Depois do golpe sofrido pela categoria, referente à decisão do Supremo Tribunal Federal-STF que cassou a obrigatoriedade do diploma para se exercer a profissão de jornalismo, uma comissão chefiada pelo Ministério da Educação (MEC) apresentou nessa sexta-feira, em Brasília, um relatório com novas diretrizes curriculares que, se implantadas, podem valorizar a profissão.
Entre as propostas sugeridas estão a obrigatoriedade do estágio supervisionado para os alunos, a separação do jornalismo do curso de graduação em comunicação social nas universidades e o aumento da carga horária de estudos. O documento vai ser avaliado pelo Conselho Nacional de Educação e a expectativa do MEC é de que as alterações sejam aprovadas ainda este ano para começar a vigorar em 2010.
A proposta é de que o curso continue com quatro anos de duração, mas com carga horária estendida das atuais 2,8 mil para 3,2 mil horas/aula. Desse total, 200 horas devem ser de estágio obrigatório, supervisionado por professores e feito por meio de convênios entre as universidades e empresas de comunicação.
Especialistas também defendem que o jornalismo deixe de ser uma habilitação da área de comunicação, tornando-se uma graduação independente. De acordo com o relatório, “a imposição do curso de comunicação social de modelo único, em substituição ao curso de jornalismo, teve consequências prejudiciais para a formação universitária da profissão”, pois “o jornalismo não pode ser guiado por objetivos de publicidade, relações públicas ou mero entretenimento”.
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