona como se fosse uma máquina, e no início da mudança de horário essa máquina passa a funcionar sob condições de estresse, como se estivesse trabalhando mais sobrecarregada”, afirma Mello. “Quanto mais disciplinada for a pessoa, mais fácil a adaptação.”

O neurofisiologista alerta que alguns sintomas como fadiga e dor de cabeça podem surgir logo nos primeiros dias, mas costumam ser leves e passar rápido.

Mello explica, ainda, que as necessidades de sono são diferentes entre as pessoas. Enquanto algumas precisam de apenas oito horas de sono, outras precisam de dez a onze horas para não se sentirem cansadas durante o dia. “Para algumas pessoas que precisam de mais horas de sono é mais complicado, mas vale lembrar que a mudança é de apenas uma hora”, afirma o médico. “

Outros cuidados a serem observados durante os primeiros dias após a mudança de horário são evitar o consumo de café ou chá preto e atividades estimulantes no final da tarde ou durante a noite

Medidas como essas ajudam o organismo a diminuir sua atividade metabólica mais rápido e facilitam o sono. “Quem mais vai se queixar são as pessoas que precisam de mais horas de sono”, diz o professor da Unifesp.

O horário de verão é adotado no país desde 1932. A medida reduz o consumo de energia elétrica entre 18h e 20h.
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E no mais, bom horário de verão para você e não se esqueça de adiantar os seus relógios em uma hora!

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