União, alegria, descontração, emoção e sobretudo, muita animação marcaram o II encontro da família Rajão, que reuniu cerca de 150 pessoas, de zero a 90 anos de idade, em um sítio localizado em Lagoa Santa, município da RMBH.
Para você conhecer um pouco da origem dessa familia, pedi ao primo Fernando Antônio Rajão Costa para contar um pouquinho da história dos Rajão e ele escreveu o seguinte texto:
Origem da família Rajão
"Todo Rajão tem o mesmo DNA, o mesmo gene ou é agregado, casou-se com um Rajão ou foi adotado por um Rajão.
Trata-se de uma das menores famílias do mundo com o mesmo sobrenome para o mesmo DNA.
Todo Rajão, em qualquer parte do mundo onde se encontre ou tenha nascido, descende de Póvoa de Varzim, cidade litorânea, próxima à cidade do Porto, localizada ao norte de Portugal.
Os Rajão viviam da pesca, à beira mar, em suas casinhas, rodeados por seus barcos e suas redes. Eram todos simples homens do mar.
Rajão é também o nome de uma viola de cinco cordas da ilha da madeira, e por isso, os Rajão eram e ainda são chamados de Viola. A nossa bisavó Amélia de Jesus chamava o nosso bisavô José Custódio Rajão de "Biola" pois, no norte de Portugal, vizinho à Espanha, troca-se o "b" pelo "v".
A família Rajão em Póvoa de Varzim é numerosa. Lá vivem atualmente diversos primos e demais parentes. Dos que vieram para o Brasil, vários moram no Rio de Janeiro, Niteroi, Petrópolis, Santos e na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul,a qual visitei e onde conheci a Peixaria Rajão, que segundo nosso falecido primo Zezinho, pertenceria a nossos parentes.
Uma outra curiosidade é que todos os Rajão, que imigraram para o Brasil, possuem o segundo sobrenome Custódio. Vários primos se chamam José, João, Manuel, Carlos, Alberto e Carlos Alberto mas, todos possuem os sobrenomes "Custódio Rajão".
Nossos bisavós vieram para o Brasil porque a situação em Portugal estava difícil na virada do século XIX para o século XX. A pesca, principal atividade da família, não estava lucrativa na costa de Portugal. Eles saíam para pescar e permaneciam várias semanas em alto mar, haja vista que a pesca de bacalhau era efetuada no mar do norte, na costa da Noruega, onde se encontra o bacalhau legítimo, o gadus morrhua).
Nos anos de 1905/1906, José Viola, nosso bisavô veio procurar trabalho no Brasil como pescador junto aos parentes que já tinham imigrado e trouxe com ele o primogênito nosso avô Carlos Custódio Rajão, então com nove anos de idade.Depois veio o restante da família."
===============================================
Agora você vai conhecer um pouco da história de Carlos Custódio Rajão, meu avô querido, meu padrinho e um dos homens mais dignos, generosos e corretos que conheci em toda minha vida, através desse texto também escrito pelo Fernando e resumido por mim:
O patriarca Carlos Custódio Rajão
Carlos Custódio Rajão nasceu em 30 de outubro de 1.896, na cidade portuguesa de Póvoa de Varzim, à beira mar, em meio às redes e barcos de pesca. Era filho, neto e bisneto de pescadores pelo lado paterno.
Seus ancestrais pelo lado materno também viviam do mar, alugavam barracas e banheiros para os banhistas que procuravam as belas praias ao norte de Portugal, vizinhas à cidade do Porto, onde foi batizado e aprendeu as primeiras letras.
Aos nove anos de vida, já com alguma experiência em pesca, dividiu com o pai uma beliche no porão de um navio que vinha para o Brasil.
Viveu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo onde trabalhou como ajudante em um armazém de um tio materno até os 15 anos de idade.
Carlos Custódio Rajão nasceu em 30 de outubro de 1.896, na cidade portuguesa de Póvoa de Varzim, à beira mar, em meio às redes e barcos de pesca. Era filho, neto e bisneto de pescadores pelo lado paterno.
Seus ancestrais pelo lado materno também viviam do mar, alugavam barracas e banheiros para os banhistas que procuravam as belas praias ao norte de Portugal, vizinhas à cidade do Porto, onde foi batizado e aprendeu as primeiras letras.
Aos nove anos de vida, já com alguma experiência em pesca, dividiu com o pai uma beliche no porão de um navio que vinha para o Brasil.
Viveu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo onde trabalhou como ajudante em um armazém de um tio materno até os 15 anos de idade.
Sozinho, após uma breve passagem pelas cidades de Salvador e Manaus e acometido por uma grave doença tropical aos 17 anos de idade, regressou a Portugal. Enquanto isso, seus pais, sem notícias de seu paradeiro, pensaram que ele estivesse morto e deram ao último filho, recém nascido, o nome idêntico ao do irmão supostamente desaparecido, Carlos Custódio Rajão.
Permaneceu em Portugal apenas o tempo necessário para se curar e retornou definitivamente ao Brasil aos 18 anos de idade, decidido a embrenhar-se pelos caminhos da Estrada Real, em busca de esmeraldas.
Em suas andanças, chegou a Brejaúbas, distrito de Conceição do Mato Dentro-MG, onde encontrou Marieta, a vó Saleta, com quem veio a se casar, aos 21 anos e onde se tornou um próspero comerciante de gêneros diversos.
Permaneceu em Portugal apenas o tempo necessário para se curar e retornou definitivamente ao Brasil aos 18 anos de idade, decidido a embrenhar-se pelos caminhos da Estrada Real, em busca de esmeraldas.
Em suas andanças, chegou a Brejaúbas, distrito de Conceição do Mato Dentro-MG, onde encontrou Marieta, a vó Saleta, com quem veio a se casar, aos 21 anos e onde se tornou um próspero comerciante de gêneros diversos.
Após o nascimento dos filhos Dora, Antônia, Orlando e Oswaldo, o jovem português mudou-se para a cidade de Carmésia-MG, onde montou uma loja e alcançou mais sucesso nos negócios. Mas, não ficou por lá muito tempo.
Em seguida, mudou-se com a família para Morro do Pilar-MG, onde montou outro estabelecimento comercial e teve os filhos Osmar, Odilon e Otaviano. Nessa ocasião, trouxe para o Brasil os pais que haviam retornado a Portugal. Em Morro do Pilar nossos bisavós viveram o resto de suas vidas e também foram sepultados.
Por fim, Carlos Custódio Rajão mudou-se para Conceição do Mato Dentro no final da segunda década do século XIX, onde nasceram seus filhos Lúcia, Otacílio e Consuelo.
Em CMD ele ampliou os negócios, montou uma loja de artigos variados, investiu em imóveis rurais, instalou e foi dono da primeira agência bancária da cidade, uma filial do Banco Financial da Produção.
Carlos Custódio Rajão viveu em Conceição do Mato Dentro até a sua morte no ano de 1985. Deixou 11 filhos, inúmeros netos, bisnetos, amigos, admiradores e, sobretudo, muita saudade de todos aqueles que tiveram a alegria de conhecê-lo.
================x=========================
Depois de conhecer um pouquinho da história dessa família portuguesa e com certeza divertida e animada, você vai ver agora as fotos do II Encontro dos Rajões:
Por fim, Carlos Custódio Rajão mudou-se para Conceição do Mato Dentro no final da segunda década do século XIX, onde nasceram seus filhos Lúcia, Otacílio e Consuelo.
Em CMD ele ampliou os negócios, montou uma loja de artigos variados, investiu em imóveis rurais, instalou e foi dono da primeira agência bancária da cidade, uma filial do Banco Financial da Produção.
Carlos Custódio Rajão viveu em Conceição do Mato Dentro até a sua morte no ano de 1985. Deixou 11 filhos, inúmeros netos, bisnetos, amigos, admiradores e, sobretudo, muita saudade de todos aqueles que tiveram a alegria de conhecê-lo.
================x=========================
Depois de conhecer um pouquinho da história dessa família portuguesa e com certeza divertida e animada, você vai ver agora as fotos do II Encontro dos Rajões:
15 comentários:
dinha amei o artigo, porém a viola rajão , de acordo com o que pesquisei e disse caxi, tem 5 cordas, e a palavra RAJÃO, como é sobrenome de familia nõa tem plural! ve se confere isto e faça sua mudança no artigo! bjusss moninha
Dinha, realmente este encontro teve uma energia de amor e amizade que emanava entre todos os RAJÃO! Que venham varios outros como ou melhores que este! querenos ver o video tá? bjus da mana!
Falou, Moninha,vou consertar.Obrigada e Beijos.
Beleza de textos, que nos fazem sentir o querido Vô Rajão ao nosso lado.
Pelas fotos pude sentir a alegria contagiante dos tios e primos.
Beijos a todos.
Cacá
Querida Deborah,
Infelizmente não pudemos comparecer neste IIº Encontro, mas estamos felizes em saber que foi tudo muito agradável e divertido.
Parece-nos que está a se formar(veja que evitei o gerúndio, em homenagem á nossa origem) a opinião consensual de que os próximos Encontros (veja que escrevo em maíúsculas, pela importância que lhes empresto)devam ser em CMD, e em uma data fixa (corpus christi), para que possam fazer parte do calendário da família Rajão.
Gostaríamos de conhecer a sua abalisada opinião.
Com as nossas poveiras homenagens, e os nossos cumprimentos pela enorme audiência do seu programa, quando toda a Beagá fica diariamente a surfar (xô gerúndio)por duas horas nas ondas desta inconfidência.
Fernando & família
Ficou super bacana o texto que contou com o auxílio luxuoso do Fernando Rajão.
Uma Festa inesquecível!!!
Vou aproveitar este espaço para
parabenizar as meninas da organização Zana, Gina, Simone e Fafá de Tatá.. Vcs são as melhores!!!
Beijos a todos!
Jane Rajão
Fernando, acho que tem razão. O encontro da nossa família deve ter mesmo uma data fixa e ser em Conceição. Inclusive eu acho que essa opinião é compartilhada pela maioria das pessoas.
Um grande abraço,
Déborah
Falou e disse , Jane, Um beijo grande.
Perdi esta farra! :(
Simone, andei pesquisando e cheguei à seguine conclusão: podemos usar os sobrenomes tanto no plural quanto no singular. Portanto, posso dizer: Os Rajão ou os Rajões. As duas formas estão corretas. Eu particularmente, acho mais eufônico os Rajões.
Beijos. Se quiser saber mais acesse:
http://wp.clicrbs.com.br/sualingua/2009/05/12/os-maias-–-plural/
Beijos.
Simone et Deborah,
"Pãos ou pães, é questão de opiniães." - Guimarães Rosa.
Fernando Rajão
Tive a honra de privar da amizade de JOÃO CUSTÓDIO RAJÃO,falecido em maio último e que me ensinou a importância de uma amizade sincera e leal. Saudades amigo Rajão e descanse em paz!
Meu avô, José Maria Rajão, não tinha custódio no sobrenome... Veio da Póvoa de Varzim e teve dois filhos, minha tia, Maria de Lourdes e meu Pai, José... Meu pai se erradicou em Brasília em 1968... Voltou para o Rio por cinco anos, entre 1973 a 1978, período que eu, Alan, e meu irmão, altamiro, nascemos....retornamos para Brasília e aqui estamos até hoje. Tenho uma filha e meu irmão um filho.... Seria interessante corrigir as informações contidas no Blog sobre a nossa família. Abraços.
Adorei ler a historia soi da povoa de varzim e chamo-me Elisabete Rajao quem sabe temos o mesmo sangue
Olá sou um Rajão que moro em Santos. Meu nome é Gilmory Rajão Marques. Fiquei contente de conhecer a história. Abs a todos
Postar um comentário